sábado, 28 de fevereiro de 2009

 

ENCONTREI. Vale a pena ver.


http://www.youtube.com/watch?v=9K2EA8SWhh8

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

 

Mãe é quem cria

Força gatinhos!

bjinhos primãezinha dos gatinhos.

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Eu e a doença de ligar às letras das músicas...

P.S. Ontem: "meti os pés pelas mãos, poucas vezes felizmente e mantive o ar de quem não sabe mas também não se importa" (sei bem que isto não abona a minha pessoa).

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

 

Só isto para me serenar

Acho que de cada vez que tenho de falar "em público" morro um bocadinho. Esvaio-me de forças. Tremo. O coração aperta-se. Coro. Muito. Meu Deus como coro. Acho que o sangue aflui em peso à cara. Já para não falar da voz que me sai ridiculamente oscilante e sem convicção. Ainda por cima falar de coisas que não conheço profundamente. Pânico. Olha fico-me a ouvir esta banda até ser hora e depois logo se vê.

A escala possível vai desde "correu muito mal, meti os pés pelas mãos a pontos de quase irromper num pranto" passando por "correu menos mal, meti os pés pelas mãos, mas consegui manter a pose de quem não sabe, mas também não se importa" até um "ah (de beiços franzidos), nem correu bem, nem correu mal. Engoliram-me."

E é isto.

So much to say?

Nem por isso.

P.S. É verdade. Quanto aos meninos do link: EU VOU!

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

 

Pensavam que nos tínhamos esquecido? DEVANEIOS ARE BACK

Dextra e Sinistra

HÁBITO

Nesse dia quis mudar
experimentei uma coisa nova
pensei, é mesmo agora!
antes de ir para a cova

Quem me viu e quem me vê
A arriscar desta maneira,
A vida tem de se levar
como se fosse brincadeira!

Pensava eu em mudar
muito em segredo
tudo porque sempre vivi
passo a passo com o medo

O medo já não é p'ra mim,
mandei o medo pastar,
tratarei de ser feliz,
a sorrir e a cantar.

Vou deixar esta vida
experimentar a de cantor
mudar de hábito,
e quem sabe um novo amor!


CONFUSÃO

Seria de dia ou de noite,
o momento em que me perdi?
Era talvez fim de tarde,
e não sei bem (o) que senti.

Sei que estava de olhos postos
lá para os lados do Rossio
na montra vi-me reflectida
aparentava um certo desvio

Porque o que o vidro mostrava,
não era eu, era outro alguém
pessoa de olhos descrentes
ou nem pessoa, talvez (já) ninguém.

Quando me aproximei entendi
aquele estranho alvoroço
tudo porque não resisti
a um copito ao almoço

Ai copito, copito meio
quis fingir que bem caía
caí em cima da peida
ai tanto que me doía!

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domingo, 22 de fevereiro de 2009

 

22



Flor aqui: http://www.7art-screensavers.com/flowers.shtml

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

 

DESPEDIDA PREMATURA

Encontraram-se no meio da rua. Não se viam há uma vida. Pareceu-lhes. Ainda assim o reconhecimento. O coração que bateu indisciplinadamente no peito, as mãos inexplicavelmente trémulas, frias. A falta de assunto. A pergunta desesperada repetida à exaustão nos parcos minutos de conversa:

“Está tudo bem?”. - A resposta não menos ridícula, porque insistente - “Sim está. Tudo bem. Tudo óptimo.”

“No outro dia vi aqui a Teresa. Lembras-te? Também vive ali em baixo.”
“Pois. Lembro.” - Retorquiu embaraçada.

Nada havia para dizer. Um nada para dizer que era tudo o que havia para dizer e não foi dito e não será, jamais, dito. Faltou-lhe a coragem para tirar os óculos escuros, para olhá-la nos olhos, para lhe ver o que ia dentro. Ela não se importou com a barreira. Ainda bem que houvera esse obstáculo. Esse par de óculos a impedir que se visse o que até então não fora óbvio. E ali naquele momento, claro como água. A esbofeteá-las. A molhá-las como a chuva miúda. Uma porta por abrir. Uma possibilidade não seguida. É tudo tão complicado. Não se muda de vida, de pessoas, como se muda de autocarro. Para isso já basta a morte. Que nos rouba aleatoriamente os nossos, a seu bel-prazer. Não. Aquilo ficava por ali. Por aquele momento. Se tudo corresse bem não mais se encontrariam. Fora um acaso. Uma rasteira. Nada se alteraria. Tudo como dantes. Mas ela sabia não ser verdade. Fora apanhada desprevenida pelo ar dela sem jeito. Pelo constrangimento das duas. Pela surpresa do que até então andara, talvez, escondido. À espera deste encontro fortuito?

Continua a ter para si que há pessoas que se conhecem de outras vidas e ao se encontrarem, por puro acaso, se reconhecem. Não é facto que as deva preocupar, provavelmente encontrar-se-ão muito mais vezes, em muitas outras vidas. Ficou porém com a certeza, que se não amasse já tanto alguém como amava, amá-la-ia por certo, para sempre (nesta vida), a partir daquele dia. Se não houvesse já uma vida em curso, uma vida preciosa em curso, uma que não podia de modo algum deitar fora, teria tirado os óculos da face, tê-la-ia encarado com os seus olhos amendoados e dir-lhe-ia num sussurro:

“Não digas mais nada. Já passou tempo demais.”

E por isso lamentou e ficou triste.

“Até qualquer dia então.”

“Adeus.”

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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

 

E como não há mesmo duas sem 3 o 3º post do dia para dizer:

QUE JÁ RESOLVI ESTA SITUAÇÃO!

Graças a ESTE POST! (obrigada pela dica)

E tenho neste momento um "Nenhum olhar" fresquinho não apenas com uma assinatura, mas com toda uma linda dedicatória à Tânia.

Se me vissem veriam que estou a fazer aquela dança em que se mexe um caldeirão gigante.

Quero também, deixar uma nota de agradecimento ao ser desprezível que ficou com um livro que não era seu e que me permitiu conhecer o José Luís Peixoto em carne e osso, pessoa de uma simpatia desarmante e à qual de outra forma, eu talvez nunca tivesse coragem de me dirigir. Admiro-o pela sua sensibilidade, pela sua escrita e vá, pelos seus bonitos olhos.

Adquiri também o livro do escritor Amilcar Bettega - Os lados do círculo - sobre o qual se falou no íntimo encontro (não sei se chegávamos a 10, dos quais metade eram conhecidos) que além de me despertar curiosidade para a sua escrita me deixou feliz:

Era Engenheiro civil. Hoje escreve.

NOTE TO SELF: jamais voltar a pedir emprestado e no caso de ter mesmo, mesmo, de pedir emprestado entregar em mão.

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ESCULTURA AQUI: http://www.onesunart.com/Artworks%202004.htm
O meu pedido de desculpas a todos os desempregados por me sentir assim.
Ouvir ontem a prova oral não ajudou.
Eu posso. Tenho é medo.
Há unicamente 2 sentimentos na vida segundo o convidado: medo e amor.
No que toca à actual profissão, não é amor o que sinto.

 

Phone-ix fanã

Estou numa fase da minha vida em que gostava de me encontrar dentro de um daqueles livros verdes de aventuras que em pequena tanto me entretinham.

Lança os dados.

Saiu-te 4? Avança pelo pântano húmido e escorregadio até chegares a uma encruzilhada.

Bebe o líquido azulinho restablecedor. Sentes-te melhor? Agora escolhe:

- Ou vais pela esquerda onde ouviste uns sons que te despertaram a curiosidade embora te assustem um pouco.

- Ou vais em frente pelo caminho de luz e onde se ouvem vozes celestiais.

- Ou vais pela direita defrontar um monstro verde nojento de três cabeças. (Se és corajoso escolhes este, se não és, também podes escolher ir espreitar o tronco daquela árvore milenar morta com uma grande cratera no fuste. Sabe-se lá o que tem dentro.)

Nos entretantos, estou aqui sentada na encruzilhada, com um aperto indefinido no peito e com o cesto da merenda à frente.

Talvez lanche, apenas, a ver se passa.

É que afinal a merda do livro também não ajudou.

Os caminhos são muitos.

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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

 

ROBERTO SAVIANO

Há pessoas especiais que dão a sua vida para que o mundo melhore.

Há pessoas de uma coragem admirável, para quem a verdade e a ética se sobrepõem a si, aos seus interesses, à própria vida, até.

A nossa sociedade: podre. As várias sociedades de ocidente a oriente. Podres. Andamos a desperdiçar tudo o que temos.

Praticam-se atrocidades, os actos mais hediondos, mas ai de quem fale. Não se pode falar. Que fique tudo na obscuridade da hipocrisia.

Ai de quem ousar insurgir-se contra o(s) poder(es) do(s) gigante(s).

Ai de quem ouse FALAR.

Está tudo tão torto. Tão torto!

Uma pessoa pensa: que lixo.

Por onde começar? O que fazer? Como fazer?

A devastadora impotência a tentar-me: deixa-te estar. Fica quieta. Vive a tua vida cor-de-rosa.

Como acreditar no meu papel? Como ter esperança que muitos "pequenos esforços" poderão algum dia resultar?

O meu pensamento está hoje (15/02/09) com o Roberto Saviano.

OUSOU.

E com 29 anos a sua vida acabou. (Pelo menos como a conhecia).

Pode dizer-se que morreu. O Roberto "antigo" morreu. O Roberto "novo" vive com uma espada a pender-lhe na cabeça. A espada dos poderosos que querem ser deuses sem que disso se fale. Sem jamais serem questionados na sua impiedosa existência.

Choro. Lamento. (no meu insignificante e ridículo papel) Choro e lamento por ele e por todos os que pagam com a própria vida para que pequenas melhoras ocorram. Infinitamente pequenas melhoras.

Para onde vamos? Que mundo é este o que construímos?

Uma pessoa pensa e volta a pensar: que lixo.

A liberdade. Não existe. Esta é a verdade.

A liberdade só nos parece existir quando não nos envolvemos, quando mantemos uma postura passiva perante o que nos revolta, quando vivemos ao sabor da corrente. Temos a doce ilusão de sermos livres. (Eu. Assim. Tantas vezes.)

Julgamos ser livres enquanto fazemos o que é suposto: CALARMO-NOS. Sermos ovelhas dos inúmeros deuses que se ergueram a pulso, pela força, pelo medo. Julgamos ser livres quando não tentamos sequer remar contra a maré. Mais fácil ir ao sabor da corrente.

Nestas alturas caio em mim e percebo o quão patética é a minha existência. Os meus pequenos dramas.

Espero que o Roberto sobreviva. Espero que outros como ele escapem às garras da vingança, da maldade humana. Para que possa haver, ainda, alguma esperança para a humanidade. Para que possam ocorrer ainda muito mais pequenas melhoras, no nosso mundo tão tristemente decadente.

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sábado, 14 de fevereiro de 2009

 

Eu li um livro...

...E este livro falou-me directamente ao coração. Eu li um livro, recomendado por uma amiga,

(sim posso dizer amiga, porque ao falar, fê-lo para meu bem, ainda que eu mesmo agora, depois de ler este livro não compreenda bem o que me quis dizer. Posso melhorar amiga, é certo, mas jamais serei genial, jamais me ultrapassarei da maneira que li neste livro. Julgou-me capaz?)

e mudei de paralelo. Senti fome, senti medo, (muito) calor.

Desejo. Descoberta. Desnorte. Altivez. (In)Compreensão. Perda. Vergonha. Luto. Raiva. Vingança. Ódio. Perdão. Silêncio. Opressão. Vontade. Coragem. Viver.

Há pessoas que quando escrevem nos acertam no peito com setas que são feitas de palavras, palavras que ferem mais do que armas verdadeiras.

A forma como nos conta, com altruista despudor, o que é mais íntimo em si dá conta da sua grandeza. Porque a escrita é dádiva e que dádiva esta de Marguerite. Pasmo. Pasmo sempre diante do génio.

Por isso no momento em que li "Dissera-lhe que era como dantes, que ainda a amava, que nunca poderia deixar de a amar, que a amaria até à morte", retornei sofregamente ao princípio.

Era preciso reler. Mais do que uma necessidade era uma impossibilidade não o fazer. Voltar a pousar os meus olhos nas frases que sublinhei. Nos cantos das folhas dobrados, a mostrar onde ir:

"Muito cedo na minha vida foi tarde demais."

"Poderia enganar-me, julgar que sou bonita como as mulheres bonitas, como as mulheres olhadas, porque realmente me olham muito. Mas sei que não é uma questão de beleza mas doutra coisa, por exemplo, de espírito."

"Não havia que atrair o desejo. (...) Era a inteligência imediata da relação da sexualidade ou então não era nada."

"Quero escrever. Já o disse à minha mãe: o que eu quero é isso, escrever."

Quinze anos e meio e tanto. Obstinação, entranhas, inteligência, sabedoria. A dor faz crescer o Homem. A escuridão, obriga-o a procurar a luz. A forma de sobreviver. Instinto. Quem dera um terço destas certezas mais cedo. Quem dera ter poupado tempo ao meu tempo. Para a frente.

"Não sei quem tirara a fotografia do desespero."

"Tínhamos primeiro aprendido a calarmo-nos sobre o principal da nossa vida, a miséria. E depois, também, sobre tudo o resto."

"Era preciso prevenir as pessoas destas coisas. Ensinar-lhes que a imortalidade é mortal, que ela pode morrer, que já aconteceu, que ainda acontece. Que não se anuncia enquanto tal, nunca, que é a duplicidade absoluta."

"Que é enquanto ela se vive que a vida é imortal, enquanto está em vida. Que a imortalidade não é uma questão de mais ou menos tempo, que não é uma questão de imortalidade, que é questão de outra coisa que permanece ignorada. Que é tão falso dizer que ela não tem começo nem fim, como dizer que começa e acaba com a vida do espírito uma vez que é do espírito que ela participa e da perseguição do vento. Olhai as areias mortas dos desertos, o corpo morto das crianças:a imortalidade não passa por aí, pára e contorna."

Não existem adjectivos fiéis quando se sente assim um livro.

Livro a manter na estante, ao alcance da mão, em qualquer circunstância, qualquer que seja a casa. Não o deixar jamais esquecido num caixote qualquer, enquanto se muda de vida.

Vou reler, até morrer. Como um grande amor. Até à morte.

Só (os) sentimentos são imunes ao cruel avanço do tempo.

Deia em puro êxtase.

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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

 

Parvoeiras a 2 mãos. Uma dextra outra sinistra

(Mentes mais susceptíveis são alertadas neste parágrado para eventual choque linguístico).

(Vanessa por mim faço disto uma rubrica semanal. Diverti-me aos molhos.)

(és uma companheira "daquelas")

(antecipaste-te marafada!)

Amiga

Andava eu na vidinha,
querendo ser boa e virtuosa
eis que certa situação
me deixou, por demais, venenosa.

Toma um Kompensan
que isso te alivia
"Amiga", dizias tu,
prezada, cadela de tertúlia antiga.

Mas de amiga nada tinha,
essa triste ambiguidade
gostava de desfazer nos outros
o que tinha, pela metade.

Vais comer (d) a mesma dor Ó cadela,
o que em mim mataste, não se apaga assim
do teu fel fizeste sem saber,
este meu sabor, um pouco de mim.

Sabor que com prazer disfruto,
transformei em triunfo a dor
atropelei o teu desdém com um sorriso
tranquei-te num baú de bolor.

Doméstica

Estava eu a estender roupa
quando o vi com tesão,
sucumbi de ardente
ao seu amor mandrião

Queria dizer-lhe bem alto,
não te custa, não sobra p'ra ti!
mas ao vê-lo assim erguido,
ao seu encanto me rendi.

Agora esquece-te disso,
e agarra-te ao varão,
deita-te nas peúgas pretas
disse-me ele, feito cabrão

Ao ouvi-lo sobranceiro
senti o sangue ferver,
meti-lhe as meias na boca
p'ra ele nunca mais se esquecer.

É disto meu amor,
que a vida me faz temer
doce eternidade e
roupa suja de prazer

(delírios a duas mãos uma dextra outra sinistra)

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

 

Já vos falei deles

Foto encontrada aqui.

Passam ali o dia no parapeito a namorar. Vejo-os da janela cada vez que me dirijo ao WC. Lado-a-lado. Cabecitas entrelaçadas. (Não se trata de romantismo, eles estão mesmo, mesmo assim como eu digo).

Quer-me parecer que não padecem de conflitos relacionados com a (não) divisão de tarefas.

O parapeito é todo em linhas direitas e aparentemente fácil de limpar/arrumar.

Às vezes quem me dera ser pomba. (não a gira).


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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

 

Ainda "os" há e outros

No mesmo dia em que descubro que uma qualquer alminha nos riscou o carro, numa manobra mal feita, e se pôs ao fresco, recebo uma sms de um rapaz (de seu nome David) que me havia batido por trás com toda a força (e não estejam já a pensar que me refiro a qualquer manobra de cariz sexual suas cabecinhas perversas, embora eu o tenha escrito desta forma, com essa intenção, só para ter piada, já que ando com uma neura desgraçada que tendo uma bazuca à mão, avançava pela cidade afora demolindo à bazucada prédios devolutos e sem ninguém dentro atenção) na A5, a perguntar se estava tudo bem com o carro e se eu sempre o tinha levado à oficina. Ora, ouvi vozes celestiais. Ainda os há. Homens honestos, com vontade de assumir as suas responsabilidades mesmo que implique desembolsar algum. Ora para sorte de David, eu tinha efectivamente levado o carro à oficina, mas a pancada, apesar de forte, foi de tal forma bem dada, que não afectou de maneira alguma o pára-choques do carro. Isto passou-se a 23 de Janeiro. Num dia particularmente mau. E que ameaçava ficar pior assim que senti o embate. Com a nervoseira que me é habitual, entre a tremedeira e a pouca vontade de assumir que aquilo acabara de acontecer (A vontade é logo de dizer, pronto deixe lá, não me apetece pôr o triângulo, nem vestir o colete, ou tão pouco preencher a declaração amigável) pego nos dois documentos que ele me estendeu (O BI e a carta de condução) já muito satisfeita por não me ter saído na rifa um daqueles que começa logo "Já viu o que fez sua atrasada mental" mesmo sendo o próprio o único responsável pelo choque (visto ter sido por trás em situação de pára-arranca) esquecendo-me por completo da mais elementar das regras "TIRAR A MATRÍCULA". Pois. Podem acreditar. Não lhe pedi a apólice do seguro para pôr na declaração. Não tirei a matrícula do carro. Isto sou eu. Sem tirar nem pôr. Ainda assim tenho algum amor-próprio vá-se lá saber desencantado onde. Adiante. Este rapaz, poderia com a maior das facilidades ter-se descartado da responsabilidade de me ter batido por trás com toda a força na A5. Podia. Mas não o fez. Mandou uma sms, 17 dias depois confirmando se estava tudo bem, se eu teria memorizado o número ou se por estar tão nervosa não o teria feito e teria perdido a possibilidade de o contactar. (Mal sabe ele que nem a matrícula tirei). O meu grande bem haja portanto para este David, que me mostrou que a honestidade, a seriedade e o civismo ainda andam por aí prontos a bater-me por trás. E eu fico feliz por sabê-lo.

SECOND LIFE: ando desde segunda a digladiar-me. Sou sincera ou absolutamente facciosa? Ou omito que o vi? Sincera / Facciosa / Omito. Omito / Sincera / Facciosa. Facciosa /Omito /Sincera.
E cá estou. Sincera.

1) O que eu gostei mais do filme foi ver-te actor "Stôr". Estás bem pá. E não estou a ser facciosa ou secalhar estou e não consigo vê-lo. Em todo o caso gostei de te ver no papel de actor que ainda desconhecia na tua pessoa.

2) A ideia subjacente à história agrada-me bastante, mas o filme só me cativou, mesmo no fim com um "twist" que já não lhe esperava.

3) Desculpem mas a cena entre a Liliana e a Sandra não é tórrida. A mim não aqueceu nem arrefeceu sinceramente. Mas isto sou eu. E sei bem que não faria melhor que se há mulher que não sabe ser sensual sou eu. Até acho que tenho cara de nossa senhora de qualquer coisa, infelizmente.

4) Porque é que despejaram para lá toda e mais alguma figura conhecida das mais variadas áreas da nossa sociedade? Todos eram conhecidos. Todos. Não percebi a necessidade de isso acontecer, até soou estranho. Mesmo a empregada era a Manuela Ramos (não me recordo se é mesmo este o nome mas só este me ocorre).

5) Também não percebi porque é que numa festa em que todos percebiam e falavam português, intercalavam diálogos em português e inglês. Talvez seja uma questão de internacionalizar o filme, pensando já em eventuais exibições lá fora. Se assim é ok já percebo. Se assim não é, então para quê, por exemplo, no carro a caminho da festa, as frases da Sandra e do Pedro Lima ora em português ora em inglês? Ultrapassou-me um bocadito.

6) Já disse que gostei de ver o meu Stor como actor?

7) Pronto então é isto: sincera a custo, mas tem de ser. Igual em todas as ocasiões, fugir dos dois pesos e duas medidas que tanto se vêem por aí.

Deia

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

 

Acerca do "ressabiamento"

Claro que eu gostava de afirmar à boca cheia, plena de orgulho por conseguir ser assim, que sou imune ao "ressabiamento". Obviamente gostaria de me ver limpa de semelhante sentimento, infame, quando penso nele a frio. Mas a quente, a quente, tenho dois "ressabiamentos" que volta e meia me revolvem as entranhas e me possuem, fazendo de mim alguém irascível. (Talvez estejam neste momento a pensar não ser possível estar a falar de mim. A "boazinha vermelha" - epíteto carinhosamente atribuído pelo Guinho que me comparava ao Capuchinho vermelho, mas em versão otario/subserviente.)

Um deles é viver a fazer de engenheira florestal, não o sendo verdadeiramente. Não o sentindo como sendo algo que é meu, que me constitui, que me satisfaz ou preenche.

O outro é este:

Nota: Com "O outro" quero dizer o não entender as pessoas que me digam "Não tens legitimidade para existir dessa maneira". Não tenho porquê? Pergunto. Há espaço para muitos grãos de areia nesta terra. Digo eu.

Uma (a minha) perspectiva sobre o ALA:

O ALA é aquele avô ranzinza a quem perdôo tudo o que diz. Não por ser demasiado permissiva (ou mesmo submissa diante do génio) mas porque se assim não fosse, não seria o “meu avô” ALA. É um homem tímido (parece-me), receoso do contacto com “os outros”, facto que disfarça com caretas e trejeitos, com tiques que se assemelham ao à vontade que se tem apenas entre amigos. Talvez a familiaridade fosse dirigida apenas ao CVM. Deu-me uma imensa vontade de rir a cara compenetrada do CVM pensando possivelmente “Só espero que isto corra bem” (pareceu-me vislumbrar algum nervosismo. É natural. O meu avô ALA não é fácil). Inúmeras vezes ao longo da noite o sobrolho soerguido que a mim gritava “Quê pá?” mas pretendia ser um “Oh claro que sim. Estou mesmo a ver/sentir tudo o que diz. Não, não estou perdido no emaranhado de palavras que lhe sai da boca”. E ao meu avô ranzinza não se pode dizer o mesmo que se diz aos restantes, a nós comuns mortais. O que é para nós, não é para ele. E um atrapalhado (Pareceu-me. Ou seria encantado?) CVM dizia “desamigos” para não proferir “inimigos”, dizia “vozes” em vez de personagens, “livro” jamais (!) romance, porque para o meu avô ALA nada pode ser o que é. É sempre tudo “OUTRA COISA”. A literatura? É “OUTRA COISA”. Não isto que andamos a ler. Os lixos que hoje se publicam. Aspirantes a “escritores” (Que jamais o serão: “uma coisa é escrever livros outra coisa, lá está, é ser escritor.) enviam-lhe os seus manuscritos (doce ingenuidade de que já fui também acometida) na esperança de uma mão amiga. Mas ele desdenha. São na maioria muito maus. “Uma merda”. Oh avô não fale assim das pessoas que lhes fere os sentimentos. Pensa ele, que todas essas pessoas querem apenas ser FAMOSAS. Pensa ele que poucos nasceram com essa premência, com essa maneira de SER. Apenas dois, máximo três no nosso país se podem dizer escritores. Apenas dois, máximo três pertencem a essa casta superior. Avô: a literatura, essa “outra coisa” de que tanto falas, não estou certa de saber o que é. Não te levo a mal que ostensivamente mo mostres, me dês conta de forma quase cruel da minha ignorância. Não te levo a mal porque vá-se lá saber porquê adoro essa tua maneira de ser. Fazes-me rir no meio de toda essa sobranceria que não posso garantir seres tu mesmo, ou uma máscara que colocas para os “outros” que te deixam desconfortável. O meu avô ALA é tudo menos linear. Não fossem as crónicas da Visão, que anseio todas as semanas ler e às quais ele chama com algum desprezo “piscinas para crianças” (por terem sempre pé) e talvez eu tivesse de admitir que ler ALA (nota: só li o “Ontem não te vi em Babilónia”) não é para mim. Sou uma pessoa simples que talvez nunca alcance as tuas “vozes” avô. Uma senhora ontem teve coragem para dizer por outras palavras que não percebera patavina dos teus livros. Perguntou-te o que dirias tu a um leitor “hipotético” que se munira de lápis e bloco de notas ao mesmo tempo que lia um teu livro para poder “perseguir” as vozes (leia-se personagens) e perceber para onde iam, de onde vinham, como reapareciam no labirinto (leia-se livro, jamais romance). Olhaste para ela incrédulo. “Labirinto? É tudo tão óbvio, tão claro, se se deixarem guiar pelos sentidos, o livro fala-vos, explica-vos tudo.” Oh avô lamento, sempre pensei ser uma pessoa intuitiva, que lia com o coração e afinal não sou, porque ao ler-te baralhei-me e fiquei assim até hoje. Gostava muito de te saber ler. Encantas-me quando num minuto dizes que te “estás nas tintas” para os leitores e no seguinte dizes coisas como “entrar no coração do coração”, “escrever sentimentos/emoções, estar no meio das vidas, ser as pessoas” ao invés de debitar simplesmente histórias. Esse binómio arrogância/sensibilidade...Essa tua peculiar maneira de ser no fundo (simplesmente) humano como nós, “os outros”. Acho-te piada que vives sem as coisas que para os outros são essenciais: cartão MB, telemóvel, computador. Para ti supérfluas. Sei bem porquê, precisas só do papel em branco, da caneta (bico grosso?) e do teu pensamento com vida própria. Só isso te basta. És uma pessoa encantadora nesse teu modo rude de ser. Só mais uma coisa, lembras-te avô da história que ontem contaste? De como te sentiste afrontado quando ao entrar maltrapilho num stand e enquanto olhavas para um Volvo Coupe que te encantou (a ti que nem ligas a carros) o vendedor te ter dito (ao cometer o erro crasso de não te reconhecer): “Isto não é para si”. Lembras-te que o compraste porque ele te disse que não podias? O mesmo se passa com a escrita. Ainda que me digas, de forma devastadora, olhando-me nos olhos com o teu azul profundo que “ela” jamais será para mim eu digo-te avô que É. E sim, será. Enquanto houver em mim um coração a pulsar, não desistirei de escrever.Um grande beijinho avô.

Andreia Azevedo Moreira.
30 de Outubro de 2008 (de manhã no comboio)

P.S. Isto a propósito da conversa com o António Lobo Antunes no "CAFÉ COM LETRAS" ontem na Biblioteca de Oeiras. Entrevista com Carlos Vaz Marques.

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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

 

Para ti

Até no céu mais carregado se desenha o arco-íris.
Vi hoje um. (Pintou-se para ti. Tenho a certeza.)
As mais belas cores no fundo cinzento.
As mais belas cores a nascer da escuridão.
Assim irá ser contigo.
O tempo agirá. Em breve. Assim o espero.
Um abraço permanente, apertado e quente,
enquanto não passar a dor.

Estou aqui.

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

 

Sou a favor. Sim. Sou. Porque viver não é apenas respirar.

Que alguém me explique como é defensável que uma pessoa, em estado vegetal há 17 anos, deve ficar por mais não sei quantos, no mesmo estado, quando o seu "SER" há muito que partiu?

Que alguém me explique que "VIDA" é essa, porque eu não a entendo como vida.

Que alguém me abra os olhos, porque eu não estou a conseguir ver o argumento forte que sustente acorrentar pessoas que já foram "alguém", em semelhante cárcere.

Ora, haja algum "departamento" em que os animais são bem tratados. Ao menos para com os animais tem-se essa solidariedade.

Pelo menos aos animais, em semelhantes estádios de sofrimento e/ou degradação concede-se a libertação.

Ao homem não?

E se eu quiser meter uma bala na cabeça?

Os que não podem fazê-lo, coibidos de desistir.

Todos temos o direito a desistir, a não querer sofrer mais.

E quando não podemos fazê-lo, quem melhor do que os que nos amam, para fazê-lo por nós?

Sei que é a decisão mais difícil de uma vida. Sei que ninguém sofrerá mais que o que pede para acabar o tormento.

Quem são essas pessoas que erguem as suas vozes contra o que não lhes diz respeito?
Quem são essas pessoas que se armam em porta-voz de Deus?
Não é Deus misericordioso?
Para que quer Ele um corpo a jazer numa cama, indefinidamente?
Que desígnios terá ele para uma casca vazia?

Até as baleias desistem.

Que os donos da verdade se metam nas suas vidinhas.

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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

 

OS MAIAS

Vou dizer isto por tópicos, porque eu não gosto de dizer mal. Faz parte da vida, bem sei. Mas eu gosto mais de elogiar do que de dizer "blergh". Ora, não é propriamente "blergh" o que eu teria para dizer. Mas também não é coisa para envolver superlativos.

No fundo o que resume a minha perspectiva é, e passo a citar "Faltou-lhe um bocadinho assim" (tipo danoninho).

1) ADOREI (olha afinal dá para dizer um bocadinho bem) o pormenor de haver um piano tocado ao vivo. Se há instrumento (musical, leia-se) que eu adoro é o piano. O som. A forma como o emite. A maneira como é tocado. O empenho de quem o toca. Tudo. Tudo no piano me é caro. Especial.

2) Fiquei surpreendida e agradada por ouvir, de novo, em muitas e muitas idas ao teatro as pancadas de Moliére. Finalmente. Felizmente alguém recuperou esse momento, para mim vital, no início solene de uma peça.

3) Achei piada por me ter apercebido da presença do ponto. Era a antestreia e natural algum nervosismo ou esquecimento. E lá se ouviu, à hesitação de um dos actores o ponto a entrar em acção, auxiliando-o no bloqueio. Nunca tinha ouvido um ponto a sussurrar. (Saiu-lhe um pouco alto.) A bem da verdade, nunca tinha visto um ponto. (Espera, talvez na revista quando era pequena e ia com os meus pais. Mas nesses teatros havia aquele fosso entre o palco e a plateia. Neste caso o ponto estava no primeiro balcão e como tal deu uma cana do caraças, passo o calão).

4) O actor que faz de Ega é MUITO BOM e a interpretação dele abafa todos os outros (olha, mais um elogio).

Nota: Acho que tem gente a mais no palco. Não era preciso tanta gente. Digo eu que não pesco, o que quer que seja, do assunto.

5) A volta que deram ao texto, contrariando outras maneiras de interpretar "Os Maias" até está bem pensada. Mas... Lá está. Faltou-lhe um bocadinho "assim".

Se me estivessem a ver eu estaria com os beiços franzidos a dizer "ãh".

6) O que teve de bom a noite? Um jantar com duas amigas bem divertido e saudável.

(vegetarianismo, ando a ver, ando a ver.)

P.S. Eu gosto de dizer mal. Como toda a gente. Mas em privado. Ora, pois. Um pecadozinho da intimidade, com os que se riem comigo e com quem gosto de me rir. Para anjo ainda me falta muito mais que as asas e a auréola. Quando digo dizer mal, mais acima, falo daquele "deitar abaixo" por deitar, quando nada se constrói e se convive mal com o sucesso/trabalho/esforço/coragem dos outros.

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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

 

PEDRAS NEGRAS

Ontem ao abrir a caixa do correio, uma daquelas surpresas que nos alegram os dias. O meu AMIGO Mário Abrantes tinha-me enviado um presente de aniversário. PEDRAS NEGRAS*, um livro de um açoriano que deve ter sido um grande homem, seu conterrâneo e amigo. É a segunda pessoa que conheço sua amiga e a avaliar pelo carinho com que falam dele, era daqueles que enriquecem (um)a vida. Não pude conhecê-lo, conhecê-lo-ei agora, através da sua escrita. Obrigada Marinho. És a (minha) prova viva que a amizade sobrevive a TUDO (quando verdadeira). À distância (um oceano pelo meio). À ausência física. Estás cá dentro. Sempre. Obrigada por me acompanhares. Gosto muito de ti. Um grande beijinho. E desta não estava mesmo à espera!

*errata by Guinho.

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

 

Não me apetecia... Só isso. Volto. (Enferrujada)

Leituras: Terminei os contos de Flannery O'Connor. Gostei do livro. Mas fiquei a meio caminho entre "o cá fora" e o "lá dentro". Fiquei debruçada com o tronco para dentro e a cintura e restante corpo pendurados do lado exterior do livro. Os braços não foram capazes de me levar em peso (talvez porque eu pese já qualquer coisita) para o meio daquelas vozes tão sombrias. Estes contos falam-nos do pior de nós. Não são contos para ter final feliz. (E se eu sou pessoa de finais felizes). Tudo é negro. O livre arbítrio a pender sempre para o mesmo lado. O lado que não admito existir em mim e que existe, como em todos nós. A pessoa anseia "o bem" e o livro pende para "o mal". A pessoa quer acreditar e os contos esbofeteiam-nos testando a nossa credulidade. A partir de meio do livro desisti de acreditar que iam acabar bem os restantes, percebi que a escolha era entre o mau e o muito mau. Entre o absurdo e a realidade dura demais para engolir. E avancei. Pensando. Que alma sombria a de Flannery. Incapaz de vislumbrar o céu azul para lá das nuvens. Não sei se ela via a vida, como a passava nestes contos. Mas se assim era, lamento por ela. Devia ser muito duro viver assim, sem réstia de ingenuidade.

Avanço agora para "O Amante" de Marguerite Duras. (As primeiras frases já me agarraram. A ver vamos se mergulho).

25 de Janeiro:
Parabéns minha querida tia. Quem dera ter o poder de te arrancar com as minhas mãos o mal que te atingiu. Se a vida fosse justa, poderia agarrar em ti e sacudir-te, até que isso que te aconteceu te abandonasse. Se houvesse sentido em tudo o que acontece, não era à tua porta que essa maldita doença teria batido. Teria olhado para o número da tua porta e teria visto que se enganara. Que jamais deveria tocar em alguém tão bom como tu. Um pilar. Toda a vida um pilar para uma família, para um punhado de amigos e agora...Agora. Agora aproveitarei o mais que puder a tua presença aqui. Lutarei contra a desculpa "não tenho tempo" com todas as forças que possuo, para me aproximar do que ainda és. És uma mulher admirável. E eu gosto de ti como gosto de todos os meus. Com toda a minha alma. Com as minhas entranhas. Com o que me anima a continuar por cá, PARABÉNS. E que cada dia conte.

28 de Janeiro:
Parabéns a uma das minhas melhores amigas. Paulinha. Não sei se isto é exclusivo "das gajas". A minha melhor amiga. Não posso dizer que tenho só uma. Para mim, todas as minhas amigas são "a minha melhor amiga". Independentemente de há quanto tempo estão na minha vida. Porque eu só concebo a amizade de uma maneira: uma entrega absoluta e desinteressada. Estou cá para ti minha amiga. SEMPRE. Que os 31 sejam bons, sejam felizes.

(JP. Sete dias depois. Faltam muitas semanas, até que a dor se atenue nos corações dos que são teus. Até que volte a ser possível respirar. Por agora, a respiração ainda em suspenso. O aperto no músculo vital. O sangue que é distribuído mais devagar. Não há palavras que possam exprimir o que se sente. Por isso estarei onde precisarem de mim, calada.)

31 de Janeiro:
A 31 os 31. Sinto-me grata por cada segundo, de cada minuto, de cada hora, de cada dia, de cada mês, de cada ano que vivi até aqui. Tem sido muito bom.

"O estranho caso de Benjamin Button": o óscar para o Brad? Nem pensar. O óscar para ser merecido, deveria ser atribuído à equipa de caracterização. Que espectáculo.

ACAMARRADOS:
VALE MESMO A PENA IR. (É pena que para já tenha acabado, mas estejam atentos aos Artistas Unidos e se repuserem a peça não percam). Duas interpretações magníficas de Carla Galvão e António Simão. O cenário tem tudo o que é preciso para sentirmos a peça. Estamos tantas vezes "acamarrados" sem o ver. Às vezes, ir ver estas peças que parecem caricaturar a realidade (ou que aparentemente são absurdas) faz-nos identificar na (nossa) vida situações em tudo semelhantes, mas que nos escusamos a encarar. Às vezes, as paredes deslocam-se e aproximam-se, obrigando-nos ao confronto com o que (quem) nelas habita. Muitas vezes a proximidade física não é sinónimo de (verdadeira) proximidade. E existem fossos, (quase) intransponíveis, mesmo para pessoas que habitam um espaço tão exíguo como o de uma cama ladeada (claustrofobicamente) por paredes, tecto e chão.

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