terça-feira, 30 de junho de 2009

 

Olé olé olé olé. Olé. Olé. Ô ô ô ô ô ôô ôô

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segunda-feira, 29 de junho de 2009

 

Estou toda molhada

Não meus amigos, não se trata de uma daquelas deixas-pérola do canal XXL. (Não que eu saiba o que se passa em semelhante canal. De facto, não sei.)

É como estou. Toda molhada. (Parem de pensar "nisso" por deus)

Alterações climáticas. Ring a bell? Ah pois é.

A que é que isto nos leva?

Ao PREOCUPAS-TE?

E o que é que PREOCUPAS-TE? já vos devia fazer lembrar automaticamente?

MUSA 2009. Estamos em contagem decrescente minha gente. É para passar palavra mesmo que não vos apeteça e é para ir, mesmo que preferissem ir votar nas eleições do Benfica, ao concerto da Kylie Minogue ou mesmo ao Delta Tejo. O Delta Tejo não precisa de ajuda, o MUSA sim.

Salvem o MUSA. Agradecida.

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domingo, 28 de junho de 2009

 

Partiu(-se)

Isabela ia na rua apressada e distraída. Numa mão o saco com os livros que acabara de comprar, no outro braço o casaco dependurado. Apressava o passo para minorar o atraso.

Eis que tropeça, caíndo de joelhos, desamparada. Esfolou-os com gravidade. Sangrava dos joelhos e das mãos. Os livros espalharam-se para fora do saco e à sua volta. O casaco imundo jazia igualmente na calçada.

Não era a desordem exterior, no entanto, que a perturbava. O problema é que ao cair, qualquer coisa dentro de si se partira.

Sararam as mãos, os joelhos também. Porém o que era uno e se quebrou, não teve conserto.

Desde esse dia havia uma dor a comê-la por dentro.

Lembrava-se de ouvir aos mais velhos, quando miúda: "Não morres da doença, morres da cura."

E habituou-se ao facto de que há coisas incuráveis e inoperáveis (estão em sítios inacessíveis ao bisturi) resignando-se a viver com a mazela.

Nunca mais usou saltos altos e hoje anda sempre muito devagar, como quem não sabe o caminho.

Faz 61 anos em breve.


http://www.youtube.com/watch?v=7dLAsHpMiBc

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sexta-feira, 26 de junho de 2009

 

Ah e tal e coiso e mais o fim de semana (ui tão bom)

Começo com a notícia da morte de Michael Jackson. Não me choca que tenha morrido. Choca-me que tenha sido profundamente infeliz (parece-me) durante toda a vida. Mais uma prova que podemos ter (aparentemente) tudo e ainda assim nada termos de realmente importante. Fico desolada quando me defronto com vidas desperdiçadas. Não me apetece chorar porque morreu, mas porque não viveu o que podia.

Agora tapem os olhinhos que vou revelar uma escandaleira e por causa da qual não sou digna de respirar: Nunca li Agustina. (Assobios, tomates podres, vaias depois...) MAS vou ler finalmente agora que comecei a Sibila. Que é que querem? Escolhi Vergílio quando me apresentaram os dois...

HOJE vocês não podem perder este programa: www.rtp.pt/5meianoita. NÃO PODEM! E porquê? Porque eu digo. Há pessoas que considero "minhas" e pelas quais sinto um orgulho desmedido. Perguntam vocês: E essas pessoas sabem que são tuas? E eu digo: não. Algumas são minhas e eu nem as conheço, mas já cá moram. Pronto, este menino eu conheço e quero mas é que a vidinha lhe corra bem, para todo o sempre. Portanto hoje vejam o programa, participem, mandem bitaites e se possível vão ao estúdio um dia destes conhecê-lo, que vale a pena. O rapaz é um bom rapaz. Vá então.


BOM FIM DE SEMANA A TODOS, SIM?

Mensagem subliminar:

Adendazita: parece-me que repito demasiadas vezes certas palavras. Melhorarei. Farei exercícios em que me obrigo a escrever sem essas. Ah pois é. Sempre a aprender, sempre a melhorar.

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quinta-feira, 25 de junho de 2009

 

Carta ao pai

Pois... Pois... Pois... Isso da infância é irrefutavelmente marcante. Depois há uns mais marcados que outros. Há uns agradavelmente marcados, outros amargamente marcados, aqueloutros marcados na carne e na alma, há os marcados só por bons motivos, motivos elevados, que enchem de orgulho, enfim há de tudo. Mas que marca, marca, isso é inegável. E desse momento, aparentemente passageiro (são ali uns aninhos à Benfica - não faço ideia o que quer dizer a expressão "à Benfica" mas pareceu-me bem utilizá-la.) depende, não raras vezes, toda a nossa vida e o que fazemos com ela. Desses anos que há muito foram, não nos esquecemos jamais. Nem mesmo se padecermos de doenças do foro neurológico. É lá, na infância, que encontramos refúgio. É ela quem nos condiciona muitos movimentos. Poderemos lutar braviamente contra essa marca de ferro em brasa, que nos foi gravada no espírito, mas ela manifestar-se-á, esporadicamente, quer queiramos quer não. (Uso o plural propositadamente, não quero estar sozinha nesta teoria.) A prova pela qual vocês gritam para que prove minha teoria: ESTE LIVRO.

Este grande vulto da literatura, falando ao pai, dos desgostos, da culpa, da falta de liberdade face à sua opressora figura, já adulto. Este homem, uma referência, sofrendo ainda (imensamente) já adulto com os acontecimentos passados. Sentindo-se incapaz, maniatado. (em honra dos Gato) Ah pois é, com o sofrimento dos outros podemos todos muito bem, mas o nosso, ah o nosso, come-nos por dentro enquanto não o esgotamos, seja em lágrimas, seja em palavras, seja em gritos ou silêncios prolongados. Enquanto não o escrutinamos até à última palavra não dita, não o conseguimos deixar ir (ao sofrimento). E aos olhos dos outros, dos que passaram por todo o período de crescimento físico e interior sem precalços, sem traumas, pode parecer tudo demasiado imaturo, poderão pensar "move on" e têm razão, há que avançar, mas enquanto não se consegue, há uma ou outra coisinha para dizer.

E Kafka disse, numa carta com 100 páginas. (Escrito à mão seriam mais, claro está. Lá estão vocês pá, sempre a implicar com a menina, que coisa!)

Eu gostava de acreditar na reabilitação. (Talvez não exista outra coisa que eu deseje com tanto ardor. Tudo o resto se me afigura remediável, com maior ou menor dificuldade). Já desisti, porém, dessa. Tento viver o melhor que posso, fechando a porta à angústia, à culpa, ao sofrimento. Acreditei vezes demais na reabilitação e de cada vez que espreitei para ver, fui atingida. Ora como não quero morrer "pela porta mal fechada" como me foi profetizado pelo mp3, deixo-a trancada que é por causa das coisas. Porque uma coisa é a pessoa sentir mágoa pelo estado (aparentemente) irremediável a que chegou a situação, outra é ser estúpida. (E eu, embora pareça, não sou.)

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quarta-feira, 24 de junho de 2009

 

São os maiores. Tenho dito.

Títalo com link ó faxavore.

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Ideiazinha(s)

Entre a cobardia e o bom senso: a amargura?

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terça-feira, 23 de junho de 2009

 

One of the three - James - Laid

Sai corrente fresquinha passada pela grande Batukada (Gostei de estar contigo naquele dia menina).

"E de maneiras que é assim": 1. put your itunes/ ipod (or your mp3 player of choice) on shuffle.; 2. for each question, press the next button to get your answer; 3. YOU MUST WRITE THAT SONG NAME DOWN NO MATTER HOW SILLY IT SOUNDS!). "Atão":

IF SOMEONE SAYS "IS THIS OKAY" YOU SAY?
Monkey man - Amy Winehouse - Back to black

WHAT WOULD BEST DESCRIBE YOUR PERSONALITY?
Changes - Seu Jorge - The life aquatic studio sessions.

WHAT DO YOU LIKE IN A GUY/GIRL?
Not as we - Alanis Morissette - Flavours of entanglement

WHAT IS YOUR LIFE'S PURPOSE?
Queen bitch - Seu Jorge - The life aquatic studio sessions.

WHAT IS YOUR MOTTO?
Iris - Goo goo dolls

WHAT DO YOUR FRIENDS THINK OF YOU?
Was romeu really a jerk - Emir Kusturica & the smoking orchestra

WHAT DO YOU THINK ABOUT OFTEN?
Dia mau - Ornatos Violeta - O monstro precisa de amigos

WHAT IS 2+2?
Bone china - Mother Love Bone - Mother Love Bone

WHAT DO YOU THINK OF YOUR BEST FRIEND?
Dream Brother - Jeff Buckley - Grace

WHAT DO YOU THINK OF THE PERSON YOU LIKE?
Love you should've come over - Jeff Buckley - Grace

WHAT IS YOUR LIFE STORY?
Sweet lovin man - The magnetic fields - 69 love songs

WHAT DO YOU WANT TO BE WHEN YOU GROW UP?
Trancado - Ana Carolina - Ana Carolina (O caraças é que quero isto)

WHAT DO YOU THINK WHEN YOU SEE THE PERSON YOU LIKE?
Out to get you - James - Laid

WHAT DO YOUR PARENTS THINK OF YOU?
Pára nunca mais mentir - Ornatos Violeta - O monstro precisa de amigos (FOSGASSE)

WHAT WILL YOU DANCE TO AT YOUR WEDDING?
The thirteenth floor elevators -You're gona miss me - High fidelity O.S.T.

WHAT WILL THEY PLAY AT YOUR FUNERAL?
Jeremy - Pearl Jam - Ten

WHAT IS YOUR HOBBY/INTEREST?
Comatose - Pearl Jam - Pearl Jam (eh eh eh eh)

WHAT DO YOU THINK OF YOUR FRIENDS?
Tuolumne - Eddie Vedder - Into the wild O.S.T

WHAT'S THE WORST THING THAT COULD HAPPEN?
Stargazer - Mother Love Bone - Mother Love Bone

HOW WILL YOU DIE?
Pela porta mal fechada - Tim - Um e o outro (Caraças...)

WHAT IS THE ONE THING YOU REGRET?
Fado do encontro - Tim - Um e o outro

WHAT MAKES YOU LAUGH?
Amazing grace - Cat Power - Dark was the night

WHAT MAKES YOU CRY?
Satan's bed - Pearl Jam - Vitalogy

WILL YOU EVER GET MARRIED?
Skindiving - James - Laid

WHAT SCARES YOU THE MOST?
Mais que isso - Ana Carolina e Seu Jorge

DOES ANYONE LIKE YOU?
Pry to - Pearl Jam - Vitalogy

IF YOU COULD GO BACK IN TIME, WHAT WOULD YOU CHANGE?
O amor (sem se saber bem porquê)- Tim - Um e o outro

WHAT HURTS RIGHT NOW?
Dreaming my dreams - Cranberries - No need to argue (esta merda está assombrada)

WHAT WILL YOU POST THIS AS?
One of the three - James - Laid

Vá lá a ver que da outra vez só a Magas é que (cor)respondeu...

Van, Magas, Joana, Susana, Mónica, Prima Cat, Cláudia e Rita. (Não sei se era para um número fixo...Responda quem quiser. É divertido. Ah pois é.)

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PENSAMENTOS ALEATÓRIOS

1) Andei vestida de tristeza. Não tenho feitio, pronto. Nasci para ser palhaça. Para fazer rir na adversidade. A situação é dramática, lembro-me de uma parvoíce, digo-a, as pessoas riem-se. É assim. Prefiro assim. Prefiro andar a rir do que a chorar. Prefiro a cara franzida, o abdominal contraído de tanto me rir, do que os mesmos sintomas por estar em posição fetal, derrotada a esvair-me em lágrimas. A vida é o que é. Há que aceitar o que nos traz, sem dramatizar. Não quero dramas. Quero comédias. (Sor)riso é o meu nome do meio. Quero a cara iluminada, não sombria. Chega. Há que aceitar. Aceitar tudo. O que é bom e o que é mau. O que é intenso e o que é morno. Aceitar. Viver serenamente (O que não corresponde propriamente à minha maneira contraditória de encarar os dias. Haviam de me ouvir ontem.) o que tenho para viver, mas viver. É tudo demasiado efémero para andar adormecida, dormente. Chega de lamúrias. Não acredito em medicação. Acredito "nisto" que me faz um dia estar no fundo do abismo e no dia seguinte me catapulta e faz olhar para o céu azul e imenso, cheia de esperança. Acredito que sou sã, na minha loucura e acredito que faço o melhor que posso, dentro do que sou. Por isso ontem, peguei numa espátula e raspei com mil cuidados, para não fazer sangue, a tristeza que se me colou à epiderme. Não a quero. A tristeza não é para mim. Eu sou aquela a quem os outros chamam néscia por me rir em demasia. Não me importo. Chega.

2) Há uns anos fiz uma colecção da Visão com grandes clássicos. Tenho 27 livros dessa colecção. 1, REPITO 1 é de uma mulher: Marguerite Yourcenar. Preciso fazer algum tipo de comentário?

3) A vida não é uma série de capítulos em que posso colocar pontuação, que a torne definitiva, como arrogantemente pensava. Muitas vezes retornamos a capítulos passados. Muitas vezes reabrimos o(s) livro(s). Eu é que acreditava que não. Que uma vez fechado um qualquer livro, esse ficaria na estante, eternamente, a encher-se de pó. Sei tão pouco sobre a vida.

4) Os conflitos entre duas pessoas nunca são verdadeiramente só dessas. São dessas e dos batalhões que se colocam na retaguarda em defesa dos respectivos entes queridos. Não é justo, não é leal, mas é encantadora e naturalmente humano.

5) Quanto mais ouço e leio a Inês Pedrosa mais a admiro enquanto ser humano. Favor ler a crónica desta MULHER na LER.

6) Tinha mais coisinhas giras para dizer, mas vou guardá-las não vá estar com a mosca, outra vez, nos próximos dias e assim pimbas: "amando-vos" com pensamentos fora de prazo, que nem dão por ela e eu assim poderei carpir à vontade, sem dar nas vistas. PAM.

ADENDA: Digam lá que este cartaz não é do melhor? É. Pois é?

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segunda-feira, 22 de junho de 2009

 

APELO

Se virem a Goa encaminhem-na para casa. OBRIGADA.

http://blog.arturanjos.com/2009/06/desapareceu-na-zona-de-paco-de-arcos.html

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22

Explicação da Ausência

Desde que nos deixaste o tempo nunca mais se transformou
Não rodou mais para a festa não irrompeu
Em labareda ou nuvem no coração de ninguém.
A mudança fez-se vazio repetido
E o a vir a mesma afirmação da falta.
Depois o tempo nunca mais se abeirou da promessa
Nem se cumpriu
E a espera é não acontecer — fosse abertura — E a saudade é tudo ser igual.

Daniel Faria, in "Explicação das Árvores e de Outros Animais"

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domingo, 21 de junho de 2009

 

APP

Há uma pessoa, na minha vida, por quem daria a minha. Há várias assim, mas hoje vou falar desta. Tem cara de anjo, esta bonita pessoa. Cabelo loiro, olhos azuis límpidos, grandes, sinceros. Sorriso solto. Pele clara. É linda esta pessoa anjo. Falo do lado de fora, é certo. Mas essa beleza exterior mais não é, que o emanar da beleza interior imensa, que encerra. Tem sido sovada. Muito sovada. De há uns anos para cá, a vida passa o tempo a entreter-se com ela. Sem piedade. E ela forte. Ela fortaleza aguentando as investidas do mar. Não cai. E se a vida tem tentado derrubá-la. E ela a fintar a vida. A ser sempre o melhor. A fazer sempre o melhor. Sempre esquecida de si. Sem ponta de amargura. É um exemplo, para mim, esta pessoa tão bonita que felizmente a vida me pôs no caminho. É incomensurável a amizade que lhe tenho. Tenho tentado estar ao seu lado, acompanhá-la, ampará-la nas rasteiras. Mas às vezes fico incrédula onde irá ela buscar tanta força. Têm sido tantas, tão duras. E ela direita, digna, apanhando sem se curvar à vida. Hoje mais um dia assim. Duro. Pesado. Sufocante. Não te posso arrancar a dor, estamos irremediavelmente sós no que toca ao sofrimento. Mas posso permanecer ao teu lado, mesmo quando lá não estou. (Os olhos não são precisos nestes domínios.) Precisas de uma mão, estendo-ta. Precisas de um apoio, aproximo-me, dou-te o meu ombro. Precisas de estar só, aguardo atrás, discreta. Tem sido assim. Tu para mim. Eu para ti. A amizade é isto. Não são precisos pedidos oficiais, ou súplicas. Estamos simplesmente e incondicionalmente presentes (mesmo que não nos vejamos, lá está.). Que levamos nós da vida senão isto que construímos uns com os outros? Quando vou, onde hoje fomos, não me atormento. Não me sinto incomodada. Não é ali a última morada. Ali já nada jaz, senão os corpos que antes nos acolheram. O que nós somos ou, em casos destes, o que fomos, habitará o peito de cada um daqueles em que entrámos algum dia e onde permaneceremos, para sempre. Gosto muito de ti.

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sexta-feira, 19 de junho de 2009

 

A tela

Vinha no comboio chorosa pelo amor que partira. Sentia-se irremediavelmente infeliz. Sentou-se derrotada, a cabeça pendia-lhe para o ombro e a testa encontrara poiso no vidro, ainda frio, da janela. Chorava involuntariamente. Detestava chorar ao pé de quem quer que fosse, mas não era dona dos seus olhos nesse momento. Nesse instante, os seus olhos eram, de facto, o espelho da sua alma. Um homem senta-se ao seu lado. Noutra altura poderia ter-se incomodado (havia tantos lugares vagos na carruagem, porquê vir sentar-se a seu lado?) naquele dia específico não, de tal modo ia alheia ao que se passava de fora. O homem dirige-se-lhe:

- Deixe-me pintá-la. Sou pintor. Deixe-me gravá-la numa tela. É tão bonita assim, triste.

Ela voltou a si e riu-se. Era de soslaio que o encarava, desconfiada, como a vida a ensinara a encarar, mas acedeu a conversar com ele.

Quando saiu da pesada máquina metálica já não ia triste. Talvez nostálgica, mas não tão triste quanto antes.

Carregava agora consigo a memória do homem que naquele dia a fizera sorrir, de forma indelével, como se fosse o retrato a óleo na tela que ele acabara por não pintar.

(Nunca mais se encontraram.)

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quinta-feira, 18 de junho de 2009

 

Ai a merda.

Porque é que se me fugiu a barra de links toda lá para baixo? Vocês vêem-na bem? É que eu não e está-me a moer que tenho de andar muito lá para baixo para ir buscar os que visito...

 

Repetitiva? Eu?


TUDO AQUI!

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terça-feira, 16 de junho de 2009

 

Cenas e mais cenas

Cena 1: A minha cunhada fez anos. Parabéns minha querida cunhada. És linda.

Cena 2: Sábado fui ver o meu AMIGO MOITA tocar. Foi a primeira vez que o vi num palco. Desde sempre me habituei a vê-lo no recolhimento do lar, de guitarra eléctrica nas mãos, como se lhes pertencesse. A seguir às falangetas a guitarra, membro único. Como toca bem o meu amigo. Vá-se lá saber porquê nunca (se) integrou (n)uma banda. Preguiça? Falta de oportunidade? Timidez? Não sei. Sei que agora faz parte dos Montecara e o vi feliz, realizado em cima do palco e fui contagiada por ele. Fiquei feliz também.

Cena 3: Conheci uma (outra) pessoa com a mesma paixão que eu. Achei piada adivinhar-lhe os mesmos tiques, os mesmos desejos, as mesmas expectativas. Espero que ele consiga.

Cena 4: Uma grande lição. (Apesar da impossibilidade de fazeres parte do meu dia-a-dia, é irremediável que já faças - ando contigo cá dentro - e farás para sempre minha querida F.)

Cena 5: As ondas de Virgínia Woolf um livro obrigatório (Vão já lê-lo caraças. JÁ!) que passou para o TOP de livros que se colaram a mim e com os quais andarei, a partir de agora, às costas mas que me tornaram a existência muito mais leve. Uma obra de arte para a qual olho embasbacada, babando-me até. Compreendo que ela não quisesse viver. Ser tão lúcida deve ser de enlouquecer. Ser tão verdadeira nos pensamentos, na admissão de todas as virtudes e de todas as falhas (na aceitação do ser e não ser e do não poder ser). Exaustivamente lúcida. Seis crianças cujo crescimento acompanhamos até à velhice. Na capa diz que há uma sétima voz. Discordo. Mas não vos digo quem penso ser essa sétima voz, para não vos influenciar, já que tenho em mim a arrogância de pensar que neste momento têm já o livro na mão ou não ligaram a, e passo a citar "Vão já lê-lo caraças. JÁ!" Seis universos intangíveis porque somos todos seres isolados. Vivemos todos em solidão. Conseguimos, às vezes, iludi-la mas ela é-nos inata, como respirar. É irremediável, o pensamento isola-nos. Vagueamos pelas seis cabeças, cada uma com o seu modo único, irrepetível, que se não pode partilhar. Senti-me um violador. Violei-lhes o que de mais íntimo tinham, o próprio ser. Andei por dentro deles qual seu sangue, viajando-lhes nas veias, nas artérias, pelos músculos e fibras do corpo, entrei-lhes no coração e na alma. E ao senti-los, senti-me também. Identifiquei-me. Condenei-me. Percebi que mesmo que nunca nos toquemos, somos todos inegavelmente parecidos. (Mesmo naquilo em que nos julgamos superiores ou inatacáveis). Eu culpada me confesso. Falho muito, muitas vezes. E por muito que tente melhorar, serei (para) sempre imperfeita.

Cena 6: Já me visitaram aqui? Vá então.

Cena 7: MUSA 2009 - http://www.festivalmusa.org/ - TEMOS CARTAZ. Passem palavra, enviem mails, twittadelas, postem nos murais dos amigos no facebook, gritem à janela, mas ajudem-nos por favor a erguer este GRANDE FESTIVAL que é o MUSA. Sabiam que é erguido com base em trabalho VOLUNTÁRIO? "Não sabiam... Ah ah ah não sabiam." Agora já sabem! Voluntariem-se, passem palavra e/ou vão até lá! 3 e 4 de Julho em frente à praia de Carcavelos.

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sábado, 13 de junho de 2009

 

Eram somente palavras

Tudo começara ao ler o seu anúncio nos classificados:

"Não sou triste. Mas sou só. Não pertenço, mas talvez gostasse. Alguém aí? - Responder pela mesma via s.f.f."

Respondera-lhe por graça. Também não se sentia particularmente triste embora fosse igualmente só. Também ele não pertencia. Terá dito na semana seguinte:

"Poderá não lhe agradar quem lhe responde. Partilho algo consigo. E estou aqui."

Iniciou-se um entendimento, via classificados, que jamais qualquer um dos dois ousou modificar com um encontro.

Temiam que a realidade destruísse o que haviam construído com palavras.~

Não conheciam a cara, idade ou feitio um do outro e ainda assim havia verdade(s) na forma de se falarem.

A vida real prosseguia imperturbável. Ambos tinham as suas vidas preenchidas, feitas do que todas as vidas se compõem, com mais ou menos peso, num ou noutro aspecto da existência.

Aquela comunicação semanal era preciosa para os dois que não pediam mais do outro que aquelas quatro ou cinco linhas que diziam tanto.

Um dia ela calou-se e ele nunca soube o motivo. Vestiu-se de luto e assim continuou até ao dia em que também morreu.

Não se sabe se era amor, ou uma profunda amizade, mas era alguma coisa que as inúmeras palavras deixadas no papel não conseguiram transmitir.

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terça-feira, 9 de junho de 2009

 

PARABÉNS RUI e RICARDO ALMEIDA

Aos meus gémeos preferidos! Grande dia para vocês.

Rui: aquele abraço.

Ricardo: aquele abraço apertado comó caraças. Eu sei que foi para teu bem, mas isto de termos um oceano pelo meio é duro. Temos muitas saudades tuas miúdo. Fazes falta ao grupo. És dos sãos. Dos firmes. Daqueles "Estou contigo e não abro" como diz o Gabriel o Pensador. Desejo-te o melhor e muito sucesso, mas espero que um dia possas voltar ao nosso convívio diário. Temos aqui um buraquinho sem ti.

Peixe: parabéns também para ti. Nunca mais te vi pá. Espero que esteja tudo fino.

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Vem aí um novo ÁLBUM!

Mas a "mood" de hoje vai para esta cover da música dos The Who pelos meus meninos: BABA O'RILEY (aos berros até perder a voz)


http://www.youtube.com/watch?v=49C9S2DU-MI

E pronto com coisas destas, simples, uma pessoa recompõe-se.

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domingo, 7 de junho de 2009

 

Voltar à Escola Secundária de Carcavelos...

...Para votar foi muito bom. Ver-me recuar no tempo e involuntariamente rasgar um sorriso enternecido percorrendo todos os caminhos do antigamente. (14 anos volvidos...) Ir até ao campo de jogos, hoje com um pavimento todo catita e ver um pouco mais abaixo, outro como eu a recordar. Bons tempos das paredes (onde nos encostávamos) do pavilhão E, e dos recados escritos nas carteiras. Belos tempos da cantina, onde dizia comer, mas ia era para o Granfino enfardar hamburgueres e croissants de chocolate. Maravilhosos tempos das comédias e tragédias próprias da adolescência. Benditas as amizades e as inimizades de estimação. Horas de diversão, porque mesmo em aula arranjávamos constantemente forma de fazer merda (passo a expressão), mas de uma maneira engraçada, que não feria os professores (fazendo-os não raras vezes irromper em gargalhadas que foram incapazes de conter), um modo de agir que mais não era que uma enorme sede de viver em alegria, em parvoeira, até. Tempos de uma ingénua (e não valorizada na altura) irresponsabilidade. Recordar é, de facto, (também) viver.

Aquele abraço a todos os que me enriqueceram o passado (alguns dos quais ainda hoje ocupam um lugar especial no meu presente).

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FELICIDADE(S)

Bem vindo ao mundo Diogo! Parabéns amigos (Maria João e Pedro) por este dia tão especial (dizem que é o que se vive mais intensamente e eu acredito). Um abraço do tamanho dos 3 e cá continuarei deste lado, a acompanhar-vos enquanto amiga e agora, a assistir a essa maravilhosa dádiva que é ver uma criança crescer. Muitas felicidades!

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Camaleão

Aterrorizam-me os camaleões das emoções. Os que mimetizam os outros, consoante os ambientes, ou as conveniências, sem sentir deveras o que clamam sentir. Apavoram-me os que não sentem, mas simulam estar cheios dos mais nobres sentimentos e que invejam em surdina, vilmente, os que têm o que lhes falta. Atemorizam-me aqueles a quem não consigo adivinhar a natureza, porque o disfarce é já a própria pele. Sinto à distância intenções feias, mascaradas de beleza. Vivi (um)a farsa tempo demais, conheço-lhe de cor as manhas, as falsidades, as rasteiras. Virei costas às mentiras e hoje, fujo a sete pés se encontro comportamentos quejandos. Pudesse eu garantir que o meu sensor está avariado e dar-lhes-ia, aos camaleões em que vou tropeçando, oportunidade. Mas não tenho, obviamente, semelhante garantia, e estou demasiado dorida para dar "oportunidades" a quem não consigo, sequer, principiar a conhecer, porque se camufla. Cheira-me mal tudo o que não é genuíno, o que é forçado, o que não passa de uma representação (e não estando eu no teatro, assistindo a uma peça). Cheiram-me mal os discursos milimetricamente estudados, onde não há espaço para um encantador gaguejo. Repelem-me as palavras adocicadas em demasia, os gestos invariavelmente calmos, em que jamais caberá o desvario ou a falha (representaria a queda de todos os disfarces). Cheira-me mal quando adivinho que me estão a dar pela metade, o que eu dou por inteiro. Cheira-me mal se os vejo encher-se de características alheias, para colmatar um qualquer vazio da sua alma. Não julgo os camaleões, somente me afasto. Porque ando sem armadura e quando falo, sai-me da boca o que penso e se não sai, está-me nos olhos, nas rugas e na expressão estampado. Não me parece justo andar junto deles nua, a revelar-me, quando o que esses camaleões têm para me dar são cores volúveis e nunca a sua verdadeira essência.

Sou pouco, é certo. Mas pelo menos, quando me deito à noite, sei verdadeiramente quem sou.

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

 

Peço a vossa atenção por favor:

Tutururu (corneta)

O que é que aí vem? O fim-de-semana graças a Deus. Amén. (Isto era só um aparte acerca da minha felicidade. Estão fartos de saber que sou uma egocêntrica neurótica inveterada. Amén.).

DOMINGO:
não concebo a ideia de não ir votar e não consigo entender quem negligencia esse acto tão importante. Conseguem imaginar o que é viver numa sociedade em que a escolha não vos é permitida? Eu não. Acho um direito maravilhoso, este que me (nos) concedem de poder(mos) dizer de minha (nossa) justiça e como direito que é, acarreta as suas responsabilidades, uma das quais é ir votar. Irrita-me ouvir dizer "só neste país" e "é uma vergonha" a pessoas que não fazem uso deste direito/dever que é o voto. Como criticam se não participam? Se não acreditam, votem em branco, mas votem, mexam os rabos, desloquem-se à urna e demonstrem a vossa vontade, o vosso pensamento, a vossa descrença ou discordância. Abstenção é zero. Não significa o que quer que seja, além de serem calões e negligentes para com a sociedade da qual fazem parte. NO DOMINGO FAÇAM O FAVOR DE IR VOTAR (além de fazerem o favor de serem felizes como diz o outro).

CLÁUDIA muitos parabéns, um dia muito feliz e vê lá se me atendes o telefone quando eu voltar a tentar... :)

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quinta-feira, 4 de junho de 2009

 

Desde 1996 que isto não me acontecia

Flavours of entanglement - Respiro este álbum por estes dias. Trata-se de um encantamento obsessivo, porém curativo. Modo: repeat até que (me) passe esta e outras obsessões.

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Há muitas pessoas a precisar (Teresa Brissos)

Se ainda não és dador de medula óssea, faz-te. Não custa. Vá então.

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quarta-feira, 3 de junho de 2009

 

A Marta encontrou dador! Espero que outros se sigam.


 

Sou uma pessoa problemática (a não ser que quine)

1) Tenho um problema com vírgulas.

2) Tenho um problema com a minha fértil imaginação.

3) Tenho vários problemas comigo.

4) Tenho alguns problemas com terceiros.

5) Tenho um problema com a palavra "quine": não sei se é assim que se escreve. (O que eu queria exprimir era quinar=bater a bota)

6) E no fundo, se de um momento para o outro posso morrer (colesterol elevado, hepatomegália* e mai' não sei quê) nada tenho.

7) E isto veio-me à cabeça, por causa d'As Ondas de Virgínia Woolf. Um génio a senhora e sim, devia ter um, ou mais, a menos (ou a mais, vá-se lá saber catalogar estas coisas) e devia sofrer horrores com os seus pensamentos exaustivamente analíticos, lúcidos e realistas. Tenho o livro todo sublinhado caraças. Os amantes de livros linchavam-me se soubessem. Mas atenção que só sublinho os meus livros. Podem emprestar-me livros à vontade que eu até sou pessoa para no caso de perder um livro autografado, ir em busca do autor respectivo (se ele tiver olhos bonitos claro. Estava a brincar... Vou mesmo...).

E é isto.


*Van olha outro desbloqueador! E este ainda mais refinado.

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terça-feira, 2 de junho de 2009

 

Era uma vez uma vaca

Certa vez, assisti à morte de uma vaca no campo. Estava em agonia, prostrada no meio de uma pastagem ironicamente bela, repleta de flores coloridas. Nada havia a fazer pelo bicho. Instintivamente o resto da manada abandonou-a. Agrediu-me a solidão do animal. Não posso conotar o comportamento daquele grupo como frieza, termos desses estão-nos reservados, e foi, como disse, o instinto quem lhes ditou a direcção. Nós humanos, apesar de irrefutavelmente racionais fazemos a mesma coisa. Desertamos dos (nossos) fracos, dos (nossos) doentes, dos (nossos) velhos. Porém, o que à partida seria próprio da (nossa) natureza ou do instinto de sobrevivência, transmuta-se num sofrimento indescritivelmente atroz, pela força do pensamento racional que nos distingue. Passarei por isso também. Não muito longe daqui serei velha, quem sabe inválida. Espero estar preparada quando essa (minha) hora chegar. Talvez por isso viva de coleccionar memórias e me agarre a elas com tanta força. Terei (espero) com que me entreter, quando a inexorável solidão que precede a morte me alcançar.

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segunda-feira, 1 de junho de 2009

 

(Sim, o da banana era muito melhor mas não tinha outra para o dia do disparate)

DOUTOR TENHO OUTRO PROBLEMA:
Sinto algum constrangimento ao agitar iogurtes líquidos em público.

(Sou o George Costanza - do Seinfeld. Não sei quando parar.)

(Quem precisou de ler - do Seinfeld - para saber de quem falo não teve uma infância feliz.)

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