sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006
CAMPO
Ontem estive no campo. O que quer dizer isto, para quem não é da área? Quer dizer, que nos deslocámos a um dos muitos ensaios que temos instalados para fazer coisas que são necessárias ao correcto desenrolar do projecto. Ontem era preciso mondar. E o que é mondar perguntam vocês... Mondar é arrancar selectivamente o que não nos interessa. Neste caso a vegetação herbácea. (Oh Mckenzie quem ler isto nem sabe daquela barraquita que eu dei :) ! )O nosso trabalho, neste projecto, consiste em analisar o efeito da vegetação herbácea no estabelecimento das árvores de sobreiro e de azinheira. Através de 18 sub-parcelas como a que vêem na fotografia, realizamos este estudo. Metade do rectângulo tem vegetação e metade não tem. Depois de termos semeado 1296 bolotas de sobreiro e de azinheira (50%-50% em Janeiro de 2004) esperámos que as árvores emergissem (muitas nunca chegaram a aparecer) e crescessem. Desde então temos vindo a analisar muitos parâmetros (altura, nº de folhas, diâmetro no cólo da raiz, sobrevivência à seca, etc etc, etc).
Este é o meu projecto favorito, porque além de ser naquele sítio maravilhoso de que já vos falei, onde veados, gamos, javalis, inúmeras aves e pelo menos uma raposa, vivem em harmonia (nos dias em que não há caça) e em que podemos esvaziar o pensamento de negativismos (porque a paz ali é total) é também, o projecto em que trabalho directamente com a Mckenzie a minha companheira de luta. Sei que isto não vai durar para sempre, mas dou valor a todos os dias em que tenho o privilégio de trabalhar com uma pessoa assim! Se pudesse não me separava dela jamais :) !
Descrevi de uma maneira muito sucinta o que fazemos, mas se alguém tiver dúvidas que gostasse de ver esclarecidas, esteja à vontade para me mandar "uma outra ideia" :)
BOM FIM DE SEMANA A TODOS :)
Comments:
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Estava a pensar e se calhar seria interessante decalcarmos em papel vegetal 4 (nas direcções (N,S,E,W))folhas por árvore e por espécie (num total de 5184 folhinhas)de forma a analisarmos os padrões das áreas necrosadas...tenho andado a pensar e acho que o formato destas áreas necróticas está directamente relaccionado com a forma com que luz directa que incide na folha!
;)
;)
# posted by 
: 5:48 da tarde, fevereiro 10, 2006
: 5:48 da tarde, fevereiro 10, 2006
Estava a reler o que escrevi no "comment" e
onde se lê: que incide na folha...leia-se incide na folha ;)
onde se lê: que incide na folha...leia-se incide na folha ;)
# posted by : 5:52 da tarde, fevereiro 10, 2006
: 5:52 da tarde, fevereiro 10, 2006
Amiga Deia, também gosto muito de trabalhar contigo, és uma pessoa divertida, trabalhadora, expedita, inteligente, mijona, comilona, faladora... e por mais chatos que às vezes sejam os trabalhos a que nos submetem...depois de feitos não custam nada...isto porque são feitos na tua companhia:)
# posted by : 6:02 da tarde, fevereiro 10, 2006
: 6:02 da tarde, fevereiro 10, 2006
Olá Andreia eu tenho uma pergunta a fazer.
Porquê? um rectângulo? isto pode parecer parvo mas na minha área interessa essas acções, a escolha de um rectângulo, forma exclusiva do homem.
Bem sei que Não existe uma resposta lógica possível , mas o que é interessante para mim é uma acção na procura do natural numa forma artificial, é este paradoxo que por vezes eu me confronto com as minha ideias na arquitectura seja ela materializavel ou paisagista.
Bem sei que isto acontece , penso eu para um identificação rápida daquilo que é natural criado pela pela mão do homem. nomeadamente para estudo penso que seja o vosso caso.
Moral da historia por mais que tentemos as formas orgânicas da natureza ´so ela é autora das mesmas.
Acaba por não ser uma pergunta e mais uma reflexão minha ...
Beijinhos
Billas
Agora sim uma pergunta, tiveram á espera 2 anos para tirar conclusões?
Porquê? um rectângulo? isto pode parecer parvo mas na minha área interessa essas acções, a escolha de um rectângulo, forma exclusiva do homem.
Bem sei que Não existe uma resposta lógica possível , mas o que é interessante para mim é uma acção na procura do natural numa forma artificial, é este paradoxo que por vezes eu me confronto com as minha ideias na arquitectura seja ela materializavel ou paisagista.
Bem sei que isto acontece , penso eu para um identificação rápida daquilo que é natural criado pela pela mão do homem. nomeadamente para estudo penso que seja o vosso caso.
Moral da historia por mais que tentemos as formas orgânicas da natureza ´so ela é autora das mesmas.
Acaba por não ser uma pergunta e mais uma reflexão minha ...
Beijinhos
Billas
Agora sim uma pergunta, tiveram á espera 2 anos para tirar conclusões?
# posted by : 8:15 da tarde, fevereiro 10, 2006
: 8:15 da tarde, fevereiro 10, 2006
Exacto mckenzie. Como é que não te lembraste disso antes? ISto da copa tem muito que se lhe diga. Por exemplo: na porosidade do solo e na maneira mais ou menos fácil com que se monda. És um génio ;)
Billas: Um rectângulo, porque ao dividi-lo em duas partes iguais obtemos dois quadrados, nos quais semeámos as bolotinhas. Ao emergirem as plântulas de sobreiro e azinheira todas alinhadinhas, parece-me ser mais agradável à vista e mais prático ter dois quadrados de igual área, do que ter um quadrado e dividir em dois obtendo dois rectângulos de igual área. Ora, também o poderíamos ter feito mas não fizémos... Em relação a outras formas geométricas, seria mais complicado estar a distribuir 1296 plantinhas de uma maneira ordenada se tratássemos com triângulos ou círculos... Não te parece? Em relação aos dois anos... Se tiveres em conta que se tratam de árvores que demoram 40 anos a crescer... 2 anos não é muito... E nós não chegámos, ainda, a conclusões... Vamos chegando... Bjinhos :)
Billas: a ideia era semear as bolotas de azinheira e sobreiro a compassos iguais de forma a garantir que a competição ao nível da raiz e da parte aerea fosse semelhante...e a forma rectangular das parcelas facilita estes cálculos...cículos e outras formas geométricas são mais difíceis de concretizar no campo...mas se fores a ver bem cada planta está semeada no centro de um círculo de raio 30 cm...
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# posted by : 1:58 da tarde, fevereiro 13, 2006
: 1:58 da tarde, fevereiro 13, 2006 << Home
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