quinta-feira, 30 de abril de 2009

 

BOM FIM DE SEMANA MAS É.

É ir. É ir. É ir. http://feiradolivrodelisboa.pt/

 

É tudo muito relativo

Há 31 anos por estes dias era concebida. (Mais dia, menos dia)
Há 13 anos neste dia chorava baba e ranho, acreditando que ia ser infeliz para sempre.
Há 1 ano, o dia de hoje era de esperança e convicção.
Hoje é apenas o dia 30 de Abril de 2009.
Ainda bem que há 31 anos, por estes dias, alguém se amava e me dava o que de mais precioso tenho.
Ainda bem que vivi intensamente, o que há treze anos me partiu o coração e hoje me faz (sor)rir com ternura.
Ainda bem que há um ano acreditei e assim continuo.
Ainda bem que hoje estou viva.
Ainda bem que tenho tanto dentro de mim (muitas pessoas a habitar-me também), não fosse isso e nestes dias (apenas dias, enquanto sequência de horas interminável) em que a tristeza me assalta, teria vontade de desistir.

(É um cansaço por dentro. Não é do corpo. E é só às vezes.)

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quarta-feira, 29 de abril de 2009

 

Está aí: MUSA 2009


 

Angústias (da mesa de trás)

- Tu sabes lá o que é a queima das fitas! Aquilo é um festival. Aquilo é pior que os festivais de Verão. Aquilo é a maior coboiada que há por estas alturas.

- Qual é o mal?

- Pá não o quero lá a distribuir panfletos a todas a miúdas que passam. Não quero pronto. Não estou para isso. Vou dizer-lhe.

- Sim fala com ele. Mas o que é que tu queres? Proibi-lo de ir a qualquer ambiente perigoso?

(Minhas queridas: os "perigos" estão dentro de nós.)

(E nós inclui: gajos e gajas.)

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É amor.

Ainda que muitos não compreendam, só um amor incomensurável e abnegado justifica que um homem passe uma noite em branco, em busca do seu velho cão que acabou por encontrar. (Às 5h30 da manhã) Fico feliz pelo desfecho. Fico feliz pelo Bernas que merece estar em casa, junto dos seus.

terça-feira, 28 de abril de 2009

 

Já me lixaram

Aqui há uns tempos vi um vídeo com testemunhos de pessoas: "E num instante tudo muda". Eu, romântica inveterada, a sorver as palavras daqueles que tinham mudado, daqueles cujas vidas se alteraram para melhor, porque se aventuraram. Daqueles que ousaram. E pensei que se tratava de um qualquer movimento de optimismo, de ensinar as pessoas a "viver bem", mais felizes e realizadas. Ouvia aqueles testemunhos, quase, quase emocionada (e quando digo quase é mesmo apenas quase, sabem bem que não tenho pejo em assumir as minhas enfadonhas (porque tão costumeiras) lágrimas e pensava (com ar de parva): "Ah é verdade. Numa fracção de segundo, PAM, nada como dantes" e "Ah que bonito!" e outras exclamações que tais. Descubro hoje (Sim, podem interrogar-se por onde tenho andado. Nem eu sei) que se trata de um novo jornal diário. Deram-me cabo do romantismo. (Fuck!) Excelente marketing*. Estão de parabéns. Eu é que fico de modos que desiludida por afinal ser só um jornal, sem querer menosprezar a publicação recém-nascida.

*Comadre Joana Mil Homens (AKA Vanderlei): está bem aplicado o termo?

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Apeteceu-me. E soube bem.

Hoje fiz uma traquinice que não me levará a lado algum, mas que me deu um gozo do caraças. Hoje, armei-me de sobranceria, da qual também sou capaz (se quero) e sacudi a caspa dos ombros, ignorando o desprezo dos que me julgam menor. Hoje fiz isto e não contei a ninguém. Chamar-me-iam "tola", "imprudente" e "suicida". Fi-lo por mim. Porque me andava a enredar em teias de insegurança que não me convêm e que não quero vestir. Não quero correr atrás dos outros, quero correr determinada por mim, para ser bem sucedida na prova que a mim impus, sem pensar em nada, além disso. Quero ser feliz no meu percurso, ainda que orgulhosamente só, quero apenas ser feliz, nesse caminho. Não me quero subserviente, derrotada, admitindo que sou "poucochinho" e ainda assim pedindo atenção. Por isso me rebelei, contra mim própria. Por isso me libertei do medo de perder o que efectivamente não tenho e não terei jamais, sem luta, sem trabalho, sem conquista (a pulso). Falta-me muito, ainda. Tenho noção. Tenho muito que aprender, ainda, sei bem. Por isso dei uma lição a mim própria. Perdi o medo de perder (a ilusão). Perdi o medo da chacota. Perdi o medo, porque sei que ainda não cheguei "lá" e por isso é justo que mo digam, sem que isso (me) faça mossa no (meu) ser. Tenho alguma relutância em crescer, gosto de me sentir infantil. Hoje, fiz uma traquinice e voltei à meninice. Caminhei depois disso na rua, de cabeça erguida, a sorrir (muito), contente pelo que aprendi, pelo que me obriguei a perceber. E se algum dia o esquecer, aqui fica registado para que eu não me volte a perder. E é isto.

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

 

Parabéns primaZita!

Um grande dia é o que eu te desejo. Abraço apertado, beijinhos e a certeza que és daquelas sempre a morar cá dentro. (Ainda que passem muitos meses sem eu te pôr a vista em cima e tu em mim).

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Acerca da crueldade das palavras:

Uma das cenas que mais me marcou no filme "O leitor" (adaptado pela minha percepção):

- Aborreci-te? Estás chateada comigo?

- Tu não tens importância suficiente para me conseguir chatear.

(Disparo, morte imediata)

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sábado, 25 de abril de 2009

 

25 de Abril SEMPRE

Já fomos mais livres. Já pudemos realmente dizer o que pensamos. Hoje, não me parece. Quando alguém me diz no trabalho, para eu esconder o jornal que comprei porque é "contra" as chefias, choca-me. Choca-me e não escondo o jornal. Era o que faltava. Comprara-o por razões minhas, por gostar de determinada coluna. Comprara-o longe das "tricas" políticas que cada vez mais me repelem. Tento. Tento verdadeiramente interessar-me e saber do que se passa, mas a desilusão é grande com todos e não consigo vislumbrar um caminho que me faça ACREDITAR. Mas uma coisa é certa, comprei o jornal que comprei, não tenho de dar satisfações a quem quer que seja e como tal mostro-o. Se preciso for, em jeito de recusa desta censura velada que hoje se vive, ostento-o. Corro pelos corredores agitando-o na mão como quem diz "Vejam o jornal que comprei. O que me querem fazer?" Quero crer que vivo num país onde posso ser o que sou. E o que sou, implica poder dizer o que penso livremente, sem medo de ser atirada à fogueira. Porque é o que sinto actualmente. O cidadão comum não pode dizer o que pensa. Não pode afirmar o que acredita. Não pode clamar as suas ideias. Pelo menos nos trabalhos não se pode. Há sempre os fuinhas prontos a delatar. Os pides dos dias de hoje. E infelizmente (voltamos à tecla das plantinhas que fotossintetizam e cuja capacidade eu gostaria de possuir, sem ser verde, reforço) as pessoas precisam do trabalho e por isso se remetem ao silêncio, se coibem de emitir opiniões, se esquecem praticamente de quem são. São demasiadas as horas que se passa no trabalho e onde devemos ter cautela. É uma merda. São atentados à liberdade perpetrados todos os dias. Por todos. Pelos fuinhas e pelos que se calam. Ora, eu tento não me calar, eu tento, o mais possível, ser verdadeira e o que acontece? Torno-me transparente aos outros que satisfeitos ficam armados até aos dentes para me poderem atacar. O que é que sucede? Eu não me importo. Sou pessoa algo inconsequente e algo inconsciente, pelo que penso sempre que hei-de sobreviver aconteça o que acontecer. Mas compreendo que a maioria das pessoas não pense assim. Compreendo-as e não as julgo. As pessoas precisam do trabalho. Manter o bico fechado é estratégia de sobrevivência e a sobrevivência é, em última análise, aquilo a que mais prontamente "obedecemos". Há a meu ver, nos dias de hoje, um grave problema com a liberdade de expressão. Não apenas ao nível político, como a todos os outros níveis da sociedade. Quando um humorista tem de pensar nas 3567 queixas que irá ter, por fazer determinado "sketch sensível". E quando é "aconselhado" (sofre pressões) para não o fazer, ou quando depois de feito sofre ameaças e represálias, algo vai muito mal na sociedade. Muito mal.

Por isso é que nunca me esqueço do 25 de Abril. Dos que penaram. Dos que morreram. Dos que foram torturados. Verdadeiros heróis desses dias (em que não se podia, de facto, falar) que não aconteceram assim há tanto tempo. Não o vivi. Não consigo conceber o que foram esses dias. Não quero sequer pensar que algum dia se voltarão a viver as mesmas aberrações. Mas é vital nunca deixar morrer a lembrança do nosso passado, porque muitas vezes o passado esconde-se matreiro, à espera da hipótese de se voltar a repetir. O que sei, digo-o mais uma vez, ouvi-o à minha mãe. O que sinto relativamente à ditadura que se viveu, dita-mo o meu instinto.

Apesar de pensar que não vivemos dias perfeitos (dei dois exemplos e infelizmente há mais), sei que vivemos, sem dúvida, dias mais livres e em que o ar é infinitamente mais respirável. Não hei-de deixar morrer a lembrança do que já foi, tendo em vista o que não quero que seja.

25 de Abril SEMPRE!

LIBERDADE. TOLERÂNCIA. ACREDITAR.

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sexta-feira, 24 de abril de 2009

 

Apesar de tudo: persistem a esperança e a expectativa.


http://www.youtube.com/watch?v=Pgum6OT_VH8

Todos os dias os espero no topo do parque. Tenho 47 anos. Estou velha. Não é por fora que estou velha. É por dentro. Velha. Ainda assim os espero. E eles? Vêm. Eles vêm velhos (como eu, por dentro), velhos por fora (quase incapazes). Outros novos. Outros, quase crianças. Podiam ser meus filhos. No início arranjava-me muito bem, como se fosse ao encontro do meu amor. Hoje já não me esforço. Tenho o cabelo mal pintado de loiro. As raízes pretas indisfarçáveis. Se o deixasse recuperar a cor natural não seria branco, seria castanho muito escuro. (Eu só sou velha por dentro). Não me importo de ter o cabelo mal pintado. Não me importo simplesmente. No início sim. Arranjava-me muito. Fantasiava o grande amor da minha vida ansioso de mim, dos meus beijos, no topo do parque, para passearmos de mãos dadas, ladeira abaixo. Talvez, até, corrêssemos felizes, por essa ladeira, para em seguida subirmos pelo lado oposto do parque. Atravessávamos os arbustos simétricos, jogando um com o outro, esquivando-nos um ao outro, divertidos. Então, ele deixar-me-ia na paragem do autocarro e eu apanharia a carreira de volta a casa. Ainda cheirosa. Ainda cuidada. Ainda enlevada pelo nosso amor. Ora isto, era mesmo, mesmo no início. Talvez antes da primeira vez que entrei num carro anónimo. Antes do primeiro odor nauseabundo, do primeiro acto mecânico desprovido de emoção, muito antes da primeira violência que sofri, do primeiro acto desrespeitoso, antes de sentir o desprezo alheio e a manipulação de frustrados. Desleixei-me. Não vale a pena o fingimento. Estou no topo do parque para trabalhar. Preciso do dinheiro. Poderia arranjá-lo de outras formas? Sim. Porque estou aqui? Já não recordo. Sei que não há, afinal, tempo para namoros. Desiludi-me. Quis ser resgatada? Muitas vezes. Não aconteceu. Acredito que aconteça. Acredito ser possível mas comigo não foi assim que aconteceu. Não é assim que acontece. Apenas isso. Perdi-me. Perdi o brio. Fui outrora bonita. Fui bonita. Fui bonita. Ainda que o repita à exaustão isso quer dizer: absolutamente nada. Fui. Hoje sou feia e sou velha por dentro. Por isso não pinto como deve ser o cabelo, por isso me deixei engordar e, se me apetecer, venho de havaianas para o topo do parque. Visto-me muitas vezes (talvez todos os dias) como quem vai à praça, de aparência descuidada, num saltinho, ainda sem o banho tomado, para ganhar tempo ao dia que é sempre curto. Para eles tanto faz. Procuram-me mas a busca não é por mim (mulher, pessoa), é por um corpo apenas (um corpo qualquer) um aluguer, um serviço. Se ausente, não esperam. Descem um pouco e encontram. Mais novas, mais bonitas, de outro género. Já não lhes sinto o cheiro. Já não me repugnam os seus corpos, demasiadas vezes imundos, descuidados também eles. Já não me importo quando não tentam, sequer, principiar uma conversa. Estou aqui para trabalhar. Tenho tempo para sonhar, longe daqui. Lá onde moro. Onde nem suspeitam quem sou e o que faço. Sabem de outra que também sou eu. A que vai realmente à praça. A que cuida dos filhos sozinha. A que sobrevive a custo. Sonho que um dia alguém me há-de ver, me há-de buscar verdadeiramente e encontrar e me dirá: “Vá é tempo de deixares isto. Descansa.” Alguém que me faça acreditar que não sou apenas um serviço, um corpo, uma casca. Não sou apenas isso. Sou uma mulher. Uma boa mulher. Uma mulher corajosa. As outras mulheres, as que ganham a vida de outras formas, passam por mim e eu vejo-as. Elas fazem por não me ver. Eu disfarço o indisfarçável. Ando uns passinhos para a frente ou para trás, consoante a direcção de onde elas me aparecem, como quem espera alguém, de facto, alguém conhecido e não um cliente. Elas passam por mim. Algumas: pena. Algumas: desprezo. Algumas: fingem não saber o que eu sou e passam rente, como se eu fosse uma aragem. Como se não existisse sequer. Ignoram-me porque sabem que talvez o seu homem também me procure. (E eu mais velha, mais feia, nada para lhes dizer, mas disponível) Desprezam-me porque faço o que muitas se recusam fazer. Condenam-me porque posso vir a ser a sua própria perdição. Nem todos querem que use preservativo. E eu faço-lhes a vontade. Tenho receio, mas preciso do dinheiro e se eu recuso, eles descem e encontram outras que não se importam com a saúde ou com a vida. No fundo só existo realmente lá onde moro. Aqui, no topo do parque, não existo. Não existo para eles. Não existo para mim. Antes não existisse, para elas. Aqui no topo do parque, não passo de uma mescla confusa de expectativas ou esperanças (minhas e dos que param para me alugar).

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

 

URGENTE - não fechem os olhos

Há uma menina a precisar de ajuda. Tem 4 anos e uma leucemia. Ninguém devia passar por semelhante sofrimento, mas uma vida com apenas quatro anos ser já tão sofrida é aberrante.

Não custa ser dador de medula óssea. Não é doloroso (mesmo que se venha a confirmar compatibilidade, os métodos de recolha são seguros e um deles não envolve qualquer dor. O outro também não, na medida em que envolve anestesia. Informem-se de tudo aqui.)

Inicialmente fazem-vos uma pequena colheita de sangue de modo a analisar o tipo de sangue e o tipo de células que irão produzir. Atestam que não existem quaisquer problemas com o sangue (Análise a eventuais doenças infectocontagiosas por exemplo. O anonimato é garantido.) Ficam assim registados na lista de dadores de medula óssea. Havendo compatibilidade (Esperemos que haja!) prosseguem o processo de doação. Têm tempo até que isso se verifique de perceber que este processo não é assustador, como muitos têm ideia que é, e pode efectivamente salvar-se uma vida.

HOJE: o centro de histocompatibilidade do Sul vai estar a receber as vossas inscrições das 10h às 16h no Clube VII (Parque Eduardo Sétimo). Se não conseguirem, poderão fazê-lo (hoje ou em qualquer outro dia, excepto 6ªF que é até às 15h30) no Hospital Pulido Valente das 9h às 16h.

Não é necessário estarem em jejum.

Não virem a cara. Não finjam que não leram. Perdem no máximo uma hora da vossa vida e podem dar a hipótese à Marta, ou a qualquer uma das pessoas que desespera por dador compatível, de terem muitas mais horas de vida, que somem muitos mais dias e esperançosamente muitos mais anos.

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

 
Pôr-do-sol daqui: http://paralelismos.blogs.sapo.pt/tag/mar
Amizade, ternura, recordações e mais saudade aqui: http://ovosemgema.blogspot.com/2009/04/homenagem-joao-peixoto-o-video.html

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terça-feira, 21 de abril de 2009

 

Assusta-me:

Isto de toda a gente conhecer toda a gente.
Conheço alguém, que conhece alguém, que me conhece.
Conheço alguém, que conhece alguém, que te conhece.
E se eu não quiser que me conheçam? Ou que te conheçam? Tu queres?
Tarde demais.
Há alguém que conhece alguém, que conheceu alguém, que me conheceu.
E por conseguinte te conhece.

 

João César Monteiro

Acordei com a seguinte fala na cabeça:

- Pintelhinho! Pintelhinho*!
(Enquanto me olhava ao espelho do wc pela manhã)

PORÉM, quero adaptar a fala para:

- IRSzinho, IRSzinho!

(Vais todo direitinho para a caixinha que vi na FNAC.)

E quando a tiver, vou ser tão feliz!

"Ódepois" adquiri um álbum altamente: "Dark was the night." Os lucros revertem, na totalidade, para campanhas de sensibilização para o HIV e como tal, só por isso, deviam-no comprar. Por isso e porque eu vos digo que vale a pena. Vá então.

(Cheguei ao álbum pelo ""Quase famosos" do RCP no qual as vozes têm sido bastante insistentes nesta questão. E eu cá, sou moça bem mandada.)

(Entretanto: descobri a RADAR. Sim, sabia da sua existência há muito, mas tinha um preconceito e achava que não gostava. Estúpida. Ora, além de gostar MUITO, é também (um)a rádio que passa Pearl Jam. Um dos locutores, ao sábado de manhã, se não estou em erro, é fã da banda.)

(Estúpida...)


*Pá isto está bem escrito? Não gosto de dar erros...

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segunda-feira, 20 de abril de 2009

 

Ah!

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Escritores-nao-sao-pessoas-equilibradas.rtp&article=214666&visual=3&layout=10&tm=4

 

Cá estamos. Estou. E essas coisas.

Bom dia!


(Não se deixem ludibriar. STOP. Estou com uma neura desgraçada. STOP. Aconselho distância de segurança. STOP).


Ontem à noite em estado de negação total, carreguei com a mão direita no lado esquerdo do peito e repeti muitas, muitas, demasiadas (até me dói no sítio e tudo) vezes: "May the force be with you" na esperança de ser teletransportada para a tal realidade, com a qual tenho sonhado inúmeras vezes e na qual, apesar de não ser verde, tenho a capacidade de fotossintetizar de modos que não preciso do pilim.


Ora como TUDO neste país, o sistema de teletransporte estava avariado (a culpa é de certeza do governo) e eis que hoje me encontro no sítio do costume e que não é o Pingo Doce. (Antes fosse. Sou fã desse outro sítio do costume).


Resumirei na medida das minhas limitações no que toca a resumos estes dias de paz espiritual:


1) É BOM estar de férias.

2) É MUITO BOM estar de férias.

3) É MARAVILHOSO estar de férias.

4) Posto isto, adeus e obrigada.


Ah! Queriam. Estão no blog da Deia. Deia não sabe ser sucinta... É altura de colocar o queixo na mão esquerda enquanto com a direita mexem no rato. (Se quiserem. Mas já que aqui estão... Vá.)


O que é que eu destaco?


a) Destaco os aniversários: da Lena (a 11), da Susana (a 16), da minha querida amiga Ana (a 17, para o ano será mais fácil e menos duro, assim o espero), da Eunice (a 17) e da Filipa (a 18).


b) O filme que fui ver e com o qual me ri muito e me angustiei. Grande sátira às tangas que nos contamos umas às outras, para justificar rejeições e não admitir que os "gajos" não estão simplesmente na mesma onda que nós, ou que as nossas amigas. Mentiras piedosas que tomaram as proporções de mito urbano (e rural também). Depois, relações para todos os gostos e maneiras de (re)agir diferentes. Tão diferentes quanto o são as pessoas. E no fundo, todos iguais. (Homens e mulheres irremediavelmente parecidos nas suas diferenças).


Destaco sem qualquer dúvida a Scarlett Johansson. Uma grande actriz e uma mulher daquelas. Tão boa, meu Deus. Tão bonita. E que voz a dela. (Sim, ainda sei qual é a minha orientação sexual, mas compreendo os homens e as mulheres que a desejam.)


c) Estou a ler um livro de "um amigo" (vá, é uma amizade unilateral, de mim para ele). Este homem que nos deixou há pouco tempo e que falava a minha língua. Ou pelo menos falava uma língua que eu compreendo. E os livros dele são, para mim, como cobertores que me cobrem quando tenho frio. Estou n"O Riso de Deus". E estou tão quentinha. Obrigada António. Obrigada F. porque nos apresentaste.


d) Destaco a F. Uma luz. Uma amiga especial. Obrigada.


e) West side story. Não destaco, mas fui ver. Ora como já me encontrava em negação, admito que pudesse estar com um ataque de mau feitio e como tal não apreciei como devia. (Agradeço que quem raptou a Deia boazinha e meia panhonha, a devolva, porque já estou um 'cadito cansada desta versão ressabiada da mesma. Agradecida.)


f) OS CONTEMPORÂNEOS estão nomeados na categoria comédia na 49ªEdição do certame de Monte Carlo. Que orgulho! PARABÉNS! Parabéns também aos restantes nomeados e que também são nossos! (Telerural, Liberdade 21, e mais os actores destacados com nomeações individuais). Temos muito valor, às vezes esquecemo-nos disso e gostamos de nos armar em "Felizbertos Desgraçados".


(Já vos dói o queixo?)


(Já acabei)


Boa semana.

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quinta-feira, 9 de abril de 2009

 

É hoje.

E só tenho a dizer que mereço.

Se me der para aí, ainda mando umas postas de pescada no entremeio destes dias de descanso.

Caso contrário, até ao meu regresso.

Tenho andado a ler "História Universal da Infâmia" de Jorge Luís Borges e talvez o defeito esteja em mim... Apesar de pequeno (muito pequeno mesmo), estou a demorar uma eternidade a acabá-lo e posso, por esta altura, afirmar que aqueles contos de infâmia não me convencem, não me arrebatam, não me fazem esquecer de mim. Mas isto posso ser eu, a atravessar um deserto. Sou de certeza eu. Aquilo é uma obra-prima (no universo dos contos), ou para lá caminha, eu é que ando nhurra e não o vejo.

E assim voltamos ao tópico deste post e que é, mais do que eu merecer, EU PRECISAR destas benditas férias. (já estou a falar à Tarzan por Deus).

Mais uma vez, AQUELE (sentido e apertado) abraço aos meus leitores.

FUI.

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quarta-feira, 8 de abril de 2009

 

Vocês ouçam esta mulher pela vossa saúde.

Emissão de 21 de Dezembro 08.

Liberdade do pensamento.

ADENDA: 15 de Fevereiro 2009 também. Um encanto de pessoa (parece-me).

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"Coisas que fazem parte da minha história como pessoa"

Eis o que diz o papel, a letras vermelhas, que colei num saquinho (dos mais pequeninos) da Salsa (passo a publicidade) e que a minha mãe, tendo achado um piadão, resolveu entregar-me a semana passada.

Ora, estou com medo de o abrir. Todos os dias, desde que ela mo devolveu, olho para ele sem fazer puto de ideia o que achei, na altura, ser relevante guardar.

Que história, como pessoa, tão pequenina possuo, que cabe tudo (o que achei relevante guardar para definir a minha história, reforço: como pessoa) num saquinho dos pequeninos (reforço também) de papel, da salsa (passo de novo a publicidade). Aquele saquito nem para umas calças de ganga (daquelas que custam para cima de um dinheirão e vêm rotas) serviu.

Aquilo, no máximo, serviu para transportar uma t-shirt daquelas (que também custam para cima de um dinheirão, à excepção da época dos saldos, na qual a devo, por certo, ter adquirido e que ainda por cima são) muito fininhas (um trapito portanto).

Que raio de pessoa sou eu?
- questiono-vos de sobrolho soerguido e ar receoso.

É que me parece que não sou grande coisa e não tenho grande história.

(é tão pequenino o raio do saco.)

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terça-feira, 7 de abril de 2009

 

Ai que maravilha!

Nem de propósito... Acabo de descobrir que andam a ver se me fazem a folha. Pouco me importa o que tentem e como o tentem. Penso muito longe daqui. Não me importo com o que me queiram fazer, porque não é aqui que quero estar. Sei-me capaz de sobreviver a tudo (exceptuando a morte.) Um grande bem haja a todos que se julgam poderosos! Continuem assim, cheios (de nada) que eu continuo assim (teimosa que nem um calhau, com dignidade e acima de tudo com a espinha direita). Não me vergo. E tenho dito.

(Mais vale morrer de pé do que viver ajoelhada.)

(Sim, talvez ainda tenha muito que aprender e talvez ainda tenha de engolir (ou não) estas palavras.)

(A vossa estupidez cansa-me.)

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Gran Torino (se ainda não viram não me leiam sff)

A comovente história de um homem que rosna. Um homem zangado com todos, e principalmente consigo. Rosna. Expulsa de si qualquer manifestação de brandura pelo rosnado. Repele quem quer que seja que queira ocupar-lhe um lugar no peito. A única a quem talvez o permitisse, acaba de morrer. Não há espaço nele para a ternura ou para a partilha. Vive sem deixar que se aproximem do “seu relvado”, mesmo aos que são seus: “fora daqui!”. Desprezo, repulsa, barreiras erguidas alto demais. Vive assim, alheio aos outros que despreza, até ao dia em que a vida lhe troca as voltas e lhe coloca ao caminho 2 miúdos, que não desistem de o conquistar. Dois miúdos obstinados que lhe martelam a couraça, de fininho, até que consigam chegar ao que sabem existir nele. Dois miúdos que o conquistam porque apesar de tão diferentes de si, (O homem é quase xenófobo. Para mim não o chega a ser, embora pareça sê-lo, durante grande parte do filme.) ele reconhece-lhes fibra, personalidade, vontade de lutar contra o que parece ser invencível, irremediável. De ar frágil, ambos se vão impondo, num meio que não se compadece dos que pretendem manter-se puros. É comovente ver o progresso deles. Como de mansinho, vão além do rosnado e do cuspo, que Walt lança de forma desafiadora, gritando o seu desprezo a todos e por todos. É apaixonante a forma como eles acabam por conseguir vislumbrar a bondade e a solidariedade que nele habitam, ainda que mais ninguém o veja e apesar de tudo o que já (teve de) fez(fazer). Tudo o que lhe dói na consciência, em cada dia que não lhe é concedido o esquecimento. Esquecer o passado, não é possível. Remediar o que cresceu torto, revela-se-lhe impossível e insuportável. O abismo é já grande demais. Com estes dois é tudo novo. É possível, ainda. E ele deixa-se levar. (Ao ponto de emprestar a preciosidade - "gran torino" - que mantinha impecável e intocável.)

(Nunca é tarde. Lugar-comum irrefutável.)

De louvar também o padre, persistente homem de palavra.

No fim, qual Cristo na cruz, Walt dando a (curta) vida (que lhe resta), de forma inteligente, para salvar os dois (grandes) amigos.

Saio com o desconsolo agarrado a mim, para não variar, quando me esfregam a realidade nas fuças. Um desconsolo maior do que eu e uma vontade imensa de adormecer e não mais acordar, neste mundo que (des)construímos diariamente. Anda tudo à volta do dinheiro, ou do poder. Quem se atravesse, paga com a própria vida, ou com a agressão dos que lhe são queridos(Dor atroz. Impotência. Desolação.)

Quando é que acordamos?

(Rosno e cuspo também)

Quantos sacrifícios mais, para que as pessoas entendam que a violência, o ódio e o ressentimento, não são o melhor caminho? O poder e o dinheiro pouco nos enriquecem (Pelo menos no conceito de riqueza que verdadeiramente importa. Aquele que nada tem a ver com bens materiais.)

(Rosno e cuspo de novo.)

Espero acordar em cada dia limpa de ressentimentos.

Cansa tanta estupidez d(n)o Homem.

(sometimes, too many times...) “I rather be with an animal”

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segunda-feira, 6 de abril de 2009

 

De trás para a frente

Isto de ler as revistas e os jornais de trás para a frente, às vezes, dá-me a ler o melhor em primeiro. Eis que uma revista que gosto muito de comprar tem uma novidade nas últimas folhas que muito me agradou constatar. Lá me ri "sozinha", de revista na mão, no meio da rua, desta vez com testemunhas (Colegas de trabalho o que talvez não dê muito jeito quando se pretende ser credível. Não pretendo sê-lo.) com as "maluqueiras" do dito-cujo. Muito bom. Haja mais alguém a desanuviar o ar sério, formal e selecto da publicação.

(Atenção que eu adoro a publicação, mas que sabe bem um indivíduo ou dois a torná-la mais leve e ainda assim séria, informativa e erudita, isso sabe. Porque eu sou pessoa que gosta de se rir. Essa é que é essa. Nem que seja de uma cena parva como a do aeroplano:

- There's a bomb in the plain.
- A ba...?
- Not a ba a bomb.

E no fundo é isto.)

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Todos os dias: IGUAIS

Todos os dias, pela manhã, escolhe em pijama, a mesma caneca, o mesmo prato, a mesma colher. Todos os dias, os dispõe de forma milimétrica, em cima da toalha de mesa que tem na mesa da cozinha. Acerta o prato pelos padrões do tecido. De seguida a colher, calculadamente ao lado do prato, por baixo da flor laranja. Tem de ficar certo. Aquele prato tem de estar, todos os dias pela manhã, no mesmo lugar.

Todos os dias, pela manhã, coça a cabeça confuso (depois de ter coçado o rabo com vigor), olha de forma vaga os azulejos por cima do lava-louça, enquanto bebe o copo de água morna, meio-cheio.

Todos os dias, sempre pela manhã, prepara o que há-de comer e que em todos os dias é igual.
Constata que fede. E, todos os dias, omite o banho da rotina.

Come. Todos os dias, pela manhã, come de forma calculada. Primeiro um gole de café, depois uma trinca no pão da véspera. Novo olhar vago, desta feita para os azulejos em frente à mesa da cozinha.

Todos os dias, pela manhã, observa-se ao espelho e constata que está um pouco mais gordo. Não tem saído de casa, porque não tem tomado banho.

Está sempre em casa, pela manhã, na repetição insana dos acontecimentos desprovidos de importância.

Todos os dias, pela manhã se veste e em todos eles sabe o que há-de ser, porque toda a roupa que possui é igual. O que a distingue é morar no armário, ou temporariamente no cesto da roupa suja. Ao contrário de si, à roupa é incapaz de deixar imunda.

Todos os dias, pela manhã, se interroga quem lhe terá apagado as tardes e as noites da memória, olhando perdido, os azulejos.

Todos os dias, são para ele, dias pela manhã.

E ainda assim, não se sente a amanhecer.

Anoitece nele.

A escuridão avança, inexorável.

Anoitece. Nele.

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sexta-feira, 3 de abril de 2009

 

Acerca do ciúme:

É (muito) mais frequente ser o álibi dos inseguros e dos traiçoeiros, que o genuíno desespero dos amantes. (Digo eu)

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Parabéns Gonçalinho (30-03) e Leonor (02-04)!

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INAUGURAÇÃO

Foi ontem. Não me apercebi. (Não me disseram nada as marafadas que eu sou a intriguista do grupo. Eu cá não sou de intrigas mas elas não perdem pela demora!) Já lá estou.

VISITEM-NOS. (Ou não. Vocês é que sabem pá.)

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quinta-feira, 2 de abril de 2009

 

Estou "malhadiça"

Ela ia prostrada para o lado da janela. Ele observava-a atento, do seu lugar diagonal próximo, embora ainda não o suficiente. Levantou-se o obstáculo que se interpunha ao amor (aquele olhar inconfundível). Sem demora, tomou o lugar que era o seu, naturalmente. Tocou-lhe ao de leve, despertando-a da letargia. Ela olhou-o, sorriu-lhe muito e abandonou-se no seu ombro. Ele abraçou-a, encostou a cabeça na dela e descansou enfim.

Eu sorri-lhes, para dentro, que a isso obriga a discrição e achei tudo muito bonito.

Amor aos setenta. Talvez mais.
Descanso(-me) enfim também.
1/04/09
19h52

Chegou via correio outra nega. Já não a aguardava, a pergunta tinha sido feita há tanto tempo. Hoje já não me doem. Estou "malhadiça".

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Era peta era

Não custava tentar. O meu cabelo continua do mesmo tamanho, seco e baço (à boa maneira da palha de aço ou rebelde à maneira poética dos anúncios de shampô). Ninguém acreditou não é verdade? Humpf.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

 

Tragédia e Felicitações

1) Não sei como, apanhei piolhos e tive de cortar o cabelo muito curto para dar cabo da praga. Sinto-me profundamente infeliz. Andava a deixar crescer o cabelo...

2) Parabéns às Produções Fictícias pelos 16 anos de vida. As PF sem as pessoas que lá estão dentro nada seriam. Por isso parabéns às pessoas de grande qualidade que por lá andam e parabéns em especial aos 2 que conheci e de quem gosto muito. Depois, parabéns aos malucos que tanto me fazem rir: o Markl, o Eduardo Madeira, o Bruno Nogueira, toda a equipa dos contemporâneos, os gato, etc, etc, etc. (Sei que estou a cometer omissões graves mas estes parabéns são para todos os que lá pertencem e que nos presenteiam constantemente com grandes trabalhos. Obrigada.) Aquele abraço e continuem a ser quem são, que são muito bem e a gente gostamos muito.

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