BUDDY

Amiga, parece impossível mas já chegámos aos 30! Aqui vão os meus parabéns em formato de carta electrónica uma vez que estás tão longe...(Espero que te estejas a divertir muito nessa viagem de sonho!)

MUITOS PARABÉNS minha linda! Uma das minhas amigas mais especiais... Temos estado de pedra e cal ao lado uma da outra em tantos momentos cruciais! És um dos pilares da minha construção cuja sustentação tem estado em tantos momentos na amizade. Aqueles amigos VERDADEIROS que se contam pelos dedos das mãos que fechamos com cuidado como quem guarda nelas um tesouro precioso e delicado!

Desejo para ti o que anseio para mim!

Amiga um brinde a ti! Muitas felicidades, muita partilha, muita AMIZADE! Aproveita ao máximo!

Beijinhos e abracinhos desta amiga de sempre que cá estará para sempre contra ventos e tempestades, saboreando em conjunto os tempos de bonança!

O que eu desejo do fundo do coração... O que eu desejo do fundo do meu coração parece ser uma coisa impossível, mas era bom que esse milagre se desse. Merecias que assim fosse. Merecias esse milagre. Não mereces o que te aconteceu. O que te acontece ainda. A cada dia que passa. A cada dia que te roubam de nós. Gosto muito de ti. MUITO. Por muitos motivos. Por todos aqueles que me fizeram um dia escolher-te conscientemente, do alto dos meus nove anos, como minha madrinha. Um dia feliz tia! Muitos Parabéns! Muitos beijinhos. Muitos abraços apertados! Quem dera que esses abraços te fizessem cá ficar ainda muito tempo, mas bem!

Ontem fui ver "Os melhores sketches dos Monty Python". Certos quadros fizeram-me ir às lágrimas de tanto rir. Também não é difícil, com um grupo de trabalho daqueles e com uma adaptação soberbamente feita por Nuno Markl o resultado não poderia ser menos... Nunca vi o que quer que fosse dos Monty Python. Sei que no mundo da comédia isto é quase uma heresia. Fui ver por serem aqueles nossos actores/comediantes, não por se tratar de algo baseado no humor dos Monthy Python. E gostei! Muito. Eu cá gosto mesmo muito de rir!!!

O mundo refém do dinheiro. O país refém do dinheiro. As almas reféns do dinheiro. A natureza, as ideologias e as coisas puras... Vítimas do dinheiro. Às vezes gostava de desaparecer de um mundo assim. Depois, uma noite de sono, devolve-me a ingenuidade/ignorância que me defendem/protegem/cegam novamente e me permitem continuar a existir.

P.S. A Soraia Chaves é realmente um mulherão... Boa boa boa boa...

Um pedregulho monstruoso soltou-se do céu, rolou nuvens abaixo e caiu-nos em cima. Não nos matou. Deixou-nos apenas pequenos, insignificantes, debaixo dele. A cara encostada ao chão sente o frio, pior, sente o gelo, da impotência que nos devasta. As mãos também estão ao lado da cara, debaixo desse denso pedregulho. Não dá para chorar, não dá para sofrer, não dá para gritar. O pedregulho é demasiado grande, demasiado pesado, não nos deixou espaço. Cara no chão. Numa imensa e terrível solidão. A solidão da perda. A solidão da impotência. A solidão do irremediável. Absoluta e irrefutavelmente ESMAGADOS.

Quem é a minha Bzuu? - Perguntam vocês altamente curiosos sobre tudo o que há para dizer da minha Bzuu...

Então aqui vai:

- A minha Bzuu é uma das minhas grandes amigas de sempre, sendo que este "sempre" se contabiliza já em 15 aninhos bem contados.

- Quando conheci a minha Bzuu ela usava muitas vezes um blazer azul e eu vestia muitas vezes a mesma camisa aos quadrados. Ela engraçava com um "cão" que namorava um avião e eu engraçava com um Beavis factor pelo qual ela me detectou logo os problemas graves de miopia que até hoje me assolam.

- Foi com ela que eu aprendi tudo (vá muita coisa) sobre certo e determinado assunto que nós sabemos.

- Foi com ela que eu descobri a que é que se assemelha o toque das nossas pálpebras e das mãos dela. :)

- Foi a minha Bzuu que me explicou porque é que a Ticha da mesa da frente se virava sempre para trás a rir com um olhar de esguelha maroto sempre que se referia o nº 69.

- Foi com ela que partilhei o meu precioso dossier cheio de coisas da Madonna.

- Foi ela que me deu um estalo sentido quando me ouviu a menosprezar-me. Foi um estalo bem dado e eu reconheço-lhe a coragem por tê-lo feito de modo tão decidido e a ajuda preciosa que me prestou numa altura de cegueira obsessiva.

- Foi na casa da Bzuu que passei tardes inteiras, ora a fazer trabalhos de grupo, ora a fazer filmes esquizofrénicos (da exclusiva responsabilidade de Guinho :D) que muito nos divertiram e que até hoje nos deixam com um sorriso de orelha a orelha! (Ela era a outra. Eu era a Branca. Ela foi para Salamandrca mouca. Salamandrca! Ou talvez tenha sido eu a ir para Salamandrca...)

- Ela riu-se quando voltava à hora do almoço despenteada e feliz. E chorou quando me viu desnorteada, perdida. E eu ri com ela quando ela me contou de tudo o que a alegrou. E chorei com ela pelas atitudes cobardes de uns e de outros.

- Ela foi-me buscar quando eu precisei. Eu fui buscá-la quando ela mo pediu.

- Foi com ela que ouvi(mos, o Guinho tb!) head-phones nas aulas de Matemática e em conjunto levámos calduços e repreensões da Professora Anabela.

- Foi com a minha Bzuu que gozei com o Professor Alexandre que sempre achou (e justamente devo dizer) que eu não merecia o 20 a português do ano anterior. (Esta alínea foi óbvia e declaradamente para vocês saberem que houve um ano da minha vida no secundário em que eu tive 20 a português. Eh eh eh eh!)

- É a minha Bzuu que tem uma voz doce e serena e com quem eu gosto de conversar.

- É à minha Bzuu que eu perdôo o feitio por vezes desligado e ela perdoa-me a mim o feitio por vezes brusco.

- A minha Bzuu é de uma lealdade extrema e merecedora de total confiança.

- Foi a olhar para ela que dei um murro num banco que a fez temer pela minha sanidade mental e pela sua própria segurança.

- Com a minha Bzuu bebi mojitos e cubas libres aos molhos, nadámos com golfinhos e revimos pela 10ªvez o Dirty dancing (Cuba2002)!

- Tanto tanto que já vivemos em conjunto!

- Tem sido com ela que tenho partilhado muitos e bons momentos da minha vida. Espero continuar assim.

- Espero nunca te perder de vista AMIGA!

PARABÉNS!

Caraças!!! São 30!!! Estamos nos 30!!!

Agora é que vai ser :)

Há pessoas que ainda não se aperceberam que não existe a fórmula da felicidade. Há pessoas que olham para aquelas que não seguem o seu modelo de vida com pena, como quem diz "Coitada/o nunca serás feliz!" e não sabem ou não querem saber, que a felicidade de cada um é algo de muito íntimo e muito subjectivo. As prioridades, os sonhos, as aspirações, o que se quer concretizar ou aquilo de que se quer abdicar são coisas que só aos próprios dizem respeito. Mas as pessoas teimam em querer "vender" o seu modelo de felicidade como sendo o único à face da terra e sem o qual os "outros", os que não seguem esse modelo jamais alcançarão o sucesso que eles têm (ou acham que têm). E eu acho muito bem que as pessoas pensem que têm vidas perfeitas, que aquilo que têm é único e que se sintam realmente as pessoas mais afortunadas de entre todas as pessoas. Isso é muito bom! É mesmo muito bom que as pessoas se sintam assim! Era maravilhoso que todos se sentissem assim! Agora, não venham é cá dizer, às outras, que também se sentem muito felizes e realizadas, mas que chegaram aí de outras formas e através de outros percursos, que elas estão enganadas, coitadinhas, e que só serão realmente felizes se tentarem reproduzir o caminho que as primeiras percorreram! Não me lixem! Há muitas e muitas e muitas maneiras de se ser feliz! Não temos de ser uns macaquinhos de imitação, tentando reproduzir as histórias de encantar que nos povoaram o imaginário na infância. Se tentarmos fazer isso, deixamos passar ao lado os pormenores que serão realmente capazes de nos encher de alegria/felicidade.

O outro dizia: Deixem-nos trabalhar!
Eu digo: Deixem-nos viver!

CADA UM TRILHA O SEU CAMINHO! Ok? Acham que dá?! Chiça penico!

Obrigadinha!

E pronto não sou uma daquelas pessoas que consegue ver beleza em tudo. (Enganei-vos por demasiado tempo. É chegada a altura de vislumbrarem o meu "lado lunar".) Sabem em que é que eu não vejo beleza alguma? No trabalho que se tem em casa! É um trabalho inglório digo-vos eu porque é de difícil detecção por parte de quem não o pratica. E além disso, ROUBA-NOS horas (o desgraçado!) às actividades que gostaríamos mesmo MUITO de poder praticar ao invés de estar entre 3 e 4 horas sem parar, feita barata tonta em torno das tarefas domésticas.

- Chega-se a casa e antes mesmo de ir fazer uma mijinha, há que ir ao cesto da roupa suja para iniciar o ciclo de lavagem o mais depressa possível. Segue-se então a satisfação da necessidade fisiológica. (Tudo para a roupa! A roupa merece tudo!)

- Vai-se então ao estendal tirar a roupa que já lá está mas que como o primeiro é pequeno como tudo, em dias como os que têm estado, nunca a roupa seca convenientemente e há que lhe dar um acabamentozito no estendal interior. Retira-se então a roupa do estendal exterior e leva-se para o estendal interior.

- Inicia-se então a elaboraçã0 do jantar que demora entre 1h e 1h30 consoante a complexidade do prato.

- Enquanto isso tira-se a louça lavada da máquina e coloca-se a que estava suja dentro do lava-louça.

- Ah, aproveita-se então para ir guardar roupa seca que estava ainda em cima da cama apesar de já previamente dobrada.

- Faz-se a cama quando apetece (Essa é já uma velha guerra que admito ter perdido. Quando me apetece faço-a eu, quando não me apetece fica assim. O que seria motivo para a minha mãezinha me dizer carinhosamente: és cá uma desarrumadona!)

- E eis que o jantarinho está feito e então limpa-se o fogão, arruma-se a louça que estiver suja e já não for precisa.

- Acaba a máquina da roupa. Estende-se lá fora a dita.

- Isto já para não falar de passar a roupa a ferro. Há quem o faça. Eu deleguei essa tarefa e posso assegurar-vos que olho para aquela mulher como quem olha para a sua melhor amiga.

- Guardar a roupa nas gavetas. (Fico parva como é que a estúpida ainda não aprendeu o caminho. Adorava vê-la voar pela casa sozinha como que por artes de Harry Potter para o seu devido lugar).

- Entretanto há que aspirar, limpar o pó, lavar a casa de banho, limpar a cozinha... E neste aspecto a minha mãezinha chamar-me-ia mesmo javardona, porque não sou definitivamente clean freak e não estou para andar de 8 em 8 dias de volta da casa. (Admito que limpar a casa de 8 em 8 dias não seja ser clean freak, seja apenas ser-se asseado como deve ser. Mas tenho que me defender de algum modo. Se eu não gostar de mim quem gostará?)

"De modos que" em certos dias, posso jurar que se ouve uma música de fundo à faroeste lá em casa, e passam aqueles tufos de palha ao sabor do vento... Quando chega a esse grau de cotão então tem mesmo mesmo de ser.

- E tudo isto repetidamente, repetidamente, repetidamente.

E, como a louça aparece no armário, e a roupa aparece nas gavetas e mal ou bem a casa vai-se mantendo limpa. Há quem acredite em magia! Há quem não veja que isto nos sai do pelo. Sai do meu pelo menos. Sai do pelo e do tempo que roubo às coisas que gosto mesmo de fazer. E há dias, em que me apetece dizer: Quero lá saber. Oh pra mim aqui no sofá a relaxar um pouco, a beber um copo de vinho (eu não gosto lá muito de vinho mas é uma imagem que eu acho que se associa muito bem ao relaxamento...) enquanto ouço um pouco de música também ela altamente relaxante (daquela que as pessoas muito cultas ouvem) antes de ir fazer 2 ou 3 coisinhas que me lembro agora de repente que me dariam um prazer enoooorrrrmeeee! Ora, como diz o outro do anúncio "Eu é que não sou paurvo." e sei bem que se fizer isso, aquilo acumula tudo e depois ainda tenho mais trabalho.

Nota: Adoro a minha casinha, adoro com quem a partilho, adoro construir uma vida, mas que aquilo é inglório é. Repetitivo. Repetitivo. Repetitivo. Cansativo, cansativo, cansativo. E quem não faz não percebe, nem nunca vai perceber a dimensão da coisa. Para quando casas com auto-limpeza/organização/arrumação?

Para compor o ramalhete a nossa roupinha toda, neste preciso momento, estendida no estendal EXTERIOR e está a chover a potes !

ESADOF!

...que são especiais! Momentos que as palavras não conseguem traduzir porque são feitos de lágrimas, de um coração a bater acelerado, de um frio que de repente me invadiu e que pôs a tremer todo o meu corpo. Há momentos em que se chora. Eu choro agora. Choro tanto... ...Enquanto me rio... TANTO! Choro de uma alegria incontida porque há momentos que me fazem acreditar na magia da vida, que me mostram por a+b que somos nós que fazemos mesmo o nosso destino e ele concretiza-se, em cada passinho que damos em direcção àquilo que queremos com muita muita muita força. Eu só soube há pouco tempo o que queria com muita força. E, apesar da minha cobardia, que muitas vezes me amarrou ao chão toldando-me a percepção, impedindo-me de sonhar, comecei agora a medo a dar os meus passinhos na direcção do que sou, do que sempre fui desde a pele até às entranhas. Sou boa? Sou má? Sou neutra? Pouco me importa. SOU. É por isso que luto! Por ser! E estes momentos mágicos em que as baixas probabilidades se me afiguram fáceis (Foram apenas 3 sms) mostram-me agora e sempre que é mesmo o sonho que comanda a vida! E como eu gosto de sonhar!

P.S. E pronto vou chorar mais um bocadinho porque há alegrias e momentos que têm de ser saboreados e as lágrimas são um bom tempero!

Esperava mais. Estava com a expectativa nos píncaros das expectativas e ele (o filme) não chegou lá. Não é que não tenha gostado. Gostei. Mas... Não sei. "Faltou-lhe um bocadinho assim." O que é que eu queria deste filme? Queria mais emoção. Queria mais conteúdo. Queria mais mensagem. Queria mais qualquer coisa que não sei definir bem. Queria que me esclarecesse mais acerca do que movia aquele homem. SOZINHO. Completamente sozinho. Perdeu tudo. Perdeu todos. NADA. O que o fazia continuar? Quem? Porquê? Queria que o dito filme tivesse explorado mais essas questões e não o fez... Quer dizer então que mesmo perdendo tudo, a FÉ continua cá dentro? É-nos inata? Ele cria (de crer)! Cria com toda a sua FÉ que SOZINHO era capaz de arranjar a SOLUÇÃO. Acreditava ser capaz de remediar uma situação aparentemente irremediável. À beira da loucura inflingida pela pressão da solidão de gentes iguais a ele e do medo provocado por gentes não apenas diferentes, como extremamente agressivas, lá se mantinha vivo, lá lutava por essa sobrevivência... Mas porquê? Não quero com isto dizer que gosto da papinha toda feita. FALSO. Gosto daqueles filmes em que nos pomos a pensar e cada um chega à sua conclusão (diferente ou não) consoante as suas vivências/crenças/etc. Mas este filme tinha o essencial para ser "o" filme e não é (opinião pessoal claro). Vejamos: um homem completamente sozinho. O que faria? A humanidade extinguiu-se. Ele é o último dos da sua espécie. O que é que o faz continuar? Tem por companhia uma cadela. Única companhia, única fonte de calor. Até essa lhe é roubada. Ainda assim ele continua. PORQUÊ? Não sei... Podia ter sido muito melhor! Podia! Sei que podia. Escrevi este post com grande dificuldade. Porquê? Também não sei...Em todo o caso vale a pena ver no cinema.

Graças a ti Bzuzinha :) Obrigada! (Já foi prenda de anos tb ok?!)