quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

 

ESMAGADOS...

Um pedregulho monstruoso soltou-se do céu, rolou nuvens abaixo e caiu-nos em cima. Não nos matou. Deixou-nos apenas pequenos, insignificantes, debaixo dele. A cara encostada ao chão sente o frio, pior, sente o gelo, da impotência que nos devasta. As mãos também estão ao lado da cara, debaixo desse denso pedregulho. Não dá para chorar, não dá para sofrer, não dá para gritar. O pedregulho é demasiado grande, demasiado pesado, não nos deixou espaço. Cara no chão. Numa imensa e terrível solidão. A solidão da perda. A solidão da impotência. A solidão do irremediável. Absoluta e irrefutavelmente ESMAGADOS.

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Há dias assim, em que a vida parece querer pregar-nos partidas irremediáveis e sem solução. Há pedregulhos que tornam os dias mais cinzentos, as horas mais lentas e os segundos intermináveis. Há situações com que nos deparamos sem estarmos minimamente preparados para as enfrentar. Sabes que já passei por elas e não sei se não voltei a passar. Não há truques para saber lidar com esses pedregulhos. Simplesmente temos de tentar aprender com essas pequenas grandes batalhas da vida e tirarmos delas grandes lições e ensinamentos. Uma coisa te garanto. Descobrimos que somos muito mais fortes do que alguma vez imaginámos ser. Aprendemos que temos energia, força e vontade de superar estas tragédias que aparecem sem pedir autorização. Descobrimos que conseguimos estar junto a quem precisa de nós, no(s) momento(s) exacto(s). É triste que tenha de ser assim mas conseguimos enfrentar a situação com o discernimento e a coragem necessárias.

Força amiga. Sabes que podes contar comigo, mais que não seja, para partilhar, falar, desabafar.

Beijinhos.

PS - E aos poucos, os grandes pedregulhos vão-se transformando em pedrinhas que deixam as suas marcas sempre mas que o tempo ajuda a sarar.
 
Bjinhos Cláudia. Obrigada. Força para ti.
 
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