domingo, 30 de novembro de 2008

 

ACABOU (por agora)

Quero que leiam este post ao som da música abaixo. Sigam o link. Só assim fará sentido.

http://www.youtube.com/watch?v=gk1fl_U1dKU

Vocês já me conhecem. Vocês sabem que eu sou uma pessoa que chora. Muito. Demasiado. Às vezes enjoa (eu sei). Mas pronto, sou assim e agora enquanto vos (me) escrevo choro, mais um bocado. Pensava ontem que HOJE já não seria nada comigo, mas olha ainda é. Sou assim. Pessoa demasiado emotiva que hei-de fazer. Vivo como se amanhã pudesse (e posso) morrer. Talvez não me percebam porque não pus aqui TUDO o que vivi nestes últimos 10 sábados. Falei-vos do início, falei-vos do prenúncio do fim, de sítios que conheci por causa do curso. Fui-vos falando subtilmente disto que vivi. Mas não vos pus a par da importância que teve porque sinto não ser capaz de a transmitir. Mais um dia de escrita falhada, impedida por um nó na garganta. Hoje os meus músculos apresentam-se preguiçosos e o coração bate mais devagar. Hoje a minha pele está baça e os olhos tristonhos. Hoje o meu sorriso fácil sai difícil. Hoje não vão gostar de me ler.

Podem ler-nos aqui onde fui muito feliz. Onde aprendi tanto. Aprendizagem essa impossível de quantificar.

Terei o tempo futuro ocupado com a revisão de tudo o que ouvi e apontei. Aplicarei os conhecimentos adquiridos em aventuras futuras, ou na melhoria de aventuras passadas que talvez um dia ainda venham a ser.

Jamais esquecerei esta experiência. Dizem-me "Fazes outro!" mas eu teimosa sei mais uma vez que em certos casos não há amor como o primeiro. Este foi sem dúvida um grande amor, onde coloquei toda a minha alma e toda a minha VONTADE. Onde cada pessoa, da mais próxima à mais afastada teve o seu papel indispensável e inesquecível.

Não choro por ter acabado. Choro precisamente por me ter acontecido e por ter sido tão bom. Sinto-me grata por tudo.

O texto que se segue é o testemunho que havia preparado e que acabou por não ser preciso. A ideia era tratar-se de um discurso à "Óscares de Hollywood" mas onde os habituais agradecimentos davam lugar ao que se segue. O tom seria de indignação e revolta.

1) Em primeiro lugar, quero acusar a minha mãe (e vá, o meu pai) que me fizeram com este gosto pela escrita.

2) Em segundo, uma palavra de acusação ao Luís Filipe Borges por ter o coração ao pé da boca e ter-se chegado a nós de forma tão cúmplice.

3) Depois quero acusar o Nuno Costa Santos de ter um sentido de humor único e uma sensibilidade disfarçada de escárnio que muito me agradaram.

4) Aos dois ACUSO ainda de me terem ensinado tanto.

5) Acuso ainda os meus colegas por terem produzido trabalhos tão bons que me ajudaram a alargar horizontes e acuso de forma veemente aqueles que me ficaram mais próximos (Adenda: Vanessa espero não me perder de ti).

6) Por fim quero acusar de forma incisiva e cabal as produções fictícias por me terem proporcionado talvez as 10 melhores manhãs de sábado deste ano.

7) É uma vergonha. Foi uma experiência maravilhosa. Isto não fica assim!

E por hoje é isto.

Deia in mixed feelings mode.

Etiquetas: , , , , , , , ,


sexta-feira, 28 de novembro de 2008

 

A música mais romântica dos últimos tempos (e não é pirosa)

(pelo menos para mim não é)

1) Sou menina para em Março me deslocar à aula magna apenas para ouvir ESTA música ao vivo*.

(Vou tentar, até lá, "tomar conhecimento" - agora lembrei-me dos recadinhos nos testes, o paizinho escrevia "tomei conhecimento" por baixo da nota - de mais duas ou três músicas, mas só por esta já vale)

2) O 3) não tem a ver com o tópico anterior e é MUITO IMPORTANTE.

3) CONTRIBUAM para o Banco Alimentar contra a fome este fim de semana. Não custa! Levem um dos saquitos quando estiverem a fazer as vossas compras e coloquem lá o que é preciso:

- leite
- farinha
- massa
- arroz
- conservas
- bolachas
- papas
- tudo o que não tenha prazo de validade curto

BOM FIM DE SEMANA!

O meu vai ser um mix de emoções...


* Ia pôr-vos aqui o teledisco mas a sua, e passo a citar "incorporação foi desativada mediante solicitação". Carreguem em "ESTA" e vão lá dar à mesma. (Vá, vão lá, não sejam calões)

Etiquetas: , , ,


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

 

DESEJO CASAR


Não, este não é um apelo desesperado ao Sérgio, este é o título do livro que acabei de ler. A quem me é próximo deixo aqui a indicação que vos empresto este livro, em troca é claro de "coisas" que eu ainda vou pensar o que poderão ser. Para quem diz que os "blogs" são desinteressantes eu digo apenas isto: http://www.desejocasar.blogspot.com/ . Tenho muito pena de nessa altura não saber o que era isso dos "blogues" porque este seria sem dúvida um daqueles que visitaria todos os dias, no mínimo duas vezes ao dia. Tenho as minhas predilecções "lá dentro", duas delas por razões óbvias (para vocês talvez não sejam assim tão óbvias, mas são para mim. Vá, deixem a menina falar à vontade) e mais duas ou três "vozes" que me encantaram pela sua maneira de escrever e de ver a vida. Aprende-se muito neste livro. Ri-se com (muito) gosto algumas vezes. E um ou outro texto chegaram a fazer-me chorar em transportes públicos. (Um deles para um avô está escrito com uma força arrebatadora). 13 pessoas com as mais variadas ocupações mas todas elas com uma habilidade maravilhosa para escrever e expôr pontos de vista e até sentimentos e pensamentos mais íntimos. Teria acompanhado este blog fielmente se à data soubesse dele e teria colocado um luto virtual quando lhe lesse o fim. Bem sei que o fim representa, não raras vezes, o início de outras coisas tão boas ou melhores, mas eu continuo na minha, naquele momento, naquela fracção de tempo em que sabemos ser o fim, é triste. Por isso sinto que todos os fins são tristes. Ainda que a seguir venham sorrisos.

Etiquetas: , ,


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

 
E eu que na infância tinha pavor que descobrissem que era Andreia Azevedo para que os coleguinhas não fizessem a brincadeira que se impunha e agora assino: andreia azedo moreira?!

E esta hein? (marca registada by Fernando Peça)

Etiquetas:


terça-feira, 25 de novembro de 2008

 
A ingenuidade é a miopia da (minha) alma.

Ainda bem que as tenho (às duas)

Etiquetas:


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

 

Dedicado às pessoas maldosas (e amarguradas que passam a vida a fod... os outros)

Reedição. Curiosamente esta mesma pessoa esteve na origem desta redacção... (Voltamos à frase do Faulkner: Pode confiar-se nas pessoas más - NUNCA mudarão)


Às vezes é preciso contar até mil

Não te deixes influenciar.
Não te deixes envenenar.
Mantém-te sã.
Não ligues se te tentam denegrir.
Não sofras se fazem pouco de ti.
São grãos de areia que voam com o vento,
não te podem magoar verdadeiramente.
As pequenas ferroadas que possas sentir deixam-te alerta,
mas não irão além da pele.
Acalma-te!
Não entres em pânico.
Continua fiel a quem és.
Não grites!
Não te impacientes!
Não sofras.
Não traias os teus princípios.
Nada tens a provar.
Vá, deixa-os falar...
Estás aqui só de passagem.


Andreia Azevedo Moreira
04/06/2008 às 17h12

Etiquetas: ,


domingo, 23 de novembro de 2008

 

Relembro-te ao olhar-me ao espelho e não sei se isso me dói ou me reconforta

Ainda que conseguisse apagar-te da memória,
dia após dia, à medida que envelheço, me pareço mais contigo.
Estás na minha cara como marca indelével,
relembrando-me a cada dia que transporto parte de ti e que sou,
(in)felizmente (nada na vida é 100%linear) um bocadinho tu.

Etiquetas:


sábado, 22 de novembro de 2008

 

A TURMA

A minha sincera homenagem à minha prima que tem de levar com este filme todos os dias da vida dela. Que massacre. O que é que dará na cabeça às pessoas que hoje em dia e depois de tudo o que ouvem e vêem ainda decidem abraçar a profissão? Tem de ser coisa de vocação, só pode. Faltam-te quantos? 25/30 anos? CORAGEM. Estou contigo, mas se não te importas espero aqui do lado de fora que dê o toque...

(Não é que não me compadeça dos cenários cruéis em que as criancinhas vivem. Compadeço-me e percebo que é muito difícil serem diferentes nos contextos em que crescem. Agora que culpa é que a minha prima tem disso?)

Etiquetas:


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

 

Há muito tempo que não vinha a histérica falar disto...

Sabem o que eu vos digo? Se os Pearl Jam viessem ao Coliseu de Lisboa ou à Aula Magna, ou assim (sendo o "ou assim" um sítio pequeno, no qual onde quer que eu estivesse os pudesse ter ao pé de mim), eu era a fã mais feliz do mundo! Já estou a ressacar... 2007 já lá vai há muito.

Não sei quem foi o anjo que me enviou isto p'ro mail (Guinho, desconfio. É no teu dia de anos reparaste?) mas OBRIGADA! (Sou uma fã desnaturada esqueço-me de ir ao site deles, com mais regularidade, saber novidades)

Pearl Jam reeditam «Ten» em Março

No "Ten" é impossível dizer "esta é a minha música favorita!" porque no TEN se juntaram as melhores músicas algumas vez feitas pelos Pearl Jam, quer em termos de letras, quer em termos de melodias. Costuma-se dizer que não há amor como o primeiro. Em alguns casos discordo. Neste não. Este amor habita-me o peito e faz-me tremer há mais de dez anos (xiiii já lá vão 15), sempre sem perder intensidade, sempre sem murchar. Este é, em termos musicais, o grande AMOR da minha vida.
Poderia deixar-vos uma letra das óbvias. Mas talvez aqueles que não gostam tanto como eu, nunca tenham reparado nesta, o que é uma pena...

GARDEN

The direction of the eye
So misleading
The defection of the soul Nauseously quick
I don't question

Our existence

I just question
Our modern needs
I will walk... with my hands bound I will walk... with my face blood I will walk... with my shadow flag Into your garden Garden of stone
After all is done
We're still alone
I won't be taken
Yet I'll go...
with my hands bound
I will walk...
with my face blood I will walk... with my shadow flag
Into your garden Garden of stone

I don't show... I don't share... I don't need What you have to give...
Ooooh, I will walk... with my hands bound I will walk... with my face blood
I will walk...with my shadow flag Into your garden Garden, oohhh I will walk... with my hands bound I will walk...into your Garden-Garden of stone I don't know...I don't care...I don't need You, for me to live

http://www.youtube.com/watch?v=MyUXtrMZtmU&feature=related

Etiquetas: ,


terça-feira, 18 de novembro de 2008

 

Vamos por partes

1) Não morri. Continuo viva e de boa saúde. Por enquanto.

2) KEANE, não é banda para me aquecer mas foi um excelente concerto. O público português é o melhor e tenho dito.

3) MEC a entrevista na LER. OBRIGATÓRIA. (...) "Só respeito verdadeiros escritores. Pessoas que são realmente escritores. Ou seja pessoas que não passam sem escrever. A razão de ser delas no mundo é escrever"(...) "Posso não gostar dos livros e posso até achar que escrevem mal ou que poderiam escrever melhor - mas são escritores." (...) "Porra as pessoas não têm culpa de escrever. As pessoas não têm culpa de não ser génios" "Só tens de fazer o melhor que consegues". Mai'nada. Retirei só algumas partes. Aquelas que me aquecem mais a alma (porque sou egocêntrica). Um homem terra-a-terra. Sem papas na língua. Que diz o que sente e o que pensa sem se deixar prender/amordaçar pelo politicamente correcto. Pelo erudito. Gostei de um subtil "chega p'ra lá" ao CVM. eh eh eh. Adoro pessoas desconcertantes que dizem às pessoas na cara aquilo que elas nunca julgaram ser possível passar do implícito para a realidade. Pás. Tipo chapada com as costas da mão.

4) Ontem no autocarro assisti ao seguinte:
entram duas daquelas alminhas que passam a vida em outra dimensão por causa da "branca"+"castanha"=amor (como diz certa parede da meia laranja. O "= a amor" não tenho a certeza se inventei ou se está lá, confirmarei numa das próximas viagens). Não fazem mais nada, às 8h30 da manhã resolvem passar à frente de uma fila interminável de gente. Gente que incluia 2 senhoras mortinhas por dizer mal da vida, do condutor, daqueles "parasitas da sociedade" e do país em geral. Um dos senhores, de forma ponderada e calmamente chamou a atenção das alminhas para não passarem à frente das pessoas, possivelmente porque já não podia ouvir as duas senhoras a cacarejar. Um deles tudo bem. O outro devia ir a ressacar e desejoso de aviar alguém. Passámos então a ter dois coros de vozes. Os das senhoras contra os "parasitas da sociedade" (palavras dela, que coitadinha paga o passe e eles "que aquilo é só droga" não pagam porque o condutor tem medo. - nota mental minha: pois concerteza, quem tem cu tem medo. Eu também não me meteria com eles se tivesse de conduzir todos os dias aquele mesmo autocarro - e tudo e tudo e tudo (como diria a nossa Rueff feita Roseti) e a voz da alminha que devia ir mesmo com falta da branca (ou da castanha ou do amor) a dizer que lhe dava um banano (devia ir mesmo mal. Já não se diz "banano" há imenso tempo. É um termo deveras desactualizado), porque ele não sabia com quem é que se tinha metido e ia ver. Amanhã é que ia ver. Ele nunca mais seria amigo dele. (Espera, isto já foi introduzido por mim.) O senhor coitado que achava que podia falar calmamente com o "conflituoso" acabou por levar uma cabeçada na testa. E é nisto que pude constatar que é verdade que as pessoas antes de lutar despem o casaco. Ora eu até entendo isso, não entendo é que ele o tenha despido para o deixar cair no chão. Se ele tirasse o casaco e o colocasse de forma terna num dos bancos e lhe dissesse "Espera aí que o dono vai ali dar umas murraças àquele atrofiado e já vem" e o deixasse limpinho e incólume em cima do banco eu ainda percebia. Agora tirá-lo e deixá-lo no chão já me ultrapassa um pouco. É aqui que atingimos o climax, ele diz "Não me agarrem! Não me agarrem!" (isto depois de ter despido o casaco) e dá um aconchego ao outro. (Note-se que o amigo do outro, já num estado mais avançado de decandência não esteve para se maçar e ir em sua defesa). E é então (já me tinha apercebido antes mas vá) que me apercebo que a valentia e a cobardia andam de mãos dadas. Perguntam-me vocês porquê? E eu respondo assim: ora, o atrofiado cheio, pela coragem artificial de uma qualquer substância de um tom que poderia ir do branco ao castanho ou um mix das duas e de confiança que ninguém diria o que quer que fosse (com medinho), ladrou, ladrou, ladrou até morder (ie dar a cabeçada) no outro. À volta tudo calado. Ninguém interveio. Assim que o outro despiu o casaco e o enfrentou, levantaram-se três ou quatro pessoas (as duas senhoras revoltadas foram as primeiras) prontos para se unir num linchamento nesse autocarro em movimento. O atrofiado baixou a crista e deve ter desejado interiormente com muito ardor que o condutor parasse depressa para ele se pôr a andar dali para fora e ir ter com os amiguinhos. As senhoras revoltadas tiveram muita pena de não lhe poder chegar a roupa ao pêlo (já que era todos juntos a aviar), as restantes pessoas, onde me incluo, incomodadas com a situação e atónitas nada fizeram. O condutor, lá está, não se meteu porque coitado tem de fazer o trajecto todos os dias (solidarizo-me com ele por isso) e nisto tudo o único que esteve bem foi o que o enfrentou sozinho. Primeiro calou-se e deixou-o falar, depois, ao levar a cabeçada, reagiu e enfrentou-o. Ainda assim com alguma cordialidade depois do primeiro aconchego "Não havia necessidade. Não te faltei ao respeito. Estava só a dizer que não devias passar à frente das pessoas." Tenho a certeza que o outro não o ouviu nem viu. Ele foi apenas o veículo da sua raiva reprimida. Talvez o "amor" lhe esteja a lixar a vida. O que eu sei é que há muito boa gente à espera apenas de um pretexto para poder esfolar alguém vivo e a maioria não se encontra com a visão toldada por qualquer vício (que não seja o da amargura).

5) Ando com um aperto no peito. O que vale é que se tudo correr bem parto, em breve, numas férias merecidas para Cuba onde me banharei em águas límpidas e tépidas que me levem a saudade e onde beberei mojitos que me alegrem as noites e me façam atenuar a pontadinha no peito do que já não passará nessa altura de uma doce recordação...

Etiquetas: , , ,


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

 

KEANE

Vou lá ver/ouvir/saltar/cantar/aplaudir/para pedir o encore dizer melodicamente oéoéoéoôoôoô

Fã? Não.

Conhecedora? Não.

Mas tudo o que meta público, um sítio intimista e música me agrada.

Nota: "tudo" não inclui obviamente música inserida na corrente "Tony Carreira" e afins.

Há limites.

Etiquetas: , ,


terça-feira, 11 de novembro de 2008

 

Sou mesmo estúpida.

Alguém tem por aí um desfibrilhador para me reanimar o neurónio? Obrigada.

É que o grau da minha estupidez e da minha irreflexão atinge níveis preocupantes chegando mesmo a colocar-me em perigo.

Etiquetas:


 

Por momentos o meu coração parou

PORRA. Desculpem o termo. É que reapareceu o site counter e desapareceu a barra lateral toda. Entretanto normalizou não sei bem porquê que nada fiz nem num sentido nem noutro. Ah e tal é o progresso. Irra.

 

O sitecounter deu o berro

É terrível. Deu o berro o contador que me media as visitas. Eram pouquinhas mas muito estimadas. Agora não sei se ponho outro. Não. Este há-de renascer das cinzas. Ou não. E no fundo pouco me importa. Cá continuo neste "Querido Diário". Li no outro dia um texto muito bonito acerca disto das visitas, destas e de outras. Está ali uma alma de uma sensibilidade extrema disfarçada de riso e escárnio. Gosto muito de o ler. Continuarei a fazê-lo.

Hoje encontro-me desanimada pela incompreensão. (Sim sou uma desgraçadinha incompreendida. Tenho dias. E este é um deles.) Talvez o medidor se sinta assim incompreendido e a trabalhar para o boneco. Entrou em greve. (Eu estou por um niquinho para o fazer outra vez)

Etiquetas:


segunda-feira, 10 de novembro de 2008

 

O vómito

A pior coisa que pode acontecer a uma incineradora como eu é estar mal do estômago. De sexta para sábado deitei fora todo o meu interior. Era castanho. Como a mousse soberba que havia comido ao jantar antes de ir ao teatro*. Fui às trevas em poucas horas.

SINTOMAS: dores no corpo (tipo gripe) e especificamente no estômago (tipo intoxicação alimentar), febre, expulsões violentas em diferentes direcções.

O que é que me perturba neste estado?

Perturba-me que deixo de conseguir comer. E eu sou pessoa para comer de três em três horas com uma pontualidade rigorosíssima. Ora tentava a torradita. PAM. Tentava o chazito. PAM. Tentava apenas água PAM. Até que um jejum de 16 horas me preparou o dito cujo para umas torradinhas especiais feitas por mamãe. Sim eu confesso, chamei mamãe para cuidar de mim. 16 horas em jejum é coisa para dar cabo de Deia. 16 horas em jejum são 5,333333333(3) refeições de tamanho pequeno a normal que eu não incinerei. E assim eu não consigo.

Hoje: sinto-me melhor, obrigada. Mas fraquiiiiiinha. Fraquiiiiinha.

Com esta brincadeira não consegui ir aos anos do meu primo Jorge que espero que tenha tido um dia feliz e se tenha divertido muito na noite. PARABÉNS e BJINHOS!

Sendo assim: BOA SEMANA!

*Navalha na carne. Não gostei do texto. Mesmo nada. Gosto muito da Cláudia Semedo e interpreta bem o papel, os outros dois actores também vão bem (ir bem é uma expressão a analisar um destes dias) mas não salvaram o texto. Quer-se dizer (ora cá está outro objecto de análise posterior) houve quem aplaudisse de pé, mas suspeito que eram amigos dos actores e não devem ter ouvido as palavras que se conjugavam tão mal e repetitivamente. Faltava ali melodia. Digo eu. E não estou a falar de música.

Etiquetas: ,


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

 

Ai que vou dizer uma heresia...(JLP se estiveres a ler benze-te)


NÃO GOSTEI DO LIVRO "A LUZ EM AGOSTO" do William Faulkner.

Para mim é um drama ler um livro que não venha cá fora puxar-me para dentro dele. Há tantos que mo fizeram que quando me deparo com um sem essa capacidade, crio com ele uma relação de relutância e cepticismo que não raras vezes sou incapaz de enxotar, até ao fim. Aconteceu-me isso com "A luz em Agosto". Incapaz que sou de deixar um qualquer livro a meio (o que fiz uma única vez em toda a vida com "Ponto pé de flor" de Clara Pinto Correia que comecei a ler três vezes, com cerca de 18 anos, até desistir finalmente... Nota: nessa altura ainda não tinha posto esta ideia na cachimónia de ter que ler qualquer livro que principiasse, fossem quais fossem as circunstâncias do princípio ao fim sem interromper e sem desistir dele. Quase como a maldição de que se ouve falar de São Cipriano que diz que enlouquecemos se não lermos certo livro dele da frente para trás e de trás para a frente de seguida. Eu costumo saltar este último passo por uma questão de falta de tempo.) avancei neste estoicamente, mas sem aquela sensação de enlevo de que sou acometida por tantos livros. Não me tocou. Queria mais daquelas "vozes" (eh eh eh ó para mim tão intelectual). A voz do Joe Christmas onde anda em todo o livro? Ele retrata-o quase pessoa (não estou certa que o considere como tal), sem alma (?), sem sentimentos (?), sem receios (?). Retrata-o só com instintos primários, como os animais, fome, sede, medo (instintivo), sexo. E porquê? Por ser preto. Isto revoltou-me no livro e levou-me à náusea. Ainda que retratasse a época, os pensamentos das pessoas no Sul do país, a realidade, podia haver uma tentativa de aproximação, de empatia com o JC. Há quem diga que JC seria um paralelismo com "Jesus Christ", um mártir portanto. Tenho a dizer que a descrição do linchamento do JC é muito objectiva e nada solidária com o "mártir". Tão objectiva como dizer "fui ao café e comi uma tarte". "A população juntou-se e linchou o Christmas. Foi feito o que tinha de ser feito.". Porque era assim que tinha de ser quando falavam daqueles talhados unicamente para servir os "brancos". Claro que também há vozes no livro dissidentes, vozes que se erguiam corajosas, à época, contra as injustiças, a desumanidade, a necessidade de ABOLIR tais pensamentos, mas para mim é visível para que lado pende a história. Descubro quase no fim do livro ao ouvir rádio que o autor era racista. Não me surpreendeu minimamente, mas nem por isso a minha opinião foi influenciada por esse facto. Já o intuia desde o início. Não falo do "racismo" de que todos padecemos relativamente ao que nos é estranho e nos faz retrair ao início e depois descontrair. Falo do "racismo" de pessoas que acham que são superiores (e como tal com mais direitos, talvez até o direito de EXTERMINAR a diferença) a outras pessoas e isto vai muito além do tom da pele. Aplica-se a muitos outros aspectos da (nossa) vida.

Quanto à história paralela da Lena. Mulher coragem. Mulher perspicaz a fazer-se de parva. O objectivo é conhecer mundo, ser livre e não propriamente procurar o pai do seu filho para o acorrentar a ela, como à primeira vista poderia parecer. (A Lena de "Quando o Inverno chegar", inspirada nesta e interpretada pela Beatriz Batarda, estava sublime) Forte. Não o suficiente para me fazer gostar do livro.

E pronto aqui me apresento para o meu próprio linchamento. Como pude eu não gostar de um livro de Faulkner? Estou à vossa disposição para uma discussão sobre o assunto e para que me mostrem outros pontos de vista que me façam reler o livro e ver porque e onde me enganei.

Deia

P.S. Tem frases que considero magníficas e que me abanaram, GRITARAM (Acho que senti até, alguma saliva. Os bracinhos é que não. Não saíram e não me puxaram lá para dentro. Infelizmente. Eu também sou daquelas pessoas que "gosta de gostar", tanto dos livros, como das coisas, como dos momentos, como das pessoas...Etc e tal) e com as quais me identifiquei tendo mesmo chegado a sublinhá-las no livro. Não posso agora transcrevê-las porque não tenho o livro aqui.

Mas em breve o farei.

ADENDA IMPORTANTE: E para mim os animais têm alma e sentimentos.

Etiquetas:


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

 

ESPERANÇA



http://www.youtube.com/watch?v=BHEO_fG3mm4

Etiquetas:


terça-feira, 4 de novembro de 2008

 

EC

E pronto. A pessoa já sabe que todas as coisas têm um princípio, um meio e um fim. Mas quando nos é (de)mo(n)strado, aperta-se qualquer coisa cá dentro, o olhar tolda-se por momentos e a garganta oprime-se e se eu quisesse falar agora não podia. E se conseguisse falar, falaria com lágrimas e ninguém me entenderia. Todos os fins são tristes.

Etiquetas: ,


 

PARABÉNS!

Parabéns ao BILATI (3/11): AMIGO. Uma das pessoas mais rectas que conheço. Daquelas que olha os outros nos olhos e diz o que sente. E sente o que pensa. E pensa o que sente e di-lo e vice-versa. Uma pessoa rara e especial. Uma pessoa que não sabe, acho eu, que merece ser feliz e é possível sê-lo. Espero que o descubra a tempo. Um grande beijinho e um abraço apertado.

Parabéns à minha melhor amiga da infância ANA PATRÍCIA (hoje): este ano especial. Talvez de todos os anos da tua vida um dos mais especiais. Porque és dois (duas!) em um, no verdadeiro sentido da expressão. Muitas felicidades e um dia muuuuiiitooo FELIZ! E eu, que ainda tenho os teus bilhetinhos em folhas de colecção (ainda ontem tínhamos só onze anos) sinto-me cheia (sinto-me rica) por poder acompanhar (há tanto tempo) as vossas vidas.

Etiquetas: ,


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

 

BURN AFTER READING

"GRANDA" FILME!

- Grande crítica
- Cheio (rico) em ironia
- EXCELENTES interpretações
- Escarafuncha as feridas da sociedade americana mas não só (Ninguém escapa a este escarafunchanço)

NÃO PERCAM!

Etiquetas:


This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Website Counter
Free Counter