quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

 

ESMAGADOS...

Um pedregulho monstruoso soltou-se do céu, rolou nuvens abaixo e caiu-nos em cima. Não nos matou. Deixou-nos apenas pequenos, insignificantes, debaixo dele. A cara encostada ao chão sente o frio, pior, sente o gelo, da impotência que nos devasta. As mãos também estão ao lado da cara, debaixo desse denso pedregulho. Não dá para chorar, não dá para sofrer, não dá para gritar. O pedregulho é demasiado grande, demasiado pesado, não nos deixou espaço. Cara no chão. Numa imensa e terrível solidão. A solidão da perda. A solidão da impotência. A solidão do irremediável. Absoluta e irrefutavelmente ESMAGADOS.

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