BUDDY

E lá partiu mais uma amiga. A Maggie era especial. Desde pequena que se adivinhava ter já sofrido maus tratos, nos primórdios da sua existência. Quis o destino que ela encontrasse um dono especial que lhe sarasse as feridas da alma com dedicação e cuidado. E assim foi. Nunca perdeu a característica de NÃO entrar em casa. Acontecesse o que acontecesse e fosse que casa fosse (acho que não conheço mais alguém que tenha mudado tantas vezes de casa como o Guinho) havia uma linha imaginária que a Maggie jamais transpunha. Primava pela independência, uma independência quase felina, um desconforto ao toque que se desvaneceram totalmente quando apareceu a doida da Step que lhe "invadiu" o território e a "obrigou" a gostar dela. Porque era impossível não gostar da step e a maggie rendeu-se e tornaram-se as melhores amigas (Exceptuando claro está na comidinha! Amigas amigas paparoca à parte). Era uma doçura vê-las juntas! Era uma alegria visitá-las! Minha querida maggie, como eu gosto de ti, como lamento que tenhas sofrido tanto no fim. Mas a dedicação, a força, o empenho com que foste tratada deram-te um fim digno como merecias. Tomara muitas pessoas serem tratadas com tanto respeito. Adeus minha linda loba branca, tratem de se portar bem os três aí por onde vos imagino a correr atrás de pedras e pinhas, olhar vivaço, zelando por nós.