quarta-feira, 21 de março de 2007
Dia Mundial da Poesia
ÓDIO?
Ódio por ele?
Não…Se o amei tanto,
Se tanto bem lhe quis no meu passado,
Se o encontrei depois de o ter sonhado,
Se à vida roubei todo o encanto…
Que importa se mentiu?
E se hoje o pranto
Turva o meu triste olhar, marmorizado,
Olhar de monja, trágico, gelado
Como um soturno e enorme Campo Santo!
Ah! Nunca mais amá-lo é já o bastante!
Quero senti-lo doutra, bem distante,
Como se fora meu, calma e serena!
Ódio seria em mim saudade infinda,
Mágoa de o ter perdido, amor ainda.
Ódio por ele?
Não…não vale a pena…
Florbela Espanca - Livro de Soror Saudade
Eu sinto por vezes, quem não sentiu atreva-se a atirar a primeira pedra...
Atrevia-me a dizer que o ódio quando cultivado é tal como HIV... sem cura…
mas como Humanos é nos impossível de não sentir....
Estaria a mentir se não existe-se um contraponto ao aclamado Amor
Ele existe existe quem o sinta e cultive a quem o sinta e o deixe cair nas mais insignificantes sarjetas...
A questão passa em não o cultivar por que sentir é nos difícil…. Digo eu
Bjs
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