sábado, 22 de março de 2008

 

21 de Março 2008

Ontem foi dia mundial / internacional de muita coisa. Destaco a poesia. Porque sim. Porque quero hoje dizer isto:

O BARULHO DO SILÊNCIO

É ensurdecedor o barulho do silêncio.
É esmagador o peso do nada.
Sozinha, olho em volta.
É o vazio.
Sinto-me desolada.

O desconsolo derrota qualquer guerreiro,
é pior que a mais sangrenta das batalhas,
porque ao menos um inimigo real, é VERDADEIRO.
Não se defende com mentiras nem muralhas.

Quando perdemos, contemos o grito,
da dor tantas vezes renegada,
queremos ser senhores do nosso peito
negligenciando o que o aperta

e nos leva à derrocada.

2 de Março de 2000
Andreia Azevedo Moreira

Eu já não renego ou negligencio o que fui, o que senti, o que me trouxe pé-ante-pé ao que hoje sou, ao que hoje (não) faço (e com grande convicção). Eu sei (bem) o que sou, porque o faço e faço-o de coração leve e peito cheio. Quantos são? Quantos são os que hoje me querem dizer algo, quando no passado, só silêncio. Omissão. Quantos de vós se sentem com moral para me atacar directamente? Quantos de vós com coragem para me falarem em "verdade"? Quantos de vós dispostos a ouvir o que (EU!) tenho para dizer? Julgo que ninguém. Olho em volta. Ninguém. Bem me parecia. Não serve este desabafo para vos acicatar a vontade de o fazer. Serve o presente para eu própria me convencer que a revolta que transporto (comigo) de nada serve, porque já diz o ditado "O pior cego é o que não quer ver." Há muito que desisti de vos falar. Há muito que deixei de (des)esperar por uma ajuda qualquer. Hoje quero apenas que me esqueçam. Continuem a fazer o que têm feito tão bem todos estes anos. Tem sido um trabalho exímio. Não exijam agora o que não têm sabido dar. Eu não vos exijo nada. Porque se sentem no direito de o fazer em relação a mim? Continuem com a cara voltada para o lado de lá. Eu estou bem. Nunca estive melhor. Estou o mais próximo que conheço da LIBERDADE e da minha (cada um com a sua) VERDADE. Cada um trilha o seu trilho... Que atire a primeira pedra aquele que se sentir capaz.

Comments:
Olá Andreia, independentemente da parte emocional que não sei nem me interessa até que ponto é autobiográfica gostei quer do poema quer do texto pela forma como está escrito - com pesar mas com raiva !!

Com força.
 
Pedro, vindo de ti, uma pessoa com uma cultura literária grande e com a mesma paixão que eu pela escrita é reconfortante saber que gostaste de me ler. Obrigada! Um beijinho.
 
Gostei imenso do teu poema!continua!escreve sempre tudo o k sentes!beijao grande Zita
 
Obrigada prima! Viste que já acabei o livro? Gostei muito! Bjinhos
 
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