domingo, 24 de janeiro de 2010
Tempo dedicado aos mais pequenitos:
NOTA: O Capuchinho vermelho contado sem a vogal “u” (a não ser em Capuchinho)
A história hoje contada passa-se na floresta verde de Ficalho. Certo dia, a mãe Teresa pede à filha Lídia, entre os amigos também conhecida como Capuchinho Vermelho, para levar a casa da Avó Cremilde – Como era hábito aos Domingos. – a cesta de compotas, para o chá das cinco. Antes de partir a mãe avisava-a sempre:
- Capuchinho, não saias do caminho! É perigoso!
- Está bem mãezinha não temas! Farei como dizes! – Encolhendo os ombros por desconhecer os reais perigos da floresta de Ficalho.
Dá-se porém o caso, de mais à frente se distrair com a flor mais bela por si já vista, afastando-se do trilho certo.
Porém não se perde. Chega antes ligeiramente atrasada a casa da avozinha.
O lobo matreiro já lá havia entrado – andava no rasto da Capuchinho contavam-se já vários Domingos... – e comido a avozinha. Mas disto a nossa menina não sabia, ainda.
Bate três vezes à porta. Pam. Pam. Pam.
- Sim? – Diz lá de dentro a falsa avó de voz estranhamente esganiçada.
- Capuchinho Vermelho! Posso entrar avozinha?
- Sim linda netinha! Entra! Entra!
- Ah! Avozinha não fizeste a depilação?!
- Pois não netinha. Estava com frio!
- Ó Avozinha e essas orelhas? Tão grandes?!
- São para ter melhor conhecimento das coisas!
- Como Avozinha?
- Entram melhor os sons, lindinha!
- Ah... E essas mãos avozinha? Tão grandes...
- São para te abraçar bem!
- E esse nariz?
- É para te cheirar! Cheiras tão bem minha netinha! É Chanel?
- É Boticário avozinha. Mas avó... E essa boca enorme? Cheira mal! Já experimentaste menthos?
- É para dizer “AMO-TE” bem alto netinha, com a boca bem aberta!
- Ok, mas e esses dentes horripilantes e afiados?
- SÃO PARA TE COMER
Nesse momento entra certo elemento da protectora dos animais e com dardo anestesiante põe o ardiloso lobo a dormir.
Abrem a barriga ao lobo, com faca do mato esterilizada, a avó sai toda satisfeita embora cheia de ‘nhaca e mandam o lobo para a Serra da Estrela, não sem antes lhe coserem a barriga e limarem os dentes.
A Capuchinho desobedecera à mãe e aprendera a preciosa lição:
“Não colocar demasiadas interrogações.”
Etiquetas: BABOSEIRAS
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