domingo, 25 de abril de 2010

 

25 de Abril

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Será?
Cada vez tenho mais dúvidas que de facto sejamos livres... mesmo em democracia.

Que liberdade é esta quando não temos nada a dizer quanto ao nosso futuro?
Apenas escolhemos um partido - de entre meia dúzia e que no fundo são todos iguais, com as mesmas pessoas e que fazem os jeitos às mesmas corporações - e depositamos nele todas as nossas aspirações e decisões?

Que liberdade é esta quando vivemos aprisionados a um sistema monetário que cria exponencialmente mais dívida e o dinheiro que gera é para continuamente pagar essa dívida?

Que liberdade é esta quando no ensino do futuro da nossa sociedade se desumaniza e se fazem lavagens cerebrais aos miúdos? Quando os escravizamos com páginas e páginas de conhecimento irrelevante relegando para segundo, terceiro, quarto plano a sua capacidade crítica e criativa, a única que fará deles seres Humanos?

Que liberdade é esta quando vamos destruindo a casa onde habitamos, explorando os seus recursos até à exaustão e matando - e apreciando a morte - dos seus ocupantes, inclusive daqueles mais semelhantes a nós?

Que liberdade é esta afinal que quando paramos para pensar e vemos que isto está tudo louco e decidimos afastar-nos destes ciclos viciosos somos apelidados de esquisitos, loucos, hereges e corremos o risco de acabar na prisão?

Ainda bem que aí vem o santo padre. Talvez ele ponha algum juízo nesta sociedade.
 
Não somos livres é um facto, mas viverei a vida toda lutando pela Liberdade. A individual e a colectiva. Por isso não esqueço este dia qual símbolo de esperança. Como sou pequenina, insignificante, começo pela liberdade individual e pela dos que me estão mais próximos. Luto contra os preconceitos em que fui embebida enquanto crescia, luto contra as limitações que tantas vezes com um simples comentário procuramos incutir nos outros, luto contra a discriminação quando a vejo ou pressinto, luto contra as violações dos direitos humanos / animais e não me calo. Jamais me calarei. Pouco me importa que me chamem louca, ou se este caminho que há tão pouco iniciei me possa prejudicar um dia. O medo faz-nos reféns. Sinto medo hoje quando abro a boca e elevo a voz para dizer o que penso (Andei tempo demais a tentar agradar a todos. Impossível e ridículo.) mas não deixo que ele me imobilize porque não quero que a descrença me vença. No dia em que eu acreditar que não é possível fazer melhor ou que estamos condenados por sermos tão intrinsecamente malignos, será o dia em que morri ou me matei, porque sem esperança não vivo. E prefiro esperar por um mundo melhor, metendo mãos à obra em tudo o que puder, do que baixar os braços e viver a vidinha que nos impingem, formatada, conformada, branda, entupida em bens materiais que nunca encherão qualquer vazio. Guinho não sei se eras tu, mas deduzo que sim. E que o fim do comentário é pura ironia. Se há alguém que pode salvar o mundo/ a sociedade é cada um de nós consciente do seu papel e não um homenzinho que vive sentado num trono de fausto e hipocrisia.
 
Prontes, je macuse!

Agora sempre que houver menções a esse alto cargo de santo padre pois que, muito provavelmente, serão proferidas por minha pessoa. Não em admiração mas atónito!! Atónito Silva, pois então!

E só ficarei satisfeito quando a sua visita for *bional :)
 
*bional é muito pouco para nós. Sabes disso ó. :)
 
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