sexta-feira, 16 de abril de 2010
GRATIDÃO
(Agora Dreia Meia começará a falar na primeira pessoa como é seu, sobejamente conhecido, apanágio – egocentrismo crónico p’rós mesmos).
Eis que ao passar pela TVI24 vejo o Ondjaki e me quedo a escutá-lo.
(Que encanto de homem por deus.)
(Saberei algum dia falar assim? Tenho fé. Por ora resumo-me ao papel de ouvinte que isto quando não se sabe falar, mais vale estar caladinha para não sair bojarda.)
A certa altura, os olhos riem-se-lhe muito e o sorriso ilumina-se-lhe todo quando fala de Nuno Leitão, o qual denominou seu “mestre”.
Se bem me recordo mencionou também de forma entusiástica dois professores cubanos (escaparam-se-me os nomes) que o marcaram e a quem procura incessantemente, dado que lhes perdeu o rasto, para lhes dizer o quão inspiradores foram para si.
Nuno Leitão ter-lhe-á dito (e resumo*): “Não pares de escrever.”
Então, Ondjaki que é escritor cheio de alma de poeta (Cheira-me. Ainda não o li para afirmá-lo com propriedade.) disse-me (eu padecendo de delírio auto-referencial):
“O verdadeiro mestre é aquele que abre a janela ao aluno. Eles puseram-me à janela e fizeram-me voar.”
Nota: a minha percepção “açambarcadeira” terá adaptado ao que lhe convinha o que o moreno giro disse. No entanto, julgo que o sentido era aquele.
Ora, até hoje, duas pessoas (das que ensinam) me abriram a janela (ordem cronológica):
- Luís Filipe Borges
- Raquel Ochoa
Abro aqui um parêntese ( cá está… para referir que uma terceira pessoa mo fez sentir. Subtilmente, dada a natureza por demais reservada. Quero crer que mo disse, à sua maneira. Dirijo-lhe igualmente este texto. Não a nomeio para a não invadir na sua discrição, mas saberá, decerto - se algum acaso lhe levar estas palavras aos olhinhos – enfiar a carapuça que tão carinhosamente lhe tricotei. Eis que fecho o parêntese ) cá está.
Em momentos de desmedida generosidade deram-me a mão e um empurrãozinho nas costas, para que me erguesse para o parapeito persistindo no (meu) acreditar.
OBRIGADA PELO ALENTO!
Os amigos e a família são-me vitais. Não permitem que me sinta só, ou desprovida de sentido nesta forma de existência.
Já se sabe, porém, que é muito bom ter a opinião de um profissional. De três então é melhor que chocolate de leite com amêndoas (ou arroz crocante).
De modo que Luís, Raquel, Pessoa, meus queridos: ainda que morra dolorosamente nesta queda jamais esquecerei que um dia (três mas é) me deram tanta esperança.
Enquanto o meu coraçãozinho bater e a minha “monazinha” pensar ser-vos-ei reconhecida.
Um abraço apertado aos três que é o que me apetece fazer quando penso naqueles de quem gosto mesmo, mesmo muito.
* Falou-lhe, claro está, em trabalho. Muito. Apontou-lhe as falhas, como é essencial. Incentivou-o a melhorar, reconheceu-lhe um certo estilo etc. e tal.
Etiquetas: ALENTO, Da Amizade que ganhamos a quem já nos fez bem, GRATIDÃO
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