domingo, 25 de abril de 2010

 

INSANIDADE VOU-ME EMBORA

Coagiste-o a optar Clara. (Assim o fez.)

Quando o vento me bater na cara,
saberei ser o mesmo vento que lhe acaricia as feições e
será como se os nossos rostos quentes se tocassem.
Se olhar para a lua e para as estrelas,
contemplarei o mesmo céu,
com intensidade e mente semelhantes.
(Livres. Sonhadoras.)
Quando for ver o mar,
estarei ante a mesma imensidão que ele conhece e admira,
sempre que se sente desfeito.
Sentirei a sua dor e ele conhecerá a minha.
Ao encarar o verde que me rodeia,
vislumbrará ele a mesma beleza
e a força da esperança.
Se me aquecerem os tons laranja e amarelo do sol,
os mesmos raios beijar-lhe-ão a tez morena.
Só assim o poderei amar.
Sem presença ou materialização.
Pura e simplesmente amá-lo,

querê-lo tanto,
como às coisas belas que existem,
nas quais me perco e ele também.

(Podias ter-lhe dito que estava errado Clara. Devias ter-lhe dito alguma coisa.)


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