domingo, 13 de junho de 2010

 

INSANIDADE VOU-ME EMBORA

Há uma voz em mim que não é composta da mesma matéria deles e, embora cá se encontre por sua causa, não permitiu que guardasse todas as mentiras:

Que vidas são estas?
Quantas farsas engendradas,
quantas máscaras colocadas,
Fica tudo por dizer.
Faltará a nós coragem?
Para ver o que é de ver?
As circunstâncias? Queríamos mudadas.
Mas temos medo de sofrer.
Vivemos então numa peça,
por nós tão bem decorada,
que a mim enoja, repugna
e me deixa angustiada.
E do que tenho mais medo,
é de esquecer o que realmente sou
e fundir-me com este papel,
que alguém para mim inventou.


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