domingo, 29 de agosto de 2010

 

Poucos são os que se PREOCUPAM.

Remetem-se ao silêncio de: "que adianta?", "que julgas ser capaz de alcançar com a tua insignificante presença?", "morrerá ainda assim.", "ela e outras como ela." "eles e outros como eles."

Longe de mim (de nós) e do meu (do nosso) quotidiano privilegiado de homens e mulheres onde o conceito "LIBERDADE" (ainda) nos é familiar.

Se não se deslocam, tão só, a um lugar, ainda que nada mais possam que dizer "ACABEM COM ISSO", crêem deveras que fariam algo mais se ao vosso alcance?

Agirão somente se souberem que surte efeito?

Então para que sonham? Para que almejam coisas que vos são, por ora, intangíveis? Alguém vos terá garantido "SUCESSO" nesse "QUERER"?

"Presente. Sou contra isto de tão monstruoso que se me afigura."

"Presente. Quero que cessem o que considero ser um CRIME contra a humanidade. Como se fora perpetrado contra mim, contra ti que és minha amiga, contra a minha mãe, a minha tia, um dos meus filhos."

"Presente. É a arma que me colocam na mão, AGORA, para combater as injustiças, as atrocidades, a fealdade com que o Homem - Todo o homem. Não te excluas. - é capaz de se vestir. "

"Presente." (Simples, não?)

Viramos a cara (hoje é mais fácil que assim seja) e um dia, sabe-se lá por que desdita, podemos estar no cadafalso.

Perscrutaremos o horizonte e talvez ninguém. O desespero a olhar-nos de frente e quem sabe se apenas nós, o(s) carrasco(s) e uma imensa solidão.

Um pavor de morrer antes do tempo. De sofrer penas inenarráveis.

Sós.

A solidariedade é para vestir SEMPRE não apenas quando (e se) nos dói.

O movimento: "100 cidades contra o apedrejamento de Ashtiani" (Foram 101)

Lisboa: presentes cerca de 150 pessoas. (Habitantes? Para cima de 564 000)
Paris: presentes cerca de 300 pessoas. (Diz que habitantes, contando com os subúrbios, mais de 11 milhões.)

100 cidades (101). E as pessoas? Onde andam as pessoas das cidades?

Que mundo é este?

Há esperança? Há.

(E no livro: A ESTRADA* de Cormac McCarthy percebemos porquê.)

É inextinguível a ESPERANÇA.

Valeu a pena dar do meu tempo?

(O "meu tempo" é o que de mais precioso detenho.)

Dá-lo-ei de novo?

Sempre.

PRESENTE estarei em todas as causas que me gritarem: "NÃO TE FIQUES."

28/08/2010
18h55

* Vi o filme. O livro será melhor, decerto, por isso o hei-de ler em breve.



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