terça-feira, 17 de julho de 2012

 

«VER» - PARTE IX

Paralelepípedos. Justos na sua particular irregularidade. Partículas que brilham. Uma formiga segue entre beatas com migalha nas tenazes. Perco-a perto do olho. Passo a mão pelo frio da calçada. Encosto mais o ouvido e sinto o tremor que o trânsito causa. A perna esquerda soergue-se para seguir caminho sozinha. Não gosta do frio. Do desconsolo. A cara colou-se à pedra que a morde. A saliva não é minha, extravasa em poça de fuga ao que sou. O fôlego esparso mas teimoso. Não desisti. Imponderável fê-lo por mim. Lamento. Havia ainda…

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