segunda-feira, 21 de julho de 2008

 

18/Julho/2008

O que faço perante a força e a inevitabilidade da morte?
O que faço se me morreu a companhia de uma vida inteira?
O que faço se regresso a casa e ela tão vazia, tão silenciosa, tão agressora com a falta de ti.
Como viver agora que nada faz sentido?
Olhar à minha volta, parado, para tudo o que há dois dias (apenas) era tão importante e ver que sem ti perdeu a cor.
Estou velho, sinto-me velho mas contigo a energia não me faltava.
Agora sem ti olho para o espelho e sei que sou velho e que muito do que fui e ainda sou foram contigo para longe.
Não quero ir ver-te ao caixão, não és tu quem aí mora.
Não quero ir ver-te ao caixão... Quereria acordar-te e ter-te de novo aqui.
Uma vida inteira... Uma vida inteira...
Como posso (sobre)viver (a)o tempo que me resta? Viverei dentro de mim contigo, agora que cá fora já não tem graça viver.
Como é que isto aconteceu?
Porque não pudemos partir no mesmo momento?
Sou muito infeliz sem ti. Não posso dizer-te adeus.
Até já, amor meu.

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Comments:
Lindo texto e repleto de sentimentos. Agora que já sei o que se passou, já posso vir aqui transmitir toda a minha força para ti neste momento! Escreves bem, miúda!!! Beijinhos grandes.

PS. Adorei rever-te ontem!
 
Obrigada por todas as palavras e sentimentos contidos no teu comentário amiga. E eu? Nem queria acreditar que estava ali em plena cavaqueira contigo. Espero que esta nova disponibilidade tenha vindo para ficar. "Quero-te" ocupada mas não sobre-ocupada :o) (Para teu bem claro!) Mts beijinhos!
 
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