quarta-feira, 18 de março de 2009

 

O meu triunfo (ou não)

Todos os dias deia se interrogava porque carga de água os senhores da estação de Alcântara colocam as escadas rolantes no sentido de movimento nulo (vá, passa uma pessoa se tanto). Todos os dias deia, bem comportada, embora inconformada com a situação de ovelha no rebanho, olhava para as escadas rolantes, rangendo os dentes descontente. Qual é a lógica? Qual é a lógica? (repetia a pergunta mentalmente à exaustão). Olhava para as escadas rolantes em sentido contrário, enquanto descia as escadas estáticas, devagar, por Toutatis demasiado devagar, chiça penico quase parada, prometendo-se: Qualquer dia desço em sentido contrário. Olá se não desço. Que não me chame Andreia AM se um destes dias não faço isso. Vão ver senhores da estação de Alcântara se um dia não rompo com a vossa convençãozinha, não ultrapasso os meus complexos e desço aquela escadinha qual ovelha tresmalhada! Todos os dias olhava tristemente para as escadas, estupidamente em sentido contrário, todos os dias reforçava a promessa. (Estão à espera do eis não é? Pois é, vocês já me conhecem...) Eis que HOJE, meus amigos, HOJE deia vislumbrou o autocarro do lado de lá da movimentada estrada. Macacos me mordam, Andreia AM é hoje! Rompe com as convenções, liberta-te dos espartilhos da sociedade e corre, apanha aquele autocarro (ou ficas 15 minutos à espera)! E deia saiu do rebanho. Com a música do anúncio old spice (Carmina burana) motivando-a mentalmente, Deia ultrapassou os seus complexos e desceu as escadas rolantes em sentido contrário (porra que é mais difícil do que pensei). Deia correu pelo subterrâneo como se disso dependesse a sua vida e... Deia perdeu o autocarro à mesma. (Está-se mesmo a ver o que aí vem neste tipo de textos que deia escreve não é? Vem um "ora") Ora deia chega à paragem antes de todos os outros, embora de nada tenha servido a ousadia. Passam todos por ela com um esgar de sorriso piedoso, um comentário mental "Deves ter a mania que és esperta" estampado no rosto e deia esconde a sua cara na "Pastoral Portuguesa" (livro que a tem divertido sobremaneira). O livrito é no entanto pequeno e passa um conhecido de Deia (aqui o TRIUNFO) que lhe lança um qualquer comentário brincalhão que ela não percebe por ter os auscultadores nos ouvidos (ainda não os caveira) e ao qual responde com um óbvio e desconsolado "Queria apanhar o autocarro, mas perdi-o. " É Maximina Azevedo Moreira quem vos fala a partir de hoje. Podem tratar-me por Maxi (que é tipo Paxi, versão velha cusca, em memória à minha querida avozinha).

ADENDA: Tenho visto o "meu" Afonso Trindade de Noronha. Apetece-me abraçá-lo e enchê-lo de beijinhos, qual avô reencontrado.

ADENDA 2 - Esclarecimento de eventuais interpretações erróneas ao que escrevi:
1) "Em memória" deia refere-se ao facto de utilizar o nome de sua avó.
2) A minha avó não era uma velha cusca, eu é que tenho uma dentro de mim. Obrigada.

Etiquetas: , , , ,


Comments:
;))))
 
Paxi, a cusca da linha :)
 
Maxi. Paxi é a outras das revistas coloridas :) Eu sou mina. Maximina. Maxi para os amigos :) eh eh eh
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Website Counter
Free Counter