Os cobardes alimentam-se do medo dos corajosos. Não me envergonho do meu medo, nem tão pouco o tento esconder. E tu? Não te envergonhas da cobardia? É tarde para nós. Não percas tempo a dizer aos outros que me amas. Os laços de sangue nada são, se passas os dias de hoje a fazer-me sofrer. (E amar, como eu o concebo, é preferir a morte a provocar qualquer sofrimento àquele que amo.) Se ignoras os meus sentimentos e as minhas vontades. Ama-me quem me cuida, sem me querer possuir. Tu não me amas. Julgas-me um objecto que a vida te deu para brincar. E não sou. E não voltarei a ser. Mata-me se queres brincar. Viva jamais voltarás a satisfazer-te comigo. Morrerei de pé para não viver de joelhos, curvada perante ti. A paternidade é um privilégio, não um direito de posse. Tenho medo e ainda assim grito-te tudo isto para que vejas que SOU. Sem ti. SOU.
(E as palavras com que enches a boca nada significam, porque desconheces os sentimentos que essas palavras encerram.)
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# Ideia partilhada por Andreia Azevedo Moreira @ 11:54
