quinta-feira, 25 de junho de 2009
Carta ao pai
Este grande vulto da literatura, falando ao pai, dos desgostos, da culpa, da falta de liberdade face à sua opressora figura, já adulto. Este homem, uma referência, sofrendo ainda (imensamente) já adulto com os acontecimentos passados. Sentindo-se incapaz, maniatado. (em honra dos Gato) Ah pois é, com o sofrimento dos outros podemos todos muito bem, mas o nosso, ah o nosso, come-nos por dentro enquanto não o esgotamos, seja em lágrimas, seja em palavras, seja em gritos ou silêncios prolongados. Enquanto não o escrutinamos até à última palavra não dita, não o conseguimos deixar ir (ao sofrimento). E aos olhos dos outros, dos que passaram por todo o período de crescimento físico e interior sem precalços, sem traumas, pode parecer tudo demasiado imaturo, poderão pensar "move on" e têm razão, há que avançar, mas enquanto não se consegue, há uma ou outra coisinha para dizer.
E Kafka disse, numa carta com 100 páginas. (Escrito à mão seriam mais, claro está. Lá estão vocês pá, sempre a implicar com a menina, que coisa!)
Eu gostava de acreditar na reabilitação. (Talvez não exista outra coisa que eu deseje com tanto ardor. Tudo o resto se me afigura remediável, com maior ou menor dificuldade). Já desisti, porém, dessa. Tento viver o melhor que posso, fechando a porta à angústia, à culpa, ao sofrimento. Acreditei vezes demais na reabilitação e de cada vez que espreitei para ver, fui atingida. Ora como não quero morrer "pela porta mal fechada" como me foi profetizado pelo mp3, deixo-a trancada que é por causa das coisas. Porque uma coisa é a pessoa sentir mágoa pelo estado (aparentemente) irremediável a que chegou a situação, outra é ser estúpida. (E eu, embora pareça, não sou.)
Etiquetas: Isto não é uma teoria da chacha isto é a coisa a sério (ou então não), LEITURAS
És uma Mulher.....
continua a tua luta, trilhaste o caminho certo....
A felicidade vai abundar na tua vida, tenho a certeza absoluta!
Estou aqui e tu aí para o que der e vier...
AMO TE PRIMA LINDA
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