terça-feira, 16 de junho de 2009
Cenas e mais cenas
Cena 2: Sábado fui ver o meu AMIGO MOITA tocar. Foi a primeira vez que o vi num palco. Desde sempre me habituei a vê-lo no recolhimento do lar, de guitarra eléctrica nas mãos, como se lhes pertencesse. A seguir às falangetas a guitarra, membro único. Como toca bem o meu amigo. Vá-se lá saber porquê nunca (se) integrou (n)uma banda. Preguiça? Falta de oportunidade? Timidez? Não sei. Sei que agora faz parte dos Montecara e o vi feliz, realizado em cima do palco e fui contagiada por ele. Fiquei feliz também.
Cena 3: Conheci uma (outra) pessoa com a mesma paixão que eu. Achei piada adivinhar-lhe os mesmos tiques, os mesmos desejos, as mesmas expectativas. Espero que ele consiga.
Cena 4: Uma grande lição. (Apesar da impossibilidade de fazeres parte do meu dia-a-dia, é irremediável que já faças - ando contigo cá dentro - e farás para sempre minha querida F.)
Cena 5: As ondas de Virgínia Woolf um livro obrigatório (Vão já lê-lo caraças. JÁ!) que passou para o TOP de livros que se colaram a mim e com os quais andarei, a partir de agora, às costas mas que me tornaram a existência muito mais leve. Uma obra de arte para a qual olho embasbacada, babando-me até. Compreendo que ela não quisesse viver. Ser tão lúcida deve ser de enlouquecer. Ser tão verdadeira nos pensamentos, na admissão de todas as virtudes e de todas as falhas (na aceitação do ser e não ser e do não poder ser). Exaustivamente lúcida. Seis crianças cujo crescimento acompanhamos até à velhice. Na capa diz que há uma sétima voz. Discordo. Mas não vos digo quem penso ser essa sétima voz, para não vos influenciar, já que tenho em mim a arrogância de pensar que neste momento têm já o livro na mão ou não ligaram a, e passo a citar "Vão já lê-lo caraças. JÁ!" Seis universos intangíveis porque somos todos seres isolados. Vivemos todos em solidão. Conseguimos, às vezes, iludi-la mas ela é-nos inata, como respirar. É irremediável, o pensamento isola-nos. Vagueamos pelas seis cabeças, cada uma com o seu modo único, irrepetível, que se não pode partilhar. Senti-me um violador. Violei-lhes o que de mais íntimo tinham, o próprio ser. Andei por dentro deles qual seu sangue, viajando-lhes nas veias, nas artérias, pelos músculos e fibras do corpo, entrei-lhes no coração e na alma. E ao senti-los, senti-me também. Identifiquei-me. Condenei-me. Percebi que mesmo que nunca nos toquemos, somos todos inegavelmente parecidos. (Mesmo naquilo em que nos julgamos superiores ou inatacáveis). Eu culpada me confesso. Falho muito, muitas vezes. E por muito que tente melhorar, serei (para) sempre imperfeita.
Cena 6: Já me visitaram aqui? Vá então.
Cena 7: MUSA 2009 - http://www.festivalmusa.org/ - TEMOS CARTAZ. Passem palavra, enviem mails, twittadelas, postem nos murais dos amigos no facebook, gritem à janela, mas ajudem-nos por favor a erguer este GRANDE FESTIVAL que é o MUSA. Sabiam que é erguido com base em trabalho VOLUNTÁRIO? "Não sabiam... Ah ah ah não sabiam." Agora já sabem! Voluntariem-se, passem palavra e/ou vão até lá! 3 e 4 de Julho em frente à praia de Carcavelos.
Etiquetas: Cenas eu é que estou com cenas
:) tanta actividade!
bjs
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