domingo, 27 de fevereiro de 2011
Eis a última lição que te deu:
"Convém, até, que te percas."
E tu tudo bem que não tens pressa de chegar a casa da avozinha e há flores muito e muito lindas, pelo caminho, para admirar.
Grata por me abrir os olhos.
Etiquetas: Cenas eu é que estou com cenas, Com passinhos de criança percorro o caminho que QUERO, E é isto, Eu mereço, Hã?, VIDA
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Olha não é que hoje me apeteceu? PAM.
1) Ora, no que concerne (uso muito este termo no meu trabalheco realizado dia-a-dia por necessidade) ao primeiro Sábado depois das férias principiarem, o tal dia do festival ALIVE, cheguei à seguinte conclusão: ESTOU VELHINHA. Pois. Isso de estar 8h de pé em frente a um palco, sem possibilidade de beber água, rodeada de adolescentes a quem dou pelo sovaquito (o odor circundante não denunciava axilas, antes sovacos) e sem me poder sentar (tenho medinho de ir lá para baixo e já não voltar de tão espezinhada) já não é para a velhinha. Estive o concerto todo de Dave Matthews Band pensando com ardor e alternadamente: tenho sede; doem-me os rins; como é que eu saio daqui; não sinto os pés... aaaahhhh não sinto os pés; que pena não estar a aproveitar esta voz; que voz meu Deus; que música caraças; e eu aqui exaurida e velhinha...
2) Dia 13 onde é que eu fui, perguntam vocês algo comovidos com o meu regresso, o qual já não aguardavam pelo menos nos próximos dias. E eu digo-vos que não vos escondo nada, nem que em vocês haja algum stalker que esteja a planear cortar-me aos bocados. Ora, fui ao lançamento da segunda série dos Contemporâneos. Lá me ri por demais com aqueles meninos que para mim são os maiores como já disse e comprei a dita-cuja que é digna de ser revista ora pois.
3) Oh Bzuu! Esta é só para nós: ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah. Bzuu, bzuzinha há alguém mais ridículo que esta tua amiguinha? eh eh eh eh eh eh eh. Muito bom. Se eu me esquecer "desta" lembra-ma tu, daqui a uns anos, para nos rirmos mais um bocado. hi hi hi. Sou de bradar aos céus. E (também) tenho dito.
4) A sibila é, de facto, um livro riquíssimo. Não daqueles que me arrancam do chão. Mas estou a gostar muito. Ah pois é.
5) Pensamento de um dia passado: Se são infinitamente mais os livros que não li, que aqueles por onde já passeei os meus olhos e o meu entendimento, como posso garantir que o que escrevo não foi dito um dia, com as mesmíssimas palavras? Para que empunho (um)a caneta? - É à mão que escrevo. Sinistra. - Para me curar. Escrevo procurando a cura e sei que jamais a alcançarei. Sou o que sou. Escreverei sempre, apesar dessa impossibilidade. "Que remédio?!"
6) O ego fala muito alto e muitas vezes apetece-me mandá-lo à merda e dizer-lhe que não preciso dele para viver. Depois ele encosta-se a mim quente, pede desculpa e sussurra-me coisas bonitas ao ouvido. Arrepio-me e deixo-o ficar que isto de nos falarem ao ouvido, aquecendo-nos o pescoço, é irresistível, mas esforço-me por não perder a razão. O ego? É o gajo cá dentro que nos baralha os sentimentos e nos faz ver o que não existe e esquecer o que é real, genuíno e importante. Ego fica aí filho, mas voa baixinho como o crocodilo* se fazes o favor. Agradecida.
(*Expressão que a senhora minha mãe usa e que muito aprecio.)
7) Como gosto do sete, é no sete que vos digo, até já.
É verdade (não ponho o 8) para não estragar a magia...) continuo a mandar postas de pescada AQUI. Finjam que se interessam por mim e dêem lá um pulo. Sim? Obrigadinha. (PRECISA-SE DE APOIO MORAL)
Até já, então. Agora é que fui. (Já devia ter cozido o peixe, as batatas, as cenouras e os ovos. Cheira-me que hoje já não vai haver jantar. Sou tão baldas pá...)
(ou isso ou continuo a não gostar de peixe cozido. Não sei bem.)
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terça-feira, 16 de junho de 2009
Cenas e mais cenas
Cena 2: Sábado fui ver o meu AMIGO MOITA tocar. Foi a primeira vez que o vi num palco. Desde sempre me habituei a vê-lo no recolhimento do lar, de guitarra eléctrica nas mãos, como se lhes pertencesse. A seguir às falangetas a guitarra, membro único. Como toca bem o meu amigo. Vá-se lá saber porquê nunca (se) integrou (n)uma banda. Preguiça? Falta de oportunidade? Timidez? Não sei. Sei que agora faz parte dos Montecara e o vi feliz, realizado em cima do palco e fui contagiada por ele. Fiquei feliz também.
Cena 3: Conheci uma (outra) pessoa com a mesma paixão que eu. Achei piada adivinhar-lhe os mesmos tiques, os mesmos desejos, as mesmas expectativas. Espero que ele consiga.
Cena 4: Uma grande lição. (Apesar da impossibilidade de fazeres parte do meu dia-a-dia, é irremediável que já faças - ando contigo cá dentro - e farás para sempre minha querida F.)
Cena 5: As ondas de Virgínia Woolf um livro obrigatório (Vão já lê-lo caraças. JÁ!) que passou para o TOP de livros que se colaram a mim e com os quais andarei, a partir de agora, às costas mas que me tornaram a existência muito mais leve. Uma obra de arte para a qual olho embasbacada, babando-me até. Compreendo que ela não quisesse viver. Ser tão lúcida deve ser de enlouquecer. Ser tão verdadeira nos pensamentos, na admissão de todas as virtudes e de todas as falhas (na aceitação do ser e não ser e do não poder ser). Exaustivamente lúcida. Seis crianças cujo crescimento acompanhamos até à velhice. Na capa diz que há uma sétima voz. Discordo. Mas não vos digo quem penso ser essa sétima voz, para não vos influenciar, já que tenho em mim a arrogância de pensar que neste momento têm já o livro na mão ou não ligaram a, e passo a citar "Vão já lê-lo caraças. JÁ!" Seis universos intangíveis porque somos todos seres isolados. Vivemos todos em solidão. Conseguimos, às vezes, iludi-la mas ela é-nos inata, como respirar. É irremediável, o pensamento isola-nos. Vagueamos pelas seis cabeças, cada uma com o seu modo único, irrepetível, que se não pode partilhar. Senti-me um violador. Violei-lhes o que de mais íntimo tinham, o próprio ser. Andei por dentro deles qual seu sangue, viajando-lhes nas veias, nas artérias, pelos músculos e fibras do corpo, entrei-lhes no coração e na alma. E ao senti-los, senti-me também. Identifiquei-me. Condenei-me. Percebi que mesmo que nunca nos toquemos, somos todos inegavelmente parecidos. (Mesmo naquilo em que nos julgamos superiores ou inatacáveis). Eu culpada me confesso. Falho muito, muitas vezes. E por muito que tente melhorar, serei (para) sempre imperfeita.
Cena 6: Já me visitaram aqui? Vá então.
Cena 7: MUSA 2009 - http://www.festivalmusa.org/ - TEMOS CARTAZ. Passem palavra, enviem mails, twittadelas, postem nos murais dos amigos no facebook, gritem à janela, mas ajudem-nos por favor a erguer este GRANDE FESTIVAL que é o MUSA. Sabiam que é erguido com base em trabalho VOLUNTÁRIO? "Não sabiam... Ah ah ah não sabiam." Agora já sabem! Voluntariem-se, passem palavra e/ou vão até lá! 3 e 4 de Julho em frente à praia de Carcavelos.
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