segunda-feira, 2 de novembro de 2009

 

Acabei de ler este portento de livro

Na Edição que me foi oferecida, vinha também este (outro portento, pois.)

Qual é o apelo que vos faço? Ora, no Natal, ou nos anos, quando andarem angustiadíssimos sem saber o que oferecer a esta boa amiga eis que, como quem não quer a coisa (qual coisa? Here we go again...) vos digo que me faltam os seguintes "cromos" da colecção O Reino (Tetralogia):

a) Jerusalém
b) Aprender a rezar na Era da Técnica.

Apontaram? Vá, então. Não se esqueçam.

O que é que se me oferece dizer acerca destes dois livros que li de uma assentada? (Além de portento pois claro, que ando a aprender a não repetir ideias.)

Fosgasse! Mesmo assim a seco.

Nunca havia lido o que quer que fosse deste rapaz (Gonçalo M. Tavares) e embora já tivesse ouvido dizer maravilhas, confesso que atentando aos títulos algo em mim se retraía. Lá está, mais um dos pressentimentos ao lado de deia.

Dou-vos uma ordem (perdoem a voz esganiçada que não estou habituada a mandar): LEIAM-NOS.

Mais um livro que sublinhei exaustivamente. Mais um autor cujos pensamentos me hipnotizaram. Mais uma escrita a espancar-me, deitando-me por terra. Quando leio alguém que escreve, como escreve este senhor, envergonho-me das minhas aspirações. Adiante.

Fiz alguns TPC para o Gonçalo, mas ele não sabe. "Crime" cometido há largos anos. De nada servem as investigações, pois creio (e espero) já ter prescrito. O que me faz falar disto não é a denúncia da pessoa, para quem, com muito gosto trabalhei. Não. O que me faz falar disto é que foi nesse TPC específico que percebi, de forma mais consciente, o que isto da escrita me faz.

Embrenhei-me de tal maneira no texto, que ainda hoje recordo com uma nitidez imensa as horas que passei, na sala dos computadores do Departamento de Engenharia Florestal do ISA (escrevendo à mão, como mais gosto.) a transcrever a história que me ganhara vida na mente. Não sosseguei enquanto não a pus toda no papel. A palavra exacta é essa: desassossego. E, embora só uns anos mais tarde tenha percebido (a vida mo tenha esfregado na cara) que queria levar isto a sério, muito antes da idade da reforma (uma história que hei-de vos contar, por certo) foi nesse dia específico, em que o prazer teve, efectivamente, algo de consciente e não apenas instintivo, como até então.

Um agradecimento ao Gonçalo pelos TPC que mandava fazer aos seus alunos e aos quais tive oportunidade de corresponder o melhor que consegui, à altura.

Termino com palavras do Autor:

"Os tribunais privados, íntimos, impõem mais respeito do que a montanha."

"Quando a ferida não atinge a memória é insignificante, dizia."

"Johana olhou-o e saiu. Mas não chegou a sair mesmo quando já a 100m, no exterior, porque ainda o olhava."

"(...)nunca ninguém esteve assim tão apaixonado pelo amor como pelo ódio."

"Eis a vida: estranheza; até ao último instante, estranheza."

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