domingo, 1 de novembro de 2009
Como?
Minha linda só posso dizer que enquanto viver não ficarás desamparada, o que não quer dizer que não te sintas só, nessa dor. Na dor, ninguém nos pode valer. Mas passa. Tem fé. Olha para cima, enche o peito de ar. Deixa que as horas se sucedam. Não desistas. Nunca desistas. Há um sorriso em frente, estou certa. Dou-te a mão até lá. Não pares. Ainda que cansada, não pares. Também me dói. Acredita. Também o sinto. Vamos conseguir vais ver. Tem sido sempre assim. É longo o nosso percurso. Lembras-te? De saltar à corda, de rir, de brincar ao nosso segredo? Recordas-te? Das birras, dos amuos, de deixarmos de nos falar? E depois nada havia sido e continuávamos. Era assim. Continuará a ser. Falta-nos muito, ainda, até sermos velhas. E eu quero-te lá, na velhice, a dizer disparates. A rir. A olhar para os outros velhos jeitosos. Vá. Limpa as lágrimas, agita o corpo, sacode a angústia. Um passo. Depois outro. E qualquer dia já chegámos a outro lado. Confia em mim.
Amo-te.
Etiquetas: PENSAMENTOS
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