terça-feira, 3 de novembro de 2009

 

Curta

Anos sessenta/setenta. PORTUGAL.

“Ela gostava dele. Não tinha a certeza de saber o que era o amor. Casaram. Tiveram filhos. Ele tinha certezas. Amava o Roberto. Azar do caraças. (Chamar-lhe-ia produto da repressão, do medo, do preconceito exacerbado.)”

“O Roberto casou com a Adriana que o amava e o sabia. Tiveram um filho. O Roberto amava o Miguel, marido da primeira. Azar do caraças. (Chamar-lhe-ia angústia suprema para 4 pessoas.)”

A acontecer hoje, em Portugal*, chamar-lhe-ia egoísmo e falta de espinha.

*Aspecto importante este do contexto. (Portugal talvez seja um pouco abrangente demais. É com certeza. Lembro-me agora dos meios pequenos, tão díspares da vida citadina. Isto sou eu com as dores próprias a medir tudo pela mesma bitola. Volto ao mesmo. Não se pode julgar. Fico-me pelo caso que mais me diz. "Azar do caraças." Chiça que isto das "certezas" anda mesmo, mesmo pelas ruas da amargura.)

Etiquetas:


Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Website Counter
Free Counter