terça-feira, 18 de outubro de 2011

 

IDIOSSINCRASIA

Não. Não estranho que eu que gosto de pessoas terra a terra, de feiras e farturas. Do barulho das alegres gentes que se movem ao ritmo de música duvidosa, das que agride tímpanos e almas subtis. Do cheiro a sardinhas que se cola à roupa e ao cabelo. (Disso não gosto, gostando.) De dormir no chão duro de uma tenda, sem separação entre as costelas e aquela pedra que se não viu, no erigir temporário. De acordar nessa(s) doente de calor e falta de ar. Do cheiro a campo, pela manhã, ornamentado a pássaros que chilreiam existências simples, todavia, plenas. Dos arraiais, das cores e de arroz doce. Dos piqueniques em que se cheiram flores e merendas que deleitam: Rissóis, pastéis de bacalhau e croquetes; batatas fritas de pacote, dentro da sandes mista com uma rodela de tomate. Eu que adoro balouços e me doem saudades da feira popular que era em Entrecampos, ou que me comovo tão só com o alvoroço das multidões. Eu que exclamo e me detenho em reticências sem fim e prefiro a prata ao ouro. O cão ao gato. O golfinho ao tubarão. Banal na vida e no trato. Não. Não estranho que me sinta (tão) bem no lugar-comum.

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Comments:
GOSTEI TANTO MAS TANTO DESTE TEXTO PÁ! NÃO ESCREVES DIZES TU! TÁBEMABELHA!
BEIJOS MUITOS REPENICADOS :)
 
Que seria de mim sem ti?

Mais para ti ó! :)
 
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