terça-feira, 5 de junho de 2012

 

Pelos meus filhos morrerei, se precisarem que os proteja com o corpo.

Não abdico, todavia, da minha Vida (Interior). Precisamente porque os Amo o faço. Se há em mim alguma expectativa é que saibam Viver; que aproveitem cada dia como se fora o instante derradeiro; que não coloquem nos pés de terceiros o trilhar desse percurso a que se chama Felicidade, como se essa não desse mais trabalho do que inscrever 10 letrinhas numa folha de papel. Responsabilidade de cada um, sim. Não quero ver-me velha e eles a encararem-me com piedade, ou aperto no peito, que os aproxime por dever castrador, ao invés de carinho tão-só. Faço votos que quando me relembrarem seja para eles fôlego profundo, com cheiro a Liberdade, como todo o Amor deve acontecer.

T. e G. ajudei-vos a vir cá, agora é convosco. Estarei sempre por perto para sentir no rosto o vendaval das vossas asas. É o que espero dos dois, que voem. Que sejam fiéis a Vós próprios ainda que de hoje para amanhã as vossas escolhas e acções me possam agredir. Não me desiludirão, não sofram, por favor. Cá estou para aprender a aceitar-vos Inteiros. 

Por ora, dedico-me a amparar-vos o crescimento o melhor que consigo...

(Não é fácil caraças. Tão difícil saber o que hei-de fazer para não errar muito, sentindo que me engano demasiadas vezes.)

...Enquanto Escrevo; Leio; vou ao Teatro, ao Cinema e aos Concertos que me acicatam; estou com os Amigos; Namoro; Refilo; Perco a cabeça; Rio alto; Choro; Trabalho; Persigo as gentes das letras que admiro (Com muito maior contenção, note-se a cedência.); Respiro; Observo o Oceano; Sonho em adoptar dois ou mais cães (num apartamento nem pensar); ouço Pearl Jam, James, Dave Matthews Band, Alanis e outros que me fazem bem aos ouvidos e serenam a loucura; faço cursos e workshops das coisas que me alimentam a alma; falo com gente que me agrada e outra que estranho; vejo beleza nas cores que me rodeiam e me esforço por não sucumbir à fealdade do mundo; exemplos. 

(Como descrever a Vida vivida?)

Egoísmo seria fazer-vos reféns por abdicar de tudo o que me compunha antes de vocês existirem, cedendo ao  que alguns fantasiaram (e tentaram impor) que uma Mãe deve ser.

Sou uma mulher em construção. Perdoem-me qualquer coisinha.

P.S. Uma exigência (afinal até as tenho): Não adiram ao movimento dos desencantados. Far-vos-á mal ao fígado e a bílis, meus queridos filhos, é amarga 'comó' caraças. Sei porque já vomitei até à dita e não foi agradável. Estávamos nos anos 90 em V.N.Mil Fontes certa vez em que ainda acordei bêbada. Ah... Espera... Isto secalhar não era para contar. Eh eh eh.


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Comments:
Ah, VN1000Fontes! Espero que não tenha sido da vez do colchão! ;)

Pois eu acho que os moços têm muita sorte com a mãe que escolheram!
A ter defeito, e aproveitando palavras alheias, resume-se a «Doth I think too much» :D

Beijos bons
 
Nope! Foi de ouuuuutttra vez. Dessa vez só comíamos arroz com rolo de carne e bebíamos compal ou assim. :)

Agradeço a fé mas ando sempre com a sensação, "pronto agora é que o traumatizei. Agora é que foi." Sou tão histérica por deus. Quem dera não ser tanto. E não corar tb era importante. :)

Sorte tenho eu em poder viver-te. :) Quanto a eles não sei, a não ser que tento fazer o melhor que consigo...

bjinhos bons amiGuinho!
 
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