quinta-feira, 22 de outubro de 2009

 

Eu sei...

Que o Lobo Antunes isto e aquilo.

Que o Lobo Antunes arranjou meia dúzia de frases belíssimas que repete exaustivamente. (E de cada vez que o faz eu gosto.)

Que o Lobo Antunes recorre em demasia às citações. (Ou pelo menos assim se me afigura.)

Que o Lobo Antunes se acha o maior e depois diz que não, que está só a começar. Que nada sabe da escrita.

...isso tudo.
Sei destes (aos olhos dos outros) defeitos e apesar dos apesares adoro-o arrebatadamente.

Adoro o António Lobo Antunes. (Estou a gritar-vos isto. Vocês não vêem mas creiam que estou.) E só não digo que o amo porque para isso teria de saber mais da pessoa. Não se ama assim alguém por dá cá aquela palha. (Qual palha perguntam vocês. E eu respondo: Eu cá não sei, que não fui eu que inventei e não sou culta para saber quem de direito, ou se é um dito popular anónimo).

O raio do homem encanta-me pá. Ele entra na sala e enche-se-me o peito.
Ó António filho não sei se já chegaste ao coração da vida, ou ao coração dentro do coração, mas ao coração da Deia sim. És lindo. (E quando digo "lindo" não me refiro ao físico, embora tenhas aí um quêzito agradável, mas sim ao personagem que criaste para nós.) Fazes-me rir e sabes que eu gosto disso num homem. Num escritor então. Ui.

(Depois te porei a par do que penso deste "Que cavalos são estes que fazem sombra no mar?" Mas António, avanço já que começa mal, se mete corridas de touros e quê.)

E perguntam vocês: E livros deia? Isso é tudo muito bonito mas que livros leste dele?

E eu que nada vos escondo vos digo, sem qualquer pudor, que só li o "Ontem não te vi em Babilónia" e tenho ali na estante o supra-supracitado e o "Os Cus de Judas." E ainda não os li apenas porque este meu adorado tem mau feitio e ainda ando a digerir o primeiro do parágrafo presente. Ok?

Vá então.

Post scriptum

a) Ah é verdade. Obrigada pela frase do Einstein: "Deves fazer as coisas o mais simplesmente possível, mas não mais simplesmente que isso." Grande frase. Gosto.

b) Não me venhas com resmunguices que nada sei sobre ti para te admirar, e que o que te interessa é que eu leia os livros e as palavras e o silêncio no entremeio dessas, que ainda há bocadinho te ouvi dizer que admiras o Tony Carreira sem nunca lhe ter ouvido uma canção. (Já te li um livro.)

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Comments:
Sempre lá foste, melhér.

Fizeste uma bela descrição do rapaz. E acho que as contradições, e as citações só lhe ficam bem :)

Bom, também tenho os Cavalos para ler, ainda não comecei mas aposto que que mete tourada e rodeo, hi hi

bjs
 
Pois fui. Sabes como é que são aquelas molas que eu tenho qdo os meus ouvidinhos ouvem: "ah fulano/a de tal que te interessa vai estar no sítio xx" Vai daí desde que possa pego nas minhas tralhinhas e lá vou. eh eh eh. É lindo aquele senhor! bjinhos
 
Não sei como vou lidar com esse assunto tabu no livro... A ver vamos. :)

(ódepois fazemos uma tartuguia sim queridinha? Maxi.)
 
lol, adoro tartuguias :))
 
hi hi hi hi. :)
 
Pois, amiga, tenho de discordar. Já o entrevistei e achei a pessoa mais arrogante deste mundo. Também almocei com ele e apesar de ser mais simpático com o gravador off, não é uma pessoa educada nem trata bem os jornalistas. Tenho alguma dificuldade em perceber intelectuais que se consideram mesmo mais do que os outros. Foi a pior entrevista da minha vida e dificilmente virá outra que lhe roubará o torno!!!

Beijinhos grandes
 
Até a arrogância dele adoro.
A D O R O. Não almocei com ele, ainda, mas apreciava. E daria saltinhos de alegria que me tratasse mal e me mostrasse que não sou alguém. Que ando pelo chão qual rastejante, enquanto ele vibra mais acima, qual divindade. A ele perdôo isso tudo. Claro que não é a todos que tolero o comportamento descrito. A ele sim. Coisas da vidinha. Há pessoas com quem somos mais tolerantes. Com ele sou.

beijinhos para ti tb.
 
Ai credo! Se alguma vez eu ficaria contente de me tratarem assim... Certamente que não irias achar muita piada quando te dissessem que todas as engenheiras florestais são burras, colocando todas as pessoas no mesmo saco! Sou completamente contra... e ainda achei mais curioso quando anunciaram o namoro dele como uma jornalista. Afinal, não deveria ser assim tão burra. Não gosto da escrita dele, acho os livros uma seca e não gostei de o conhecer. Para a próxima, mando-te como jornalista. Boa? :) Beijinhos
 
Eu não sou tu. Parece-me um pormenor importante. Reservo-me o direito de querer e gostar do que me apetecer. Não me podes mandar como jornalista porque diz que sou engenheira florestal. E não almejo ser jornalista. Embora se na altura tivesse escolhido esse curso me encontrasse hoje mais próxima das palavras no dia-a-dia. Vi-o na televisão com a Judite de Sousa e li uma entrevista com a Alexandra Lucas Coelho e não me parece que as tenha tratado da forma que descreves.

P.S. Ele poder-me-ia dizer que todas as engenheiras florestais são burras, que eu, tendo noção que não sou, não me deixaria afectar. Rir-me-ia complacente e pensaria "Ó António a ti perdôo tudo que és tão engraçado nessa forma crua de ser." É como as pessoas que dizem que todas as mulheres bonitas são burras. Levas à letra? Não. Toda a gente sabe que há de tudo em todo o lado. E ele também sabe, mas gosta de chocar, de dizer coisas fortes e polémicas, para ser único. Quando é irremediavelmente parecido aos restantes mortais. As palavras dele têm a força que lhes queiras dar. Quanto a ter namorado uma jornalista (o que não sei se não terá sido invenção...) tenho a dizer que as contradições são o sal da vida e do próprio ALA.

Bejinhos minha linda.

Cada uma na sua. Boa?
 
Poxa, que comentário tão duro. Cada um é como é e cada um reserva-se no direito de gostar do que gosta. Daí o meu comentário. Achei apenas que podia partilhar um episódio significativo com o senhor. Parece que fiz mal. Tens o senhor nos píncaros e pouco admites que se tenha outra opinião. Realmente, eu não sou tu porque jamais aceitaria de ânimo leve as coisas como tu pareces aceitar. Quanto às entrevistas em televisão, conheço histórias de jornalistas que saíram a chorar depois de o entrevistarem... portanto, sei do que falo. De qualquer forma, fico pasma em afirmar que todos os jornalistas são burros e aceitar convites para promover o seu trabalho. Afinal, precisa deles.
Agora uma coisa é certa: não volto a comentar aspectos negativos dos teus ídolos porque me parece que os teus comentários se tornam menos simpáticos do que o habitual. Sublinho a frase: "Eu não sou tu e isso parece-me um pormenor importante" e reforço com um: "cada uma na sua. Boa?". Na boa.
 
Cláudia parece-me que quem não aceita opiniões alheias és tu. Do que leio do que escrevi apenas reafirmei a minha posição de cada vez que me vieste apresentar argumentos. Pelos vistos tb fiz mal. Deveria ter-me calado talvez, em vez de defender o meu querido ALA.

Estamos de acordo quanto ao eu não ser tu nem tu seres eu. (Aqui tudo pacífico.)

Há sempre vários lados para uma mesma história. Sabes do que falas de algumas perspectivas, aceito. Não podes tomar isso como verdade universal. O que para ti (e para os casos que testemunhaste) é mau, para outros pode não ser ou corres o risco de cometer o mesmo erro dele e meter tudo no mesmo saco.

Quanto a não voltares a comentar, se é porque respondi então é melhor, porque tal como tu, também gosto de meter sempre (quase sempre, vá) a minha colherada.

Quanto ao Boa? Em que é que difere do teu boa? Só se for porque não fiz o smiley.

Beijinhos e olha que estas coisas fazem parte. Não podemos estar sempre de acordo em tudo. Cada pessoa tem a sua maneira de ver a vida e nem sempre é possível chegar a acordo.

Se já assististe aqui a "discussões" minhas com o Bilas na caixa de comentários então já testemunhaste que a minha "falta de simpatia" se revela quando defendo:

a) aquilo em que acredito
b) aqueles de quem gosto
c) aquilo que quero.

Sou sempre justa? Não.

Sou muitas vezes altamente subjectiva e facciosa. Pois.
 
Oh Andreia, eu não estou a pôr tudo no mesmo saco. Não posso é concordar com o que escreveste sobre o senhor e decidi partilhar mas talvez não tenha feito bem. Longe de mim tomar este comentário como verdade universal. Nunca o faço e não era agora que o faria. Aliás, não vou continuar a alimentar estes comentários porque acho que estou a perder demasiado tempo a falar de uma pessoa de quem não gosto, que não admiro e que não me diz nada. Além disso, acho que podes cair mesmo no erro de não estares a ser justa para comigo e não me apetece uma "discussão" com uma amiga via blog.

Beijinhos.
 
Ora aí está uma decisão acertada. Beijinhos.

(é que eu não me controlo e passo a vida a responder...)
 
Pois, já percebi...
 
Mas a senhorita tb não me fica atrás não pense... :P
 
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