quinta-feira, 22 de outubro de 2009
JP
Quase todos os dias me lembro de ti. Não todos. Porém, quase.
O que é que fazes aí?
Que dizes?
Não te ouço.
Falas desconexo e eu não te entendo.
Volta para aqui. Deixa-te de merdas.
Ficou tudo por fazer aqui. Ouves?
TUDO POR FAZER.
O que é que te deu para ires assim?
Que descuido foi esse? Que fatalidade?
Que segundo terrível foi esse, em que os que te amavam te perderam irremediavelmente e tu a eles?
Isso não tem dois sentidos?
Se tem deixa-te disso e volta pá.
OUVES?
Nós ainda te ouvimos o riso e a voz. Os passos pesados de homem grande por fora, principalmente por dentro. Não te vemos.
E temos muitas saudades de o poder fazer. Seria bom poder abraçar-te. Hoje é certo que o faria. Embora não me recorde de alguma vez o ter feito.
Não abraçamos mais os outros porque nunca acreditamos que a vez presente pode ser a última.
Hoje, se me abrisses de novo o portão verde...
Etiquetas: AMIZADES, GRITOS DE REVOLTA E INDIGNAÇÃO, SAUDADE
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