sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

 

(Se eu pudesse falar com Deus...)



http://www.youtube.com/watch?v=loNU4fVpO8E

Um ano.

É inacreditável que um ano tenha passado João. Continuo a recordar-te incrédula de não te voltar a ver. E se aqui te falo a cada 22, não é por achar que faço algo relevante. É precisamente por saber que nada sou nesta tragédia. Nada posso. Revolto-me, somente, na minha pequenez, a cada dia que passa. Estas coisas acontecem mesmo. Acontecem aos nossos. E não é assimilável que isto possa acontecer aos nossos. Não digiro a tua morte, sabes? E é a primeira vez que me acontece não digerir alguma coisa. Tenho tido episódios na vida duros, difíceis, amargos. Mas tenho sabido aceitá-los. A tua morte não. E não por termos sido próximos e me fazeres uma falta imensa. Não é bem isso. Sabemos que não éramos chegados. Antes duas pessoas que se conheciam desde crianças, com outras de quem gostamos muito em comum. O que me custa a engolir é a devastadora injustiça desse segundo decisivo em que foste ceifado. Ceifado é o termo. Estavas a crescer ainda. Tinhas tudo pela frente para viver. Muito ainda para dar aos teus e roubaram-te isso. Roubaram-lhes isso. Despojaram-vos dos muitos "365 dias" que ainda poderiam ter estado juntos. É por ti e por eles que não me conformo e que não me calo. Ele há-de saber que Errou(?).

- Ouves? Erraste. Não vejo outra explicação: Também Te Enganas.

Até já João.

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