domingo, 13 de junho de 2010

 

AGORA A SÉRIO

Poucos aguentam "The real thing". Por isso é que se sobrevive fingindo-se não se importar. O que é duro. Porque como diz Henry "Não te importares é o mesmo que não amares." E não raras vezes não temos dúvidas que amamos (e somos correspondidos) deveras (por) outrem. Há, todavia, outras interrogações, cintilações, "possibilidades" que nos sussurram amores idílicos e sentimentos talhados (decerto) no céu. Um começar limpo que garanta que não somos/acabamos como os restantes. E somos/acabamos todos como os restantes. Que não restem dúvidas que com gradações todos nos assemelhamos e todos nos amamos crentes que a nossa história é ÚNICA.

E não é.

Jamais será.

A banalidade virá e com essa a dor, eventualmente (um)a traição, possivelmente o perdoar e andar para a frente, silenciando o orgulho, acarinhando o amor (ou a falta de auto-estima consoante os casos); ou chegará a incapacidade de encaixar o que nós mesmos já fizemos ou tivemos vontade de fazer e frustrados com a falta de coragem, disfarçada de nobreza, castigamos aquele que arriscou e nos ofendeu com a sua audácia.

Qual de nós quer realmente saber o que pensa o outro?

Qual de nós suporta que o seu amor deseje outrem?

Qual de nós admite que tem vontade de errar?

Creio que nada disto põe em cheque o Amor. (Reparem: o Amor.) Concordo com a miúda da peça. A que tem a visão mais livre do dito. Mas é difícil/impossível ser ela. É utopia a verdade. A crueza com que a mesma nos presenteia é tempero por demais desagradável.

Há pouco li um pensamento de Kafka que cai aqui como uma luva (pelo menos para mim). Dizia o gajo:

"Um primeiro sinal de que o conhecimento começa é o desejo de morrer."

Trunquei-o porque o resto já não se adequava ao seguimento da minha ideiazinha.

Se se vivesse constantemente em "verdade", com a "verdade" de cada um que nos compõe a existência, não sobreviveríamos. Esta é a minha verdade.

Aceito as minhas limitações, convivo com as daqueles que amo e sonho. Sonho muito. Porque a realidade é para os honestos corajosos e eu, como disse outrora, não passo de pusilânime ser.

Ainda que um dia te diga vá "Agora a sério". Não ligues. Não aguento. Deixa-me acreditar tanto, para sempre, em ti.

(MEXIA QUERIDINHO ESTÁS LÁ!)

(SENHORES ACTORES GOSTEI MUITO.)

(O CENÁRIO? ESPECTACULAR MÉNES!)

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