segunda-feira, 7 de junho de 2010
Não me peças para te salvar.
Jamais hei-de o fazer.
Sou somente uma pessoa.
Tão perdida quanto tu.
O sorriso é uma (minha) escolha.
Todavia a miséria semelhante. A incerteza também.
A mágoa é de cada um.
Não queiras que chore por ti.
Nem eu, nem outrem.
Não te peço que o faças comigo.
Chorei sempre sozinha,
e foi só que as lágrimas (mais pesadas) limpei.
O sorriso que hoje envergo,
pode agredir a quem
julga que só existimos no mundo
se apiedarmos alguém.
(Recuso esse modo de estar. Nele vivi há muito e ao mesmo não hei-de voltar.)
Ainda que dilacerada,
não espero que penem por mim,
porque cada passo que dou
é meu, fui quem o escolhi.
Nada tenho para te dar.
Não sou heroína.
Nunca o fui.
Perdoa se com a minha aparente força
acabei por ter enganar.
Faço o melhor que posso,
para prosseguir vivendo:
Limito-me a respirar.
(O resto? Coincidências e vagas que me vão transportando. Se me afogar, fá-lo-ei, como no momento do parto: eu, vísceras e sangue. Que nenhum "doutor" me auxilie que hoje já tenho pernas para andar. Que ninguém sofra pelo meu percurso fui eu quem o quis trilhar.)
Andreia Azevedo Moreira
11h41 de 06/06/2010.
Etiquetas: Desalento, GRITOS DE REVOLTA E INDIGNAÇÃO, PENSAMENTOS
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