quinta-feira, 15 de julho de 2010

 

Pensamento do dia (a dia):

Se é certo que sem escrever não vivo,
sei com as entranhas que sem viver não escrevo.
Entre o que vivo que escrevo
e o que escrevo que vivo (mas não experiencio deveras)
reside o segredo para não me perder.
Não me digam: OPTA.
Não posso.
É nesse precário equilíbrio, dia-a-dia estabelecido, que habito e sobrevivo.
Desconheço para onde vou. Em cada acordar caminho.
Faço o melhor que consigo enquanto respiro e escrevinho.
Uns dias escreverei com ardor, outros serei somente.
Haverá momentos de criação
e outros tantos de elementar existência.

Quando morrer as duas sucumbirão:

A minha escrita e a minha vida.

Cessarei.

Não me saberão apontar (assim o espero) o que melhor consegui:

ESCREVER ou VIVER, porque não pretendo que se distingam.
Não (re)clamo, até, que me demarquem.
Sou vida escrita vivida.
Sê-lo-ei sempre.
Ainda que perenemente despicienda(s) para os restantes.

Assim, se escuto a redutora pergunta:

"Interroga-te se viverias se não te permitissem escrever?"

(Bem sei que grandes individualidades a formularam.)

Logo outra se me coloca (aos berros):

"Interroga-te se escreverias se não te permitissem viver?"

"NÃO": a (minha) peremptória resposta a ambas.

Por isso aos interrogadores que me angustiam e exasperam coloco as seguintes questões:

"O que é que (tanto) vos falta para o (ESCRE) (VI) VER?"

"Porque (raio) tenho de escolher?"

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