sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

 
Com ele aprendi a sentar-me no chão, sem medo das manchas que se me atirariam à roupa. Molhei calças sem me importar. Olhei incrédula para as mãos, enquanto as enterrava na areia. Permiti-me unhas encardidas de terra e de relva. Dei festas a cães que não conheço e não me lembrei de ter de as lavar. Observei-o enquanto aferia a rugosidade do alcatrão e coloquei a minha mão bem perto da sua. Preto. Quente do sol. Cheirava a pneus e a pastilhas elásticas. Tantas texturas se me revelam agora. Reaprendo um olhar puro, sobre todas as coisas. Para quê “Não te sujes”, “Põe-te direito”? Regras que não entendo. Guardo-as na gaveta dos classificados. Pouco me interessam. Enfrento o escuro por ele e é com ele que avanço estóica na treva. Que a não tema tanto. Fecho a porta ao discernimento. É tempo de sentir.

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Comments:
E que lanterna maravilhosa!
 
:) bj ma friend.
 
ja te disse que tenho orgulho em ti? este ano se calhar não :)
 
:) ehehehe. Este ano ainda não. Agradeço e retribuo! (que é o que se diz nos votos das boas festas. Mas é sentido!)

bjinhos
 
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