quarta-feira, 18 de novembro de 2009

 

É isso Gonçalo...

Uma ideia me chamou a atenção nos livros "Um homem: Klaus Klump" e "A máquina de Joseph Walser". Uma ideia por demais inteligente.

Para acabar com as "guerras" das quais discordamos, temos de fazer parte da engrenagem, ser peça pequena, aparentemente despicienda. É preciso dizer aos outros que não temos importância, para que não nos vejam como alvos.

Reservarmo-nos de combates brutais, no imediato, que a nada levarão.

Enquanto peça pequena aguardaremos pelo momento em que a falha dessa provoque o tumulto, o vacilar, quem sabe a ruptura da engrenagem.

Uma pequena avaria a fazer mossa no todo.

Assim tem de ser com o mundo em que vivemos.

De nada adianta erguermos escudos e espadas aos grandes. Gritarmos os nossos argumentos. Tentar demovê-los da sede de poder que os cega.

Esmagar-nos-iam como insectos.

Porém, se nos fizermos brandos e inócuos não tentarão destruir-nos, pelo menos para já e ganharemos tempo, para fazer com que a nossa peça pequenina conquiste o seu papel na luta que quisermos encetar.

Não raras vezes vezes é mais útil a espera, que a sofreguidão pela vitória das causas em que acreditamos.

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