quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
RUÍNA(S)
Que desnorte. Tudo o que tinha, o que havia, o que me rodeava, escombros.
(Por pouco não me encontrava.)
Ao acordar entendi: Nada me falta. (E falta-me tudo.)
Não obstante, as perguntas:
"É possível destruição tamanha?"; "Prossigo?"; "Como?".
(Insistem em bater-me essas perguntas.)
Estou só.
(Já estava. Vejo-o agora.)
Escuto coros de choro, o(s) desespero(s), gritos de dor(es).
Uivos, até.
Perdemo-nos uns dos outros neste puzzle aterrador.
Tentei ajudar outrem. Puxei. Era somente uma mão. Desistira do corpo que ficara para trás.
Esmagado.
(Impotente.)
Esquecido da vida de outrora.
Fugir?
- Não posso.
Fico portanto. Refaço-me do pranto para o qual não tenho tempo. Ergo-me nas pernas que, felizmente, ainda detenho e
VIVO.
Começo por este muro.
Uma pedra (perda). Outra pedra (perda).
Sacudo as perdas (pedras). Não há tempo agora para o pesar.
Uma pedra (perda). Outra pedra (perda).
Engulo as perdas (pedras).
Não há tempo agora.
(P’ra chorar.)
Uma pedra (perda). Outra pedra (perda).
Erijo-me a pulso com a alvenaria que em mim havia.
(Sem o saber.)
Se no espaço de um minuto tudo ruir,
construo de novo. (Desde que eu em mim.)
Teimosia?
Instinto?
Esperança?
Uma pedra. Outra pedra.
Tantas perdas.
Andreia Azevedo Moreira
16/01/2010
(11h20mn)
Etiquetas: Da dor alheia que fere como se nossa, GRITOS DE REVOLTA E INDIGNAÇÃO, PENSAMENTOS
Só lhe tirava os parentesis (parenteses, paréntesesss, ??)
Fiquei tão comovido que me deu vontade de ir *parming e sentir o contacto com a terra... ehehehe
Parêntesis ou Parênteses. Assim se fala em bom português. É assim querida Lúcia, os parêntesis ou ses estão para mim como as minúsculas estão para o valter hugo mãe ou as drogas para a Amy Winehouse ou os cloroplastos para as plantas. Preciso deles. Mais, fazem parte de mim. (Ab)Uso-os já desde os tempos de Professor Alexandre. E se não foi esse pequeno barbudinho a vergar-me não serás tu, por certo, que guardavas 3 segredos e só os revelaste já as cenas tinham acontecido. Como tal desampara-me a *loffial.
Ouve lá, não valemos nada. Até em momentos que se queriam solenes dizemos merda. Chiça.
(Como será o Inferno?)
bjs menino.
Eu também gosto de parêncesesss. Também sou uma grande lambona!
Não lhe disse os segredos porque a menina não tinha estofo espiritual para os entender. Qualquer dia digo-lhe o quarto.
Entretanto vou comer uma taça de cereais reglog com leite.
(É que não adianta corrigir-lhe os erros porque a menina lá dizer "similar" sabe, agora escrever como deve ser parêntesis 'tá quieta ó Lúcia.)
Conte quando quiser que sabe que sou um túmulo.
Vais comer cereais com leite... de soja que és uma coninhas e borras-te toda com o de vaca...
Enfim.
Deste-me cabo da profundidade é o que é...
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