sábado, 20 de fevereiro de 2010

 

Twitter deia's list: DEIA CURTE A CULTURA


QUINTA-FEIRA: O que é que precisam mais para atentarem nessa portentosa iniciativa que é o Poesia em Vinyl hein? Não contem comigo para vir aqui constantemente contar-vos coisinhas giras pá, porque não sei se sabem, mas ouvir/ler não é o mesmo que viver e eu nem sempre poderei ir, derivado a outras cenas da minha vida privada, que fiquei a saber pelo Mexia não é o mesmo que a minha vida íntima. O que por sinal é uma chatice porque descubro agora que tenho de fazer uma pausa de instrospecção para perceber o que é que me é íntimo, e o que é que me é privado discernindo, espero, o que de ora em diante vos posso contar. Na volta já meti água e sabem mais de mim do que seria desejável. O que é que perderam ó meus 'grandas' teimosos? Desperdiçaram mais um belo serão de conversa descontraída sobre poesia e o poeta que a escreve. Neste caso o Mexia. Perderam ainda as leituras escorreitas e cativantes do Carlos Vaz Marques (aquela voz nossa conhecida do Pessoal e Transmissível, do Governo Sombra, etc. e tal) e a performance bem humorada do artista Samuel Úria - Samuel queridinho: caracol, pauzinhos ao sol ou lá o que era? Menos, Samuel. Menos... De resto tudo Ok. - mais a sua bela voz. Não relembraram a Rosa com o seu 'Chamar a música' também pelo Samuel. Falharam a oportunidade de fazer perguntas aos presentes (Deixem lá que eu também. O dia em que serei capaz de elevar a voz perante uma plateia, para dizer o que quer que seja, será talvez somente aquele em que me vendo aflita diga em bom tom: ACUDAM! ou assim. De resto não estou a ver. Fico com as perguntas para mim é o que é.) E, mais uma vez, não jantaram com amigos num restaurante que prima pela qualidade (Sim Bzuu os senhores estavam desorientados. Mas era muita gente e nós desculpamos pois é?), não beberam um bom vinho, não riram, não estiveram presentes e fizeram falta pá. É isto.

SEXTA-FEIRA: BLACKBIRD no TDMII (acaba amanhã, se ainda vos for possível não percam.)

Xiiii. Não sei o que dizer, como o fazer, ou por onde começar. Tenho, ainda, uma bola de futebol no estômago. Disseram-lhes que o seu amor era doentio. Falaram-lhes em aberração e eles acreditaram. Leram livros que confirmassem o mal. Documentaram-se, encheram-se de dúvidas, revoltaram-se, perderam. Essencialmente perderam. (Tantos anos.) E eu não sei dizer porque foram apartados aqueles dois. Se por estrangulamento da sociedade que não admite as excepções, se porque havia, de facto, algo de errado com ele(s). Até que ponto a verdade corresponde às imagens que os olhos nos devolvem e a mente processa? A náusea apoderou-se de mim. Não soube que partido tomar. Ignorei que opinião formular (e se eu sei ser irritantemente sentenciosa). A dúvida instalou-se (Recordo outra peça com esse nome "Dúvida". Magnífica. No MM com Diogo Infante e Eunice Muñoz entre outros. Outra abordagem ao mesmo tema.). Não sei. Simplesmente: Não sei. O meu lado perverso e condenador a digladiar-se com o meu lado devoto ao Amor. "Esse" para quem não há obstáculos, espartilhos, regras. Apenas um "respirar", um "existir" inexplicavelmente ainda que terceiros ordenem (um)A explicação para o ocorrido. Não sei se eles foram doentes, se tão só se amaram e em redor ninguém soube entender. Eles tão pouco. Também eles quiseram crer que não passara de um episódio funesto. E, no entanto, sem se esquecerem. Uma vida inteira (quinze anos dá uma vida, adolescente, é certo, ainda assim, uma vida) sem que a moléstia se curasse. Por conseguinte: o (inevitável) confronto. O embate melhor que o silêncio. Os pontapés, os gritos, as agressões, mais suportáveis que a(s) dúvida(s), as omissões. Quinze anos volvidos ainda o desejo, porém, o medo. No fim o Amor? Ou a dúvida indelével? Uma bola de futebol no estômago é o que vos digo. Ainda a tenho aqui a agoniar-me. Nem sempre o que parece é, ou o que é (a)parece.

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Comments:
LOL menos caracol...menos chalaça na carapaça
:DDDDD
uma bela noite foi o que foi
pois que os senhores são desorganizados e eu como cliente tenho o direito de ser exigente pois tenho mas não conseguiram estragar a noite...a repetir sempre

quanto ao blackbird já sabes a minha opinião...enquanto conseguir ver uma nesga de amor opto por essa hipótese...apazigua-me a angustia...isso e o baileys :D
beijos companheira de "cóltura"
 
Pois pá. Espero que sim que aquilo fosse amor e que as pessoas em redor tenham sido mas é maldosas e cegas. Antes isso que a outra cena. A que nos é deixada no ar de propósito. bjinho gd e 'té manhã às 13h05 no coxo jeitoso.
 
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