quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

 

COMBATEREMOS A SOMBRA


Ora aqui está um livro absolutamente arrebatador. Um livro que me gritou: ACORDA! Olha para o mundo em que vives de uma vez por todas! Muitas vezes afirmo que "Gosto mesmo MUITO de ser ingénua". Tenho noção que em muitos casos ser ingénua equivale a ser IGNORANTE, mas há realidades no mundo que eu não me sinto capaz de DIGERIR. Situações que me desesperam e nas quais sinto ser INCAPAZ de intervir para mudar ou melhorar ou denunciar ou o que quer que seja para as combater se as achar perversas/malignas/insidiosas/injustas/nojentas/violentas/etc. Sinto-me um insecto pequenino e eliminável com grande facilidade. E por isso é-me mais fácil se não souber de certas coisas. O que é que se chama a isto? Comodismo, talvez até cobardia, ignorância pura no saber como agir. O que fazer? Como fazer? Num mundo em que se SILENCIAM "facilmente" as vozes dissonantes, aquelas vozes que se erguem qual David contra Golias (um venenozinho mortal aqui, um balázio na cabeça ali, uma ameaça velada aos que são queridos...) ... Vivemos todos com MEDO do que possa acontecer ao próprio rabinho. Em toda a história têm havido pessoas que se sacrificaram em prol da verdade, da justiça, da HUMANIDADE pode mesmo dizer-se. Cá... Cá vivemos num país pequeno, mas mesmo neste país pequeno há pessoas que se consideram grandes, consideram-se até maiores do que os outros. Pessoas que nunca abandonaram os tiques ditatoriais e esperam serenamente poder exercê-los novamente E de forma declarada. Estão muitos apenas à espera de poder fazê-lo ABERTAMENTE. Porque, actualmente, já o fazem, mas camufladamente. Vivemos numa democracia? Duvido... Muito... Quando as pessoas têm medo no seu dia-a-dia de falar, de expôr as suas opiniões, quando se tem à viva força de ser politicamente correcto, esconder crenças e convicções sob pena de se perder, por exemplo, o trabalho... Que raio de democracia é esta? Sim, sim, podem votar em quem querem, por enquanto o voto é secreto, mas livrem-se de elevar as vozes contra o poder instituído. E para mim que não tenho cor (não creio em ninguém) o que me parece é que o poder instituído é o do DINHEIRO. Não há política ou religião que bata o DINHEIRO. Esse é o verdadeiro deus da actualidade e inerente/coladinho ao dinheiro o PODER. Quanto mais dinheiro mais poder e vice-versa. QUE FAZER de um mundo assim? E é neste contexto que eu acho que este livro da Lídia Jorge é de uma CORAGEM AVASSALADORA! Que grande MULHER! Que grande VOZ! E apesar de ser mulher esta expressão adequa-se: QUE GRANDES TOMATES! A minha vénia! O meu RESPEITO. A minha ADMIRAÇÃO! É com pessoas destas que eu ACREDITO ser possível COMBATER A SOMBRA! É com PESSOAS destas que o mundo poderá ter uma HIPÓTESE!


Admiro quem não se cala, quem não desiste!

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