sábado, 29 de outubro de 2011

 

DO EXORCISMO - INSTANTÂNEOS XIII

- Que curso é que tirou?
- Estudos portugueses.
- E eu?
- Qualquer coisa verde, ou direita?
- Quantos anos tem?
- 50
- E eu?
- 27?
- Morno. Mestrado?
- Sim.
- E eu?
- Nada.
- Doutoramento?
- Sim.
- E eu?
- Zero.
- Parece-lhe, por conseguinte, pertinente dizer-se que ao pé de si possuo o conhecimento de um protozoário?
- Hum... Pois.
- Que livros leu?
- Li e reli muitas vezes todos os que importam.
- E eu?
- Temo que não chegue a consegui-lo. É parco o tempo que lhe resta.
- Então não me foda e não se ponha para aí com expectativas que jamais poderei suprir. Não sei falar consigo. Abro a boca e saem bolhinhas, como aos peixes, entende?
- Não.
- Não posso discutir o que quer que seja consigo. Falta-me o ar e a visão.
- Está bem.

(Depois disto ficaram grandes amigos. Nunca conversavam.)

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

 

05/10/1993 - 28/10/2002



Amo-te foquinha. Até já.

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

 

Temos de falar...

Então vem para aqui uma alminha divulgar-vos coisinhas giras para irem assistir, como por exemplo a prelecção de ontem sobre literatura de humor, para apresentação da apetitosa colecção da Tinta da China e vocês baldam-se?

Leram o cartaz mais abaixo? Por deus, aquilo era com os geniais e inefáveis Abel Barros Baptista e Ricardo Araújo Pereira (E abro um parêntesis para informar que se me dividiu o coração e não pude decidir, nem tenho a certeza de qual eu gosto mais, ta raran ta raran. Eis que o encerro.) e vossas excelências nickles potatoes?

Então mas então?

Porque estou aperreada? Questionam-se já um pouco incomodados com a minha inquirição.

Porque, meus amigos, sucedeu que se tratava de auditório repleto de miúdos dos primeiros anos; – Ou então é aparência de 18 ou 19 em corpo de 25, não sei. - alguns docentes, o Carlos Vaz Marques, a malta da Tinta da China, o RAP o ABB e eu. Eu que não sou carne nem peixe. Que me visto à teen não disfarçando, todavia, o ar de trintona. Que não entendo, lá está, todas, todas as eruditas piadinhas. Eu que corro ofegante atrás “deles” sabendo que o atraso é irremediável. (Não desistirei, não se preocupem, que resiliência é o meu nome do meio. Criam ser Azevedo? Pois.) Era eu, miúdos (muitos miúdos), os organizadores e a minha Bzuu - Companheira de todos os devaneios. - do lado de fora, que não conseguiu entrar por causa dos 347 indivíduos apinhados no interior do recinto. E vocês pá? E vocês que pertencem à minha faixa etária, ou superior, gostam do RAP, do Abel, de Literatura e gargalhadas?

Talvez tenhamos de rever a nossa relação.

O coiso lá de baixo continua só com dois membros; não me aparecem nos locais que vos sugiro; passam dias sem uma palavra, uma atenção, um postal virtual. É triste. Toda a gente sabe que a plantinha tem de ser regada, nem que seja com uma mijinha.

Porém, como sou boazinha e a palavra rima com mijinha, deixo-vos com o (meu) detalhadíssimo testemunho do que se passou. Pode ser que da próxima - SIM. HAVERÁ PRÓXIMA(S). - se abalancem no ir.

Fartei-me de rir.










2 Bónus:

Dica de RAP - Adquirir na internet “How to tell a story” do Mark Twain.

Anedota por ABB – Qual a última palavra de Dodi para Diana no túnel? D(aaaaaa)I! (Isto em falado foi muito e muito bom.)
 
LINK: https://www.facebook.com/#!/pages/FCSHNOVA-P%C3%A1gina-Oficial/211643438860565 

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terça-feira, 25 de outubro de 2011

 

deus porque me não equipaste com o dom da ubiquidade?

Esta? Foi aqui que encontrei.

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Vozes celestiais ecoam nos meus ouvidinhos...

A imagem? Saquei daqui.

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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

 

A des(H)umanidade matou uma menina.

Está doente o mundo e eu moribunda com ele.
Cai-nos uma vida aos pés e passamos lestos.
Comemos indiferença como mordemos saborosa e sumarenta maçã.
Rostos altivos ignorando o crime de todos.
Está doente o mundo e eu choro por ele, por mim, pelos homens.
Por aquela criança sem nome, semblante, ou futuro.
Quantos minutos de dor até que alguém ouça um brado mudo?
Que barulho faz o termo de uma existência?
Está doente o mundo.
Uma mãe foi mutilada.
Quantas mãos amordaçam a(s) consciência(s)?

Andreia Azevedo Moreira.
22/10/2011

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sábado, 22 de outubro de 2011

 

Leituras porvir

TO SOME I HAVE TALKED WITH BY THE FIRE

by: William Butler Yeats (1865-1939)

While I wrought out these fitful Danaan rhymes,
My heart would brim with dreams about the times
When we bent down above the fading coals
And talked of the dark folk who live in souls
Of passionate men, like bats in the dead trees;
And of the wayward twilight companies
Who sigh with mingled sorrow and content,
Because their blossoming dreams have never bent
Under the fruit of evil and of good:
And of the embattled flaming multitude
Who rise, wing above wing, flame above flame,
And, like a storm, cry the Ineffable Name,
And with the clashing of their sword-blades make
A rapturous music, till the morning break
And the white hush end all but the loud beat
Of their long wings, the flash of their white feet.

"To Some I Have Talked With by the Fire" is reprinted from The Rose. W.B. Yeats. 1893.

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

 

A ver se é neste FDS que o papo todo*.


*Pensaram logo em traquinices, não é seus malandrecos?

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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

 

Quem quer casar com a carochinha?

Não?
E serem meus amiguinhos do google?
Também não?
Eh pá também nada vos agrada.
E eu tudo bem.

(Está lá para baixo à esquerda.)

(Só naquela, se mudarem de ideias.)

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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

 

OBRIGADA

Gente que se importa. Gente que faz falta.

http://cuidadores-alzheimer.web.ua.pt/

Parabéns pelo prémio.

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terça-feira, 18 de outubro de 2011

 

IDIOSSINCRASIA

Não. Não estranho que eu que gosto de pessoas terra a terra, de feiras e farturas. Do barulho das alegres gentes que se movem ao ritmo de música duvidosa, das que agride tímpanos e almas subtis. Do cheiro a sardinhas que se cola à roupa e ao cabelo. (Disso não gosto, gostando.) De dormir no chão duro de uma tenda, sem separação entre as costelas e aquela pedra que se não viu, no erigir temporário. De acordar nessa(s) doente de calor e falta de ar. Do cheiro a campo, pela manhã, ornamentado a pássaros que chilreiam existências simples, todavia, plenas. Dos arraiais, das cores e de arroz doce. Dos piqueniques em que se cheiram flores e merendas que deleitam: Rissóis, pastéis de bacalhau e croquetes; batatas fritas de pacote, dentro da sandes mista com uma rodela de tomate. Eu que adoro balouços e me doem saudades da feira popular que era em Entrecampos, ou que me comovo tão só com o alvoroço das multidões. Eu que exclamo e me detenho em reticências sem fim e prefiro a prata ao ouro. O cão ao gato. O golfinho ao tubarão. Banal na vida e no trato. Não. Não estranho que me sinta (tão) bem no lugar-comum.

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sábado, 15 de outubro de 2011

 

Dia 15 às 15h

A culpa também é minha que me desresponsabilizei, me demiti das minhas obrigações enquanto cidadã. Virei a cara num "não percebo e não quero entender" imaturo e irresponsável. Limitei-me a votar crendo que "são todos iguais" e que é tudo maior do que eu, para fazer diferença qualquer atitude. Não procurei informar-me, não tentei descortinar os telejornais e os comentadores, não li mais do que os suplementos culturais dos diários. Não quis saber. Por isso sou responsável. Não chega cuspir para cima e dizer que está tudo na mão de terceiros. Quantos de nós de rabinho sentado e bracinhos cruzados assobiando negligências? A passividade trouxe-nos aqui. É altura de começarmos pela figura no espelho.

(Como na música do Michael Jackson, para a qual as manhãs da Comercial me chamaram a atenção e cuja letra é belíssima e aplicável ao que transmito agora.)

Se cada um se preocupar consigo, com as suas acções e respectivas repercussões na sociedade talvez um dia a maioria que hoje envergonha se envergonhe de ser a minoria. Não haja ilusões: SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS pelo estado do país. E pouco (me) importa que uns sejam mais do que outros. É altura de agir.

Com optimismo.

Sem cantiguinhas dos desgraçadinhos s.f.f.

Eu vou.

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15/10/1946

Release (Lyrics)

Artist: Pearl Jam

Composer: Vedder/Gossard/Ament/McCready/Krusen

I see the world
Feel the chill
Which way to go
Windowsill
I see the words
On a rocking horse of time
I see the birds in the rain

Oh dear dad
Can you see me now
I am myself
Like you somehow
I'll ride the wave
Where it takes me
I'll hold the pain
Release me

Oh dear dad
Can you see me now
I am myself
Like you somehow
I'll wait up in the dark
For you to speak to me
I'll open up
Release me
Release me
Release me
Release me

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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

 

A Questão Finkler na Geração-C, by euzinha.


Howard Jacobson. (Manchester, 1945). Já ouviram falar deste autor? Desconhecia a sua existência, até ele vencer o Man Booker Prize 2010 com este título que foi, em consequência, muito publicitado. Talvez o mérito dos prémios literários seja esse: que os galardoados a partir de um livro vencedor consigam divulgar a sua bibliografia, não raras vezes extensa e ignorada. Foi assim que cheguei até ele, dado que a Questão Finkler é o primeiro livro do escritor a ser publicado em Portugal.

Deparei-me com narrativa bem-humorada e fluida que tem como ponto de partida uma situação absolutamente hilariante. Julian Treslove tem 49 anos e jamais tomou uma decisão na vida. Foi sempre a vida a tomar decisões por si, até ao momento crucial em que saído de um jantar com dois amigos (Samuel Finkler e Libor Sevcik, ambos judeus.), é assaltado por uma mulher que após a agressão o abandona com uma acusação. – Pelo menos assim se lhe afigura, o que lhe chegou aos ouvidos e ao entendimento. – «Seu judeu.» Resolve, após horas que somaram dias de pensamentos tortuosos e massacrantes que, das duas uma: ou é judeu e lho ocultaram desde a infância, ou há-de ser judeu se, se dedicar ao estudo da história e cultura judaicas para se converter. Sente-se mais judeu que qualquer um dos dois companheiros de solidão, considerando uma injustiça que o sejam e ele tenha nascido privado do acesso a esse grupo de eleitos. Vive, aliás, obcecado por Finkler, filósofo bem sucedido, a quem inveja e com quem mantém tácita competição desde a adolescência.

Treslove é um homem imerso em sentimentos de incompletude. «Por vezes, a sensação de ter perdido algo precioso durava o dia inteiro.» (Pág.27)

Inacabado enquanto profissional. - Faz biscates como sósia de várias pessoas conhecidas, sendo parecido com todas, todavia, com nenhuma em particular - Como amante. – Tende a ser abandonado pelas mulheres de ar débil, a fazer lembrar o moribundo, que o encantam mas que, inevitavelmente, se enfadam com o seu taciturno feitio. Também falha no papel de pai de dois filhos adultos, com quem jamais exerceu a paternidade, forçando-se a convívio artificial, pontual e displicente. Imperfeito enquanto amigo. – É de tal maneira deslumbrado com o judaísmo que negligencia amiúde a amizade que o uniu àqueles homens que, mal ou bem, o acompanharam durante décadas.

Pejada que está esta obra de personagens riquíssimas, humanas, reais, disse-vos mais sobre o Julian porque, apesar de se demonstrar tão sofrido, incompreendido e, sobretudo, vazio, ele enche o romance.

110 BPM – Gostei muito do livro. Ensinou-me sobre as questões judaicas, o conflito israelo-palestiniano e a cultura do povo judeu. Apresenta ritmo que nos enleia na história e diversas frases que são autêntica poesia. Oferecer a um amigo.

PUBLICAÇÃO ORIGINAL AQUI.

P.S. Escapou-se-me o "muito" na classificação derivado a ser uma coisa mais ou menos formatada. Gostei do livro, apenas. Não "muito". Nestes textos tento mostrar o lado positivo dos livros que leio. Neste caso, apesar de partir de uma situação que considerei genial não achei que o resultado final tivesse feito juz à ideia que me encantou. 

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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

 

Eis um prémio que me alegra.

(apertar com o título e vão lá dar)

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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

 

PARABÉNS BUDDY MEU FILHOTE.

Lembro-me de ti cachorro. Ganias as entranhas sozinho na varanda. Quando me chegava a ti na madrugada iluminavas-te numa agitação alegre. Pegava-te ao colo e nada havia para além de nós. Lembro-me da tua barriga desproporcional de bebé e das corridas doidas no jardim da frente. Eu louca por não te conseguir agarrar, tu feliz com a brincadeira desconhecedor, ou desafiador, da minha zanga. Recordo as orelhas presas com uma mola para não as mergulhares no arroz de trinca com miúdos, lombardo e cenoura. Sei do primeiro banho e da primeira vez que alçaste a perna. Recordo o sentimento de perda avassalador quando te esqueci na rua, no dia seguinte ao acidente de acelera com a Cátia, enquanto recordávamos os pormenores para falar com o perito. Não sei o que teria feito se não tivesses voltado. Conheço de cor os teus gostos e as antipatias. Sinto, ainda, o frémito da tua busca quando de ti me escondia atrás de uma porta. Ouço-te as patas no soalho de madeira. Sinto-lhes as almofadinhas. Tenho o teu cheiro colado ao olfacto e os sons de satisfação da tua garganta pendurados nos ouvidos. A maciez dos teus lábios na ponta dos indicadores. Os grãozinhos no lombo quando infestado de pulgas. O pavor do banho. A corrida frenética que o sucedia. As lambidelas que levei, húmidas no rosto. Agarro-as com as palmas das mãos. O passado não nos morre. Tu não me morres(te). Andas aqui e parte de mim é o que contigo viveu. O criar-te, a curta vida, a morte. A decisão que tomei. Tenho muitas saudades tuas. Amo-te piturrinho. Muito. A gente vê-se, novamente, um dia. Tenho fé. Até lá, mais um ano em que recordo, sem te poder abraçar, o dia em que nasceste.

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sábado, 1 de outubro de 2011

 

Ruminações no regresso do Café com Letras com Maria Teresa Horta.

Dizer aos meus que os amo.
Diariamente.
Relevar mágoas, atritos, ressentimentos.
Amiúde.
(Revelando-se-me exequível, sempre.)
Procurar quem me ensinou coisas importantes e agradecer(-lhe):
Hoje.
Mergulhar nesses olhos azuis, por ora destapados, – Ocultos a maior parte do tempo, para que lhe não conheçam da alma mais do que deseja. – num OBRIGADA POR ESTE LIVRO. (Não, ainda, o que veio apresentar.)
Pelas reflexões que me proporcionou; as explicações factuais das coisas, até então, somente pressentidas; pelas luzes. (Não, ainda, as de Leonor.)
Obrigada por me terem demonstrado que este incómodo de ser mulher pode ser força. Pode ser grito. Pode ser caminho.
Não abismo.
Não impossibilidade(s).
Não é qualquer circunstância o que me tolhe os movimentos.
Sou quem me exciso.
Empunho a cortante preguiça.
Desisto sem principiar.
Arquitecto o álibi do meu suicídio.
(A culpa não é minha. A culpa é daqueloutro. Eu cá fazia. Mas…)
(Tretas.)
Sangro(-me).
Muito mais fácil tombar.
Privo-me do prazer imenso que é ser, sem castrações.
Julgo. Aponto. Falo dos outros falando de mim. Condeno-os, porque me condeno.
Ser. Devia ser(-me) mais simples.
Não foi.
A imobilidade cansou-me porque me não é natural. Governou-me o medo.
Hoje é o dia em que dou um passo.
Digo “É.” ao invés de soluçar “Espero…”
Não há vida cansativa o bastante para extinguir quem se não cansa de arder.
Ardo, pois.
Abriram-se-me grades no cérebro quando vos li, três Marias.
Corri engasgada de alegria angustiada, para fora do cárcere em que me permiti morar.
Premente dizer-lho encarando-a.
Um privilégio ter uma das três defronte.
Aspecto frágil, todavia, rochedo.
OBRIGADA.
(OBRIGADA.)
(OBRIGADA.)
O Vosso livro caiu-me no peito com o peso das revelações e tornou-o leve. Respirável.
Num momento em que fui engolida pelo colo que me demandavam e não estava certa de poder dar.
Temi desaparecer.
Assumir múltiplos papeis. Não passa disso. Tê-los. Abraçá-los. Vivê-los.
Cá dentro o mesmo turbilhão, a gana manteve-se.
É indelével.
Sim posso ser “Minha senhora de mim” (A ler, claro está.) sem renunciar a quem de mim, por ora, depende.
Não renuncio a minha carne. Não silencio a minha voz.
Compatíveis assim o queira.
Louca. Histérica. Bruxa. Egoísta. Puta.
Maldade é feminino.
Sobranceria. Mentira. Vaidade.
Quis ser boa,
Bem comportada.
Irrepreensível.
Para quê? Para quem?
Essa pele já não me serve.
Quietude.
Berros.
Conflito(s).
Contestação.
Enxotar o medo dos ombros.
(Pesa muito.)
Não calar.
Gritar enquanto não aprender a transmitir serena o que me move.
Enquanto houver disparidade(s) agressora(s), ou se disser “Não podes!” sob dissimuladas razões.
Enquanto se não derem OPORTUNIDADES IGUAIS, ninguém é livre.
Homens. Mulheres. Pessoas.
Pessoa é feminino.
E humanidade.
E dor.
E coragem.
E asfixia.
E ternura.
E amizade.
E alegria.
E violação.
E felicidade.
E lágrima.
E música.
E força.
E verdade.
E poesia.
E arte.
E literatura.
E persistência.
E criatividade.
E beleza.
E sensibilidade
E morte.
E vontade.
E vida.
E LIBERDADE.
Que me importa o ridículo do quanto manco, agora que me pus a andar?
A(s) voz(es) de fora?
Porque me hei-de amedrontar ante o(s) vazio(s) do(s) outro(s)?
O(s) temor(es) do(s) outro(s).
A crueldade do(s) outro(s). (Não mais certeira que a minha.)
Quem me impediu, até agora, de caminhar?
Outrem?
Não. Eu.
Eu?
Já não estou aqui,
Voo.
Vou.
Sou.
Até já.

Andreia Azevedo Moreira a contraditória.
28/09/2011 – 23h45.

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