sábado, 29 de outubro de 2011
DO EXORCISMO - INSTANTÂNEOS XIII
- Estudos portugueses.
- E eu?
- Qualquer coisa verde, ou direita?
- Quantos anos tem?
- 50
- E eu?
- 27?
- Morno. Mestrado?
- Sim.
- E eu?
- Nada.
- Doutoramento?
- Sim.
- E eu?
- Zero.
- Parece-lhe, por conseguinte, pertinente dizer-se que ao pé de si possuo o conhecimento de um protozoário?
- Hum... Pois.
- Que livros leu?
- Li e reli muitas vezes todos os que importam.
- E eu?
- Temo que não chegue a consegui-lo. É parco o tempo que lhe resta.
- Então não me foda e não se ponha para aí com expectativas que jamais poderei suprir. Não sei falar consigo. Abro a boca e saem bolhinhas, como aos peixes, entende?
- Não.
- Não posso discutir o que quer que seja consigo. Falta-me o ar e a visão.
- Está bem.
(Depois disto ficaram grandes amigos. Nunca conversavam.)
Etiquetas: INSTANTÂNEOS
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
05/10/1993 - 28/10/2002
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Temos de falar...
Etiquetas: ALENTO, APRENDER, Formadores Espectaculares, LEITURAS, RAP, Sugestões
terça-feira, 25 de outubro de 2011
deus porque me não equipaste com o dom da ubiquidade?
Etiquetas: Ah se eu tivesse o dom da ubiquidade é que era, Escritoras, Hey malta uma atençãozinha ó faxavôri, LEITURAS
Vozes celestiais ecoam nos meus ouvidinhos...
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
A des(H)umanidade matou uma menina.
Cai-nos uma vida aos pés e passamos lestos.
Comemos indiferença como mordemos saborosa e sumarenta maçã.
Rostos altivos ignorando o crime de todos.
Está doente o mundo e eu choro por ele, por mim, pelos homens.
Por aquela criança sem nome, semblante, ou futuro.
Quantos minutos de dor até que alguém ouça um brado mudo?
Que barulho faz o termo de uma existência?
Está doente o mundo.
Uma mãe foi mutilada.
Quantas mãos amordaçam a(s) consciência(s)?
Andreia Azevedo Moreira.
22/10/2011
Etiquetas: GRITOS DE REVOLTA E INDIGNAÇÃO, PENSAMENTOS
sábado, 22 de outubro de 2011
Leituras porvir
by: William Butler Yeats (1865-1939)
While I wrought out these fitful Danaan rhymes,
My heart would brim with dreams about the times
When we bent down above the fading coals
And talked of the dark folk who live in souls
Of passionate men, like bats in the dead trees;
And of the wayward twilight companies
Who sigh with mingled sorrow and content,
Because their blossoming dreams have never bent
Under the fruit of evil and of good:
And of the embattled flaming multitude
Who rise, wing above wing, flame above flame,
And, like a storm, cry the Ineffable Name,
And with the clashing of their sword-blades make
A rapturous music, till the morning break
And the white hush end all but the loud beat
Of their long wings, the flash of their white feet.
"To Some I Have Talked With by the Fire" is reprinted from The Rose. W.B. Yeats. 1893.
Etiquetas: Poesia, Recordar-te-ei até ao meu último dia, VIDA
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
A ver se é neste FDS que o papo todo*.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Quem quer casar com a carochinha?
E serem meus amiguinhos do google?
Também não?
Eh pá também nada vos agrada.
E eu tudo bem.
(Está lá para baixo à esquerda.)
(Só naquela, se mudarem de ideias.)
Etiquetas: Autopromoção descarada com vista à divulgação do BUDDY e posterior acarinhamento, SANTINHO
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
OBRIGADA
http://cuidadores-alzheimer.web.ua.pt/
Parabéns pelo prémio.
Etiquetas: ALENTO, AMOR, Exemplos inspiradores, Família, GRATIDÃO
terça-feira, 18 de outubro de 2011
IDIOSSINCRASIA
Etiquetas: PENSAMENTOS
sábado, 15 de outubro de 2011
Dia 15 às 15h
Com optimismo.
Sem cantiguinhas dos desgraçadinhos s.f.f.
Eu vou.
Etiquetas: AGIR, GRITOS DE REVOLTA E INDIGNAÇÃO, Não virar a cara faz diferença, Sociedade
15/10/1946
Artist: Pearl Jam
Composer: Vedder/Gossard/Ament/McCready/Krusen
I see the world
Feel the chill
Which way to go
Windowsill
I see the words
On a rocking horse of time
I see the birds in the rain
Oh dear dad
Can you see me now
I am myself
Like you somehow
I'll ride the wave
Where it takes me
I'll hold the pain
Release me
Oh dear dad
Can you see me now
I am myself
Like you somehow
I'll wait up in the dark
For you to speak to me
I'll open up
Release me
Release me
Release me
Release me
Etiquetas: ANIVERSÁRIO, Do amor maior perdido
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
A Questão Finkler na Geração-C, by euzinha.
Howard Jacobson. (Manchester, 1945). Já ouviram falar deste autor? Desconhecia a sua existência, até ele vencer o Man Booker Prize 2010 com este título que foi, em consequência, muito publicitado. Talvez o mérito dos prémios literários seja esse: que os galardoados a partir de um livro vencedor consigam divulgar a sua bibliografia, não raras vezes extensa e ignorada. Foi assim que cheguei até ele, dado que a Questão Finkler é o primeiro livro do escritor a ser publicado em Portugal.
PUBLICAÇÃO ORIGINAL AQUI.
P.S. Escapou-se-me o "muito" na classificação derivado a ser uma coisa mais ou menos formatada. Gostei do livro, apenas. Não "muito". Nestes textos tento mostrar o lado positivo dos livros que leio. Neste caso, apesar de partir de uma situação que considerei genial não achei que o resultado final tivesse feito juz à ideia que me encantou.
Etiquetas: ESCRELER, GERAÇÃO-C, LEITURAS, Sugestões
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Eis um prémio que me alegra.
Etiquetas: DIREITOS HUMANOS, MUNDO MELHOR, PAZ
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
PARABÉNS BUDDY MEU FILHOTE.
Etiquetas: AMOR, ANIVERSÁRIO, BUDDY, SAUDADE
sábado, 1 de outubro de 2011
Ruminações no regresso do Café com Letras com Maria Teresa Horta.
Diariamente.
Relevar mágoas, atritos, ressentimentos.
Amiúde.
(Revelando-se-me exequível, sempre.)
Procurar quem me ensinou coisas importantes e agradecer(-lhe):
Hoje.
Mergulhar nesses olhos azuis, por ora destapados, – Ocultos a maior parte do tempo, para que lhe não conheçam da alma mais do que deseja. – num OBRIGADA POR ESTE LIVRO. (Não, ainda, o que veio apresentar.)
Pelas reflexões que me proporcionou; as explicações factuais das coisas, até então, somente pressentidas; pelas luzes. (Não, ainda, as de Leonor.)
Obrigada por me terem demonstrado que este incómodo de ser mulher pode ser força. Pode ser grito. Pode ser caminho.
Não abismo.
Não impossibilidade(s).
Não é qualquer circunstância o que me tolhe os movimentos.
Sou quem me exciso.
Empunho a cortante preguiça.
Desisto sem principiar.
Arquitecto o álibi do meu suicídio.
(A culpa não é minha. A culpa é daqueloutro. Eu cá fazia. Mas…)
(Tretas.)
Sangro(-me).
Muito mais fácil tombar.
Privo-me do prazer imenso que é ser, sem castrações.
Julgo. Aponto. Falo dos outros falando de mim. Condeno-os, porque me condeno.
Ser. Devia ser(-me) mais simples.
Não foi.
A imobilidade cansou-me porque me não é natural. Governou-me o medo.
Hoje é o dia em que dou um passo.
Digo “É.” ao invés de soluçar “Espero…”
Não há vida cansativa o bastante para extinguir quem se não cansa de arder.
Ardo, pois.
Abriram-se-me grades no cérebro quando vos li, três Marias.
Corri engasgada de alegria angustiada, para fora do cárcere em que me permiti morar.
Premente dizer-lho encarando-a.
Um privilégio ter uma das três defronte.
Aspecto frágil, todavia, rochedo.
OBRIGADA.
(OBRIGADA.)
(OBRIGADA.)
O Vosso livro caiu-me no peito com o peso das revelações e tornou-o leve. Respirável.
Num momento em que fui engolida pelo colo que me demandavam e não estava certa de poder dar.
Temi desaparecer.
Assumir múltiplos papeis. Não passa disso. Tê-los. Abraçá-los. Vivê-los.
Cá dentro o mesmo turbilhão, a gana manteve-se.
É indelével.
Sim posso ser “Minha senhora de mim” (A ler, claro está.) sem renunciar a quem de mim, por ora, depende.
Não renuncio a minha carne. Não silencio a minha voz.
Compatíveis assim o queira.
Louca. Histérica. Bruxa. Egoísta. Puta.
Maldade é feminino.
Sobranceria. Mentira. Vaidade.
Quis ser boa,
Bem comportada.
Irrepreensível.
Para quê? Para quem?
Essa pele já não me serve.
Quietude.
Berros.
Conflito(s).
Contestação.
Enxotar o medo dos ombros.
(Pesa muito.)
Não calar.
Gritar enquanto não aprender a transmitir serena o que me move.
Enquanto houver disparidade(s) agressora(s), ou se disser “Não podes!” sob dissimuladas razões.
Enquanto se não derem OPORTUNIDADES IGUAIS, ninguém é livre.
Homens. Mulheres. Pessoas.
Pessoa é feminino.
E humanidade.
E dor.
E coragem.
E asfixia.
E ternura.
E amizade.
E alegria.
E violação.
E felicidade.
E lágrima.
E música.
E força.
E verdade.
E poesia.
E arte.
E literatura.
E persistência.
E criatividade.
E beleza.
E sensibilidade
E morte.
E vontade.
E vida.
E LIBERDADE.
Que me importa o ridículo do quanto manco, agora que me pus a andar?
A(s) voz(es) de fora?
Porque me hei-de amedrontar ante o(s) vazio(s) do(s) outro(s)?
O(s) temor(es) do(s) outro(s).
A crueldade do(s) outro(s). (Não mais certeira que a minha.)
Quem me impediu, até agora, de caminhar?
Outrem?
Não. Eu.
Eu?
Já não estou aqui,
Voo.
Vou.
Sou.
Até já.
Andreia Azevedo Moreira a contraditória.
28/09/2011 – 23h45.
Etiquetas: ALENTO, Escritoras, PENSAMENTOS, VIDA
Free Counter