domingo, 28 de fevereiro de 2010

 

INSANIDADE VOU-ME EMBORA

Matou-se. Desconheço como digerir a notícia. Tão absorta andava que não adivinhei o que planeava fazer. A sua vida? Inexoravelmente extraviada.

Clara:

Se tivesse percebido que a desistência se te estampara no rosto, mostrar-te-ia caminhos que, até então, não equacionaras. Ou então abraçava-te, simplesmente, com força. Não te largava. Não te largava até te ter espremido o último fio de vontade de parar. Talvez nada disto surtisse efeito. Agride-me, porém, a inépcia de que fui acometida e que me impossibilitou o “tentar”. Tentar ajudar-te. Pelo menos isso. Sempre te conheci torturada, vestida de uma tristeza que cheirava a genética. Estudava-te e à tua vida e nada parecia faltar-te. No entanto, o desânimo perene, o vazio no olhar que não conseguíamos entender ou suprir. De que serve uma amizade se no momento derradeiro pode falhar desta maneira e esse erro é, agora, irreparável? Minha querida amiga de melífluos olhos. Colossais abismos que muito me falavam. Mulher de sorriso melancólico e cabelo em desalinho. Irmã da vida. As mãos que mesmo quando vazias davam. Eras tanto em mim. Perdi-te.


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sábado, 27 de fevereiro de 2010

 

Whatever Works


Ri-me muito e saí da sala com uma frase do Vergílio na cabeça:

"Há mais verdade numa couve que em toda a filosofia."

(Até ao Fim. 1987)



Foto encontrada AQUI.

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

 

Ouçam isto:

AQUI.

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Vai daí:

Sentou-os à sua frente. Ofereceu-lhes café.

- Uns bolinhos, vão?

Agradeceram mas não quiseram. (Eram três, quatro ou mesmo cinco. Não há certezas. Nunca há certezas, o que é uma merda.)

- Bom, o motivo que nos traz aqui é o seguinte. Lamento informar-vos mas essa masturbação mental, à minha custa, terá de cessar.

Fitaram o interlocutor incrédulos. Atiraram: "Perdão?" "Como?" "Que quer dizer?" em uníssono, indignados. Disseram ainda: "Julgamos injusta essa atitude."

- Pouco me interessa o que julgam. Terá de cessar.

Começaram a rir-se.

- Ah riem-se? Vejam como vos viro as costas. Estalo os dedos. PUF. Já cá não estão. Ingénuos. Esquecem-se que são fruto da minha imaginação?

"Ah..." Proferiram já um pouco desconsolados.

- Ah pois. Ou param com isso. Ou PUF. Estão a ver a ideia?

"E conseguiria viver sem nós?"

- Invento outros.

"Tão bons como nós?"

- Oh quem sabe melhores. É grande a minha capacidade para inventar. Vão parar ou não?

"Não será fácil. É tão divertido brincar consigo."

- Pois mas o meu espírito infantil por vezes enfada-se. O meu lado racional exaspera-se. E a faceta emotiva desilude-se muitíssimo. É isto, mais coisa menos coisa.

"E só uns recadinhos. Muito esporadicamente?"

- Rogo-vos que não o façam. Cessem uma vez por todas de me importunar. É altura de me deixarem viver deveras. Concordam?

"Não. Mas, de facto, não mandamos em si."

- Olha. Pois não mandam. Folgo em ouvi-lo. Adeuzinho então, sim?

"Escrever-nos-á de vez em quando?"

- Não sei.

"Pensará em nós?"

- Não se preocupem, deixaram marca bastante para que tal aconteça. Não serão esquecidos. Porém há que viver, compreendem? Viver realmente. Fora daqui.

"Talvez tenha razão. Lamentamos, sabe?"

- Calculo que sim. Mas se não fosse eu a chamar-vos à razão, quem para o fazer? Mais ninguém vos vê.

"Nada de ressentimentos?"

- Nada. Vão descansados. O tal abraço.

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

 

Parabéns Gonçalinho!

Gosto tanto de ti miúdo. Tu não sabes, acho. Nunca to disse assim: "Gosto tanto de ti miúdo", mas julgo que sentes. E sentir é saber. Digo eu, que digo coisas demais. Olho para a fotografia em que eras um volumezinho minúsculo nos meus braços e penso: Ena... O tempo passa... Oito anos, puto. Oitos anos de menino impecável. Olha-se para ti e sabe-se: este é do bem. Boa onda. O que mais desejo é que sejas sempre o miúdo "boa onda" que hoje conheço, porque estou certa que as energias cósmicas, ou lá o que é que rege isto tudo, saberão cuidar de ti. Aquele beijinho e aquele abraço muito apertado desta prima que te adora.

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

 


"As pessoas boas não morrem. Permanecem. Em nós, pelo menos."

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domingo, 21 de fevereiro de 2010

 

INSANIDADE VOU-ME EMBORA

Um grito ecoa na noite acordando-me e o brado era afinal meu. Angústia. Uma sensação que não se me descolou do peito, ao acordar. É possível nunca ter descanso? Sei que estou acordada mas a sensação, aquela terrífica comoção, não me abandona. Sou adulta, agora. Adulta. Que quer isso dizer, quando os medos de criança andam de mão dada comigo? (Preciso de luz.) Sinto, ainda, o abraço que me repugna. Forte. Poderoso. Tento gritar. Em vão. Não tenho voz. O desespero em crescendo. Olha para mim. Consegues ver-me? Eu. Tão simples que me rio de tudo isto. Quando começaste a deixar de me ver?


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sábado, 20 de fevereiro de 2010

 

Twitter deia's list: DEIA CURTE A CULTURA


QUINTA-FEIRA: O que é que precisam mais para atentarem nessa portentosa iniciativa que é o Poesia em Vinyl hein? Não contem comigo para vir aqui constantemente contar-vos coisinhas giras pá, porque não sei se sabem, mas ouvir/ler não é o mesmo que viver e eu nem sempre poderei ir, derivado a outras cenas da minha vida privada, que fiquei a saber pelo Mexia não é o mesmo que a minha vida íntima. O que por sinal é uma chatice porque descubro agora que tenho de fazer uma pausa de instrospecção para perceber o que é que me é íntimo, e o que é que me é privado discernindo, espero, o que de ora em diante vos posso contar. Na volta já meti água e sabem mais de mim do que seria desejável. O que é que perderam ó meus 'grandas' teimosos? Desperdiçaram mais um belo serão de conversa descontraída sobre poesia e o poeta que a escreve. Neste caso o Mexia. Perderam ainda as leituras escorreitas e cativantes do Carlos Vaz Marques (aquela voz nossa conhecida do Pessoal e Transmissível, do Governo Sombra, etc. e tal) e a performance bem humorada do artista Samuel Úria - Samuel queridinho: caracol, pauzinhos ao sol ou lá o que era? Menos, Samuel. Menos... De resto tudo Ok. - mais a sua bela voz. Não relembraram a Rosa com o seu 'Chamar a música' também pelo Samuel. Falharam a oportunidade de fazer perguntas aos presentes (Deixem lá que eu também. O dia em que serei capaz de elevar a voz perante uma plateia, para dizer o que quer que seja, será talvez somente aquele em que me vendo aflita diga em bom tom: ACUDAM! ou assim. De resto não estou a ver. Fico com as perguntas para mim é o que é.) E, mais uma vez, não jantaram com amigos num restaurante que prima pela qualidade (Sim Bzuu os senhores estavam desorientados. Mas era muita gente e nós desculpamos pois é?), não beberam um bom vinho, não riram, não estiveram presentes e fizeram falta pá. É isto.

SEXTA-FEIRA: BLACKBIRD no TDMII (acaba amanhã, se ainda vos for possível não percam.)

Xiiii. Não sei o que dizer, como o fazer, ou por onde começar. Tenho, ainda, uma bola de futebol no estômago. Disseram-lhes que o seu amor era doentio. Falaram-lhes em aberração e eles acreditaram. Leram livros que confirmassem o mal. Documentaram-se, encheram-se de dúvidas, revoltaram-se, perderam. Essencialmente perderam. (Tantos anos.) E eu não sei dizer porque foram apartados aqueles dois. Se por estrangulamento da sociedade que não admite as excepções, se porque havia, de facto, algo de errado com ele(s). Até que ponto a verdade corresponde às imagens que os olhos nos devolvem e a mente processa? A náusea apoderou-se de mim. Não soube que partido tomar. Ignorei que opinião formular (e se eu sei ser irritantemente sentenciosa). A dúvida instalou-se (Recordo outra peça com esse nome "Dúvida". Magnífica. No MM com Diogo Infante e Eunice Muñoz entre outros. Outra abordagem ao mesmo tema.). Não sei. Simplesmente: Não sei. O meu lado perverso e condenador a digladiar-se com o meu lado devoto ao Amor. "Esse" para quem não há obstáculos, espartilhos, regras. Apenas um "respirar", um "existir" inexplicavelmente ainda que terceiros ordenem (um)A explicação para o ocorrido. Não sei se eles foram doentes, se tão só se amaram e em redor ninguém soube entender. Eles tão pouco. Também eles quiseram crer que não passara de um episódio funesto. E, no entanto, sem se esquecerem. Uma vida inteira (quinze anos dá uma vida, adolescente, é certo, ainda assim, uma vida) sem que a moléstia se curasse. Por conseguinte: o (inevitável) confronto. O embate melhor que o silêncio. Os pontapés, os gritos, as agressões, mais suportáveis que a(s) dúvida(s), as omissões. Quinze anos volvidos ainda o desejo, porém, o medo. No fim o Amor? Ou a dúvida indelével? Uma bola de futebol no estômago é o que vos digo. Ainda a tenho aqui a agoniar-me. Nem sempre o que parece é, ou o que é (a)parece.

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

 

Crónica de uma mulher que ia na rua descansadinha

Isso de se andar na rua, sendo do sexo feminino, tem destas coisas. Volta e meia, seja qual for o nosso aspecto, ouvimos uma ou outra boca, regra geral, do género masculino, que serve para nos transmitir uma qualquer ideia de índole sexual do tipo:

- Olha és tal e tal e eu fazia-te isto e isto.

Normalmente não é dito directamente. Fica implícito o que somos e o que nos faziam de forma algo poética e frequentemente metafórica.

Há uns que passam e sussurram qualquer coisa inaudível, mas cujo tom acusa o que de lascivo lhes atinge a alma ao ver-nos. Esses são os que nos irritam mais.

(Fiz um estudo abrangendo um universo de duas pessoas - eu e a minha Bzuu - e o resultado foi 100%)

Outros dizem as banalidades que toda a gente conhece, envolvendo pescado, milho, flores ou assim.

Alguns pigarreiam mesmo em cima da gente.

Vários suspiram: "ai se eu fosse mais novo."

E há que ser justa, esparsamente, um ou outro, com o dom de bem saber ser cortês, consegue desarmar-nos com palavras que caem bem e nos deixam com um sorriso enternecido.

E depois há um - Quero crer que há só uma alminha capaz daquilo. Digam-me por deus que é um caso isolado. - como nomear? Um... Olha nem sei... Que, encarando-nos olhos nos olhos, diz em tom razoavelmente audível (nem sussurro, nem entaramelanço, nem vergonha, nem nada):

- Granda cona.


Foi anestésico: Não doeu, não indignou, não deu vontade de o espancar, ou de lhe responder. Não humilhou sequer. Aquilo foi muito além do apreensível.

Talvez um "What the fuck?!" (com voz de Eddie Murphy)

(Reparo agora que passou o efeito da anestesia...Até lhe dedico uma posta e tudo. Ah granda homem...)

P.S. Coisinhas com verdadeiro interesse: Conto-vos amanhã como é que isto foi (Não aguento: aaaaaaaa foi liiiiiiiindo, eu não sou histérica, aaaaaaaaaa*!) e isto também.

P.S.2 Mando daqui um beijinho ao André Valério que decidiu ser um dos 7 followers deste (networked) blog. Foi uma bela surpresa menino. Espero que tudo bem contigo e com a tua vidinha. Beijinho para ti então. (Sete já se sabe, é o meu número.)



*E atenção que o RAP se baldou.

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

 

É AMANHÃ, PÁ!

Depois não digam: "Ah e tal ninguém avisa".

VÁ ENTÃO.

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

 

ATÉ AO FIM


"A felicidade não se mede pela quantidade do que nos aconteceu de agradável, mas pela quantidade de nós que responde ao que acontece." - Vergílio Ferreira.

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domingo, 14 de fevereiro de 2010

 

INSANIDADE VOU-ME EMBORA

Tenho ainda as folhas de eucalipto que me entregaste, para que não enjoasse, naquela primeira viagem para longe. Dessa vez contrariedade, hoje premência. Quero-te longe de mim. Como se passa do amor à indiferença? Essa passagem subtil e, no entanto, imensamente dolorosa. Penaliza-me nada sentir por ti. Consegues entender? Nada. Amor, compaixão, ternura, raiva (ainda?), ódio, ou mesmo piedade. É o branco. O neutro numa paleta outrora repleta de cores. Por onde começo? Pelo “bom” ou pelo “mau”? Que fazer? Desvendar quão grandioso já foste, para então te desfazer? Ou exibir primeiramente o mais negro de ti para enfim te enaltecer à laia de redenção?


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E vão mais duas...

PARABÉNS RITA! Ó menina acho que já podemos dizer que somos mais do que amigas comuns do Hugo e da Bzuu pois é? Já podemos afirmar que somos mesmo amigas entre nós, sem intermediários e quê. Principalmente depois de te ter devolvido as caixas tupperware. - Sim ainda estão no porta-bagagens do meu carro, mas como sabes o que conta é a intenção. - Desde aí tudo se esclareceu entre nós e nasceu o que se pode chamar uma bela amizade. eh eh eh. Muitos beijinhos pá.

Querida F. agora que sei que este é também o teu dia, não podia deixar de te felicitar. Um dia feliz e uma vida repleta de alegria, tanta quanta vais devolvendo a quem contigo se cruza. Isso é um dom. Bjinhos.

E de modos que é isto por agora.

Mai' logo outro textinho e cá vamos vivendo "com a cabeça entre as orelhas."

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sábado, 13 de fevereiro de 2010

 

A minha maldição é:

ser capaz de recordar com precisão assombrosa cada detalhe de um qualquer momento que me tenha marcado. Ao invocá-lo é como se ocorrido no minuto precedente. (Quero dizer: Não perde pujança a impressão, causada à data.) Manifesto por conseguinte, não raras vezes, sintomas de clara desorientação:

- Onde estou?




http://www.youtube.com/watch?v=b2pzSFkNFZ0

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

 

Ah granda Paulo que arranjou uma mesinha à gente!

Viva, viva o Paulo do Vinyl que correspondeu ao meu choradinho desolado de não ter mesa no dito e me arranjou uma quando já não o esperava. Weeeeeeeeeee. Grupinho todo catita que vai ouvir poesia no Vinyl não sem antes provar o magnífico menu de degustação que os senhores têm lá para a gente aí vamos nós!

Aprender com os grandes:

vhm: "Obrigado por teres vindo."

aam: De nada pá. És um senhor e agora vou ler-te e, em gostando, ser-te-ei dedicada o resto dos meus dias.

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

 

Mais uma priminha!

Bem-vinda Nuna! Um grande beijinho prima. (Espero que não tenha custado muito isso de dar à luz) Dia FELIZ este! (Berros! Berros! Berros de alegria!)

Minha querida Tuchinha este dia deixou de ser só teu na minha agenda, eheheheheheh. Dia feliz a ti também AMIGA!

Chiça pá que agora é que já não tiro este sorriso da cara e é tão bom.

P.S. Aos queridinhos que foram feitos chicos-espertos roubar-me o lugar no Vinyl, reservando mesa com um mês de antecedência eu digo assim: caguei. Nasceu-me uma priminha e uma amiga do peito faz anos. PAM. (Estúpidos mas é. Nunca mais sou vossa amiga. Amanhã vão ver e outras que tais que se dizem quando se tem 5 anos. E eu tenho-os. Olaré se não tenho.)

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

 

CONFISSÕES:

1) Fui ver A Bela e o Paparazzo e adorei. Ri-me como há muito não ria no cinema. Nuno Markl és o maior pá. O maior. Grande personagem aquele Tiago. 40% para ti. Depois claro 40% para o terça feira. Que coisa mais linda e mais fofa e mais ai que te apertava tanto no meu peito enquanto falava à parvinha como é costume quando se pega num bébé. 20% para o resto. Romântico e lamechas como gaja que é gaja gosta e eu, apesar de tudo, sou.

2) Já liguei aí umas 7 vezes para o 760300507. Perguntam vocês: Ó Deia que número é esse? E a Deia responde-vos com um SLOGAN: VOTEM NA DIANA! Sim eu sei que ninguém vê os ídolos, que aquilo é isto e aquilo sem não sei quê e por conseguinte, se uma pessoa se quer considerar isto ou aquilo, não pode ver, ou vê em segredo etc. e tal e depois diz mal e diz que não vê. Ora pecadora me confesso. Eu vejo e torço pela Diana com todas as minhas forças e com alguns 'aérios' que já gastei para que ela vença este programa e vá para Londres estudar, para ser ainda maior do que já é. Ela é a verdadeira artista. Ela tem a voz, o carisma, a garra. Ela é a melhor, não tenho dúvidas. O que é que sucede? Sucede que o Filipe é aquele miúdo de cair para o lado que se vê, com aquela cara da anjo a quem apetece dar colinho e tem uma voz por demais bonita e, no fundo, só as gajas se dão ao trabalho de ligar para estes concursos. Portanto ganhando, não lhe retiro algum mérito mas, vencerá mais por causa das hormonas aos saltos de milhares de mulheres enlouquecidas, do que por ser o justo vencedor. A Diana é "A" tal. Tenho dito.

E atenção que estou a ser completamente imparcial, dado que o Filipe me conquistou no primeiro casting ao ser a primeira e única pessoa no universo de todas as pessoas que concorrerem a todas as edições do Ídolos, até agora, a levar uma música de, adivinhem lá, PEARL JAM. Pois é. Nem com o Betterman ele lá vai.

Filipe, és muito atraente, a tua voz toca-me cá dentro, é certo, raias o Eddie, mas a Diana é que é, e espero ardentemente que por esta vez, nesta(s) sociedade(s) em que um homem com muito menos esforço alcança o que almeja, sem necessidade de tão combativamente - quanto o tem de fazer uma chick - provar dia-a-dia o seu talento, seja uma mulher, A Diana, a conseguir.


3) Gosto de molhar bolachas-maria com manteiga no galão e quando já não dá para o fazer sem mergulhar os dedos, deixo cair os bocados que sobram e no fim faço uma paponga com galão e bolacha com manteiga, que mexo muito bem e como à colherada, com um prazer imenso. É nojento, bem sei, mas eu adoro.

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

 

Deve ser horrível...

...sucumbir-se por dentro. Por fora, mal se notar - não fosse aquele ligeiro rubor, aquele sobrolho carregado, como se dor - o corpo a prosseguir (sobre)vivendo.

...saber-se doente, sem vontade de se curar.

...alimentar um sonho desconhecendo como lhe fugir, ou pior, querendo desconhecer como ignorá-lo, sendo esse já toda (um)a vida.

...procurar respostas e ainda que obtidas concretas: "é isto" ou "isso não é" não saber como lidar com essas. Continuar perguntando.

...entrar num corredor sem retrocesso ou saídas de emergência e ao fundo um coro de vozes contraditórias.

...implorar: "olha, esclarece-me aqui" e ninguém para elucidar, ou alguém a escolher não fazê-lo.

Deve ser horrível e deve ser isso a loucura.

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sábado, 6 de fevereiro de 2010

 

FACTO

E se um dia eu sozinha realmente?
Sem a ilusão dos que me fazem companhia.
Terei certo que sobreviveria?
Ou há anos que me minto simplesmente?

(21/01/2010)

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

 
O ALA escreveu-me um poema. Poderá não estar ciente disso, todavia garanto: escreveu-mo. Encontrei-o no entremeio do que vocês chamam livro e eu chamo poema (ainda) maior.

(Ó ALA não me processe por isto pá que sou pobre em ouro e isto foi culpa sua, por escrever a falar-me tanto...)

E vai de maneiras que se chama assim o poema que ALA escreveu para mim:

Despeitada por o mundo continuar sem ela

And it goes like this:

Escutava os passos do meu pai na sala de jantar a detestá-lo por me desarrumar o passado.

- E se não fui eu?
Nunca vi uma pessoa a ocupar tão pouco espaço como ele nessa tarde

(quase tudo se passa em silêncio na vida, mesmo os gritos)

- Não lhe notas uma diferença nos olhos?

o cancro que afirmava não ter
- Não estou doente
que até ao último dia afirmou não ter num terror que dava impressão,
numa certeza que dobrava a impressão
- Estou melhor

máscaras que se tornam pele

um soslaio inesperado, você até ao último dia a procurar entender
- Porque me olhou assim?

ponha a carta no correio mesmo sem nome nem endereço,
há milagres, pessoas que voltam depois de amanhã,
para a semana, um dia e resta a esperança que ajuda
e uma vozinha no interior de nós a cantar

compro um buraco longe onde não saibam quem sou
e meto-me lá dentro até ao fim dos meus dias
a iluminar o escuro com a raiva dos olhos

- Amanhã é tão longe

(Houve Natais antigamente)

- Para que prestas tu?

gosto e não gosto de si
(como se põe isto por escrito?)

(não imaginava que houvesse tanto sofrimento no êxtase, que estar no céu fosse um incómodo assim)

as metades de um brinquedo quebrado
que por mais que insista não se juntam nunca

falecemos com a morte dos outros

o abandono de certas coisas aflige-me

passarei de criança a decrépito sem ter crescido nunca

todos gritamos em vão dado que ninguém acode

não esmoreças, não divagues, não tentes escapar com artifícios vulgares

só é aleijado quem quer

de quem herdei este desacerto com o mundo

que vidas as pessoas têm meu Deus, o que os sorrisos escondem

há ocasiões em que a gente, pensando-se felizes, se distrai de nós mesmos

há alturas em que uma pessoa se acha esquisita sem dar por isso
ou então sente um incómodo sem importância nem lágrimas
embora não distante delas

nasci esquisita desculpa

Trechos retirados de: "Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar." o qual recomendo vivamente. A pessoa começa a ler, sente a cadência das ondas (que é como quem diz das palavras) e já não consegue sair sem se afogar. É uma morte doce como quem nasce de novo.

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

 

Quando crescer vou ser capaz de cantar: Ó timidez vai p'ro...



http://www.youtube.com/watch?v=CEpAtTe-oJY

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

 

Mexia queridinho nada temas...

...Que sendo esta que te fala, eventualmente, uma "stalker", o será, garante, apenas intectualmente e por isso não te aborreças com a menina s.f.f. É que ela gostou mesmo de te ler, sabes?

Por outro lado ainda que fosse uma "stalker" mesmo à séria, daquelas de gabardine bege, sabe-se lá com o quê por baixo (se é que com algo por baixo. ui.) descansa-te afirmando que é por demais taralhouca com tendência a inventar pistas (ao invés de perseguir as verdadeiras) pelo que dificilmente te encontraria mesmo que quisesse muito.

Ora tanta baboseira para pedir, uma vez mais, aos meus queridinhos leitores, que me espreitem AQUI. (Isso de me dirigir ao Mexia foi tão-só um "teaser" para Vós, pois claro.)

PAM.

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