sábado, 31 de julho de 2010

 

Ah eu cá também vou. Ah pois. Brincas...

Antes disso PARABÉNS A VOCÊ(SES) e assim ponho a escrita em dia:

1 Julho - Catarina - Saudades menina. Espero que o dia tenha sido bom!

2 Julho - Laura - Uma piolha à maneira. É que puxa tanto à mãe comó pai. É linda e muito porreirinha. És da peace babe.

5 Julho - Teresa Moita - A avó da menina da data anterior. Uma Amiga que nunca esqueço. Uma pessoa que me preenche parte do peito. Aquele abraço apertadinho, mas apertadinho mesmo!

16 Julho - Tânia - Nunca é tarde para se recuar em posições que se adoptam ou repensar formas de agir. Há pessoas que não encaixam no nosso feitio. Talvez seja esse o nosso caso. Não invalida, no entanto, que nos queiramos bem e que nos vamos acompanhando, ainda que de longe em longe. Fora com as mágoas e com os episódios mal resolvidos. Não perco mais tempo com coisas dessas. Gosto de ti menina. É tudo. O resto deixei que o vento levasse. E tudo isto se me tornou claro em Agosto do ano passado.

24 Julho - Margarida - ó primita, olha não te disse pessoalmente, nem à tua mãe, vai virtualmente que também vai muito bem. Um grande beijinho menina linda dos olhos mais expressivos que conheço.

E agora? Vou de férias que também sou gente 'tá bem? Pois está bem.

Até ao meu regresso, mas é.


Imagem DAQUI.

P.S.1 Pois que se tiver de falar de colorações dadas pelos cereais ao leite meio-gordo, pois que cá passarei, mas não é provável, que diz que os corn flakes não deitam cor e a caixa para os lanches do próximo mês inteirinho é disso.


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sexta-feira, 30 de julho de 2010

 

DESCONSOLO

Morreu António Feio mas não morreu.

Há pessoas que não morrem. Para mim assim é. Há pessoas que não morrem. Não nos podem morrer. A vida foi deveras para elas e precisamos delas para nos mostrarem como é.

E é assim:

Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento. Agradeçam e não deixem nada por dizer. Nada por fazer.


António Feio 1954 - 2010


(Essa doença maldita nada é perto da força desmedida que estes heróis do quotidiano levam dentro.)

PALMAS DE PÉ PARA TI.

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Absolutamente irrelevante:

O chocapic tinge muito mais o leite meio-gordo que o magro.

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quarta-feira, 28 de julho de 2010

 

UMA EXCELENTE NOTÍCIA CARAÇAS!

Catalunha: Parlamento proíbe touradas a partir de 2012.

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Mas soube mesmo, em primeira mão, pelo huGuinho outro amiGuinho dos ANIMAIS.

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É AGORA

Boa Raquel! Aqui estou a torcer, de longe, numa mesinha ou assim.

:)

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terça-feira, 27 de julho de 2010

 

INSTANTÂNEOS IV

Sentia saudade imensa de quando ouvia a música que aquela pessoa escolhia. Não para si, é certo. Seleccionava-a, todavia, e isso era quanto bastava. (Era tudo.)

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domingo, 25 de julho de 2010

 

INSANIDADE VOU-ME EMBORA

Está igualmente destroçada pela decisão da Clara. Não se conforma nem entende o “porquê”? Talvez esse nos estivesse defronte. Porque assim o quis. Simplesmente. Naquele minuto decisivo talvez não lhe tenha apetecido continuar a lutar. A vida é, de facto, contenda. Há que ter força (e paciência) para a agarrar dirigindo-a para onde queremos, aguentando-a quando não a queremos e sem ânimo para a mudar. Devia estar muito cansada de o fazer. Tinha esse direito. O direito a dizer “BASTA”.

Tenho com a Paula uma relação engraçada. Raramente nos juntamos, porém, a cumplicidade e a ternura que nos unem são imensas. Cada vez que nos encontramos é como se decorrido tempo nenhum. Há muito que lhe aceitei o feitio desligado. Sempre viveu para a carreira. Uma agenda apertada e o marido doentiamente possessivo foram a combinação perfeita, para o seu alheamento do universo das amizades. Todos prevíramos um desfecho como o que hoje me contou. De que serviria alertá-la? Só acreditamos nas coisas quando as sentimos dentro. Quando não as vemos somente com os olhos, antes as concebemos intuitivamente. Durante o namoro já ele se havia revelado violento. Exaltava-se e ameaçava-a amiúde. Os olhos sobressaindo das órbitas, a cara transfigurada. Encolerizava-se por episódios absolutamente irrelevantes. De que adiantaria alertá-la? Paula cuidado. Isso não é normal. O que é normal, afinal? Tens a certeza do que queres viver? A história dos quotidianos repleta destes enganos. As desconfianças do passado demarcadas no seu rosto. Alheio-me enquanto a vejo neste estado.

Tens marcas Paula. Podes mostrar ao mundo o que te aconteceu. Acreditarão em ti. Nela? Ninguém. Jamais violência de mãos ou pés. Nunca cortes, tiros, mutilações visíveis. Ninguém mãe. Só eu as via, às cicatrizes viscerais. De que te servia enredada que me encontrava na paranóia? Naquela loucura velada, em que o medo era o que nos regia.

- Oh Paula lamento. Já sabes o que queres fazer?
- Sei que queria esquecer o que aconteceu, acreditar que ele muda e continuar a minha vidinha, dentro do possível, boa. – Sorri-lhe complacente e nada acrescentei. - Vou ter uma carga de trabalhos, ficar desfeita, mas já me decidi. As pessoas não mudam. Devia ter agido imediatamente, da primeira vez que ensaiou o gesto. Nada fiz. Fui comodista. Eis-me a braços com as consequências. Cá me hei-de aguentar. Lembras-te? “You live you learn” .

- Podes ficar lá em casa. O Miguel não se importa e sempre ficas acompanhada.
- Agradeço-te amiga. Sei que o teu convite é sincero, mas preciso de enfrentar o que se passa sozinha. Só assim conhecerei a real medida da minha força.

Relata-me que esteve todo este tempo apática, afastada de si, em nome de uma suposta estabilidade emocional e que hoje entende o quanto se anulou pelo caminho, negando a sua natureza. Constata que de nada lhe valeu.

- Isto só vale a pena se puder ser verdadeira. Se não mo permitem, se não me aceitam, prefiro estar sozinha. Sozinhos estamos todos não é?

Respondo-lhe com uma das minhas teorias. Todos somos sós. Contamos com visitas ao nosso universo, passagens que podem durar muito ou pouco tempo, enriquecer-nos mais, ou menos, não podemos ter, contudo, quem quer que seja acorrentado, para nos sentirmos acompanhados. Sozinhos estamos quando nascemos, assim estaremos na hora de morrer. Se vivemos períodos, durante o tempo que medeia esses dois acontecimentos, em que nos sentimos acompanhados, são fracções de tempo de doce ilusão. A solidão é condição humana. O acto de pensar isola-nos. Torna-nos únicos, intangíveis. Não deixa de ser maravilhoso quando conseguimos roçar outros universos, partilhar o que somos e iludir esse isolamento. Estar só não é necessariamente mau! É imperioso que nos conheçamos e alcancemos a plenitude de que fomos dotados.

- Lá estás tu Mariana. – Riposta atordoada - Não vou tão longe. Sou mais elementar sabes? - Soltamos sonora gargalhada em uníssono.

(Estas são coisas que digo para nos consolar. Não sei, sequer, se creio nelas deveras...)

Dá-me um beijo deixando-me na esplanada enquanto olho o mar, esse infinito de azul que me apazigua e relembra, uma onda após outra, que tudo é remediável e renovável. Tudo pode ser levado para muito longe, ou me ser devolvido, como o são as ondas, pelas marés.

Penso em ti. Como não pensar? Enquanto não vomitar tudo o que me entupiu até hoje e não analisar tudo o que (nos) aconteceu ao mais ínfimo pormenor, não avanço. Não leves este diário a peito, como se de uma vingança se tratasse. É o que me resta fazer antes de prosseguir com a minha vida, sem pedra(s) no sapato. Sem ti. Que rochedo te tornaste. Não só me perturbas o andar como me bloqueias a passagem. Impossibilitas-me um futuro são e não to permito. Purifico-me desta forma, relembrando desesperadamente. Registando-o. O melhor e o pior do que fomos, para, se for capaz, perdoar-te. Perdoar-me. Perdoar-nos e esquecer.

Começar de novo. Sem mágoa(s). Eis o que ambiciono.


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ONE! (LOVE)

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sexta-feira, 23 de julho de 2010

 

INSTANTÂNEOS - III

Viu-o.

Atravessou-se-lhe numa passadeira.

(Ignorando-a atropelada no interior da viatura tão perto imobilizada.)

Era ele e não era.

(Despido do seu desleixo habitual.)

Também ela era e não era.

(Já muito distante do que um dia fora nele. Demasiado cheia de impossibilidades.)

(Ele também. Mas isso ela não sabia.)

A obsessão, contudo, ainda a assolava, qual doença insidiosa.

Alimentava-se-lhe das entranhas.

Como um cancro.

Maligno?

Benigno?

(Pouco importa. Cancro: Agente de destruição lenta e silenciosa. Diz o dicionário que não consultou.)

Ia bonito ele.

Ao almoço, empurrou a angústia da garganta deglutindo o seu prato predilecto: caldeirada de peixe.

(Ia tão bonito.)

(Ele.)

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

 

PARABÉNS CUNHADINHOS

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Eu não quero...

Queen - Who Wants To Live Forever (Highlander Scenes) from Videoadicte III on Vimeo.

Para quê suportar mais saudades, de todos os que já não estão connosco, que as absolutamente necessárias?

Até já JP.

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

 

Ah e tal tinhas de levar a tua paixão pelo Sô ALA p'ra GERAÇÃO-C e quê.

PUBLICAÇÃO DAQUI...

Proponho-vos um desafio: ler António Lobo Antunes (1942). Não se riam. É caso sério. Desistem assim sem uma tentativa, pelo menos? Vão estranhar se nunca o leram, é certo. Estou segura, porém, que uma vez enredados jamais o quererão abandonar. É um dos geniais autores portugueses cuja obra completa tenho, a par de outros tantos, a aspiração de conhecer inteiramente. Se tiverem em conta que uma existência não chegará para ler tudo quanto almejamos, conceberão quão grande é a atenção que lhe pretendo devotar durante esta vida (de livros).

Chegassem estas linhas aos seus olhos e discordaria de cada uma. Divino, remoto, do fundo dos seus olhos azuis implacáveis, condenando-me o atrevimento. Tenho sorte. Não o ofenderei, decerto, com a percepção que guardo desta sua Obra (Edição em 2009). Quanto a vocês, já que aqui estão, percam mais uns minutos comigo e depois apressem-se a lê-lo se vos consegui cativar.

Que somos senão abismos? Derrocadas pessoais. Desmoronamentos às prestações. Frustrações e perdas. Uns mais afortunados que outros, ainda assim, que é a vida se não o caminho que trilhamos inexoravelmente para a morte, quais condenados? “Que negrume…”, dirão. Não é optimismo o que encontrarão na narrativa que proponho. Tentava tão só preparar-vos. É possível tanta desgraça numa só família (de origens Ribatejanas)? Neste livro é. E, apesar de toda a dor e de toda a miséria humana retratadas, há beleza imensa a perpassá-lo. Como se fora possível sentirmo-nos bem - Em êxtase, até. - mergulhados numa tristeza profunda, definhando.

Ler este autor é como nadar contra a corrente. Esbracejamos, ofegamos, perdemos o pé. De que nos serve defrontarmos o mar? (A sua desmesurada força.) Na iminência do afogamento, há que permitir que as ondas nos devolvam à costa. É então, quando nos deixamos guiar, flutuando nas palavras deste Mestre da escrita, que nos salvamos e simultaneamente nos perdemos. Já o li sem nomes para as vozes que habitavam o romance. Tarefa hercúlea manter-me à tona. Admito. Neste, porém, (re)conhecerão as personagens, sentir-lhes-ão o pulso, alcançarão porque acabaram, ou imaginarão como hão-de recomeçar.

Ana, João, Francisco, Beatriz, Rita, Mercília, Pai, Mãe (Maria José Marques)…

Cancro, toxicodependência, desamor, prostituição juvenil, sida, subserviência, escolha, desistência, mágoa, loucura, ausência, violência, desgosto, abusos, traição, medo, abandono, ingratidão, confissões, lamento(s)…

…«Como esta casa deve ser triste às três horas da tarde.»…
…«(…) vai morrer às seis horas»…

Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra No Mar?

195 BPM – Enlevo total. A adquirir e reler. Sugerir a leitura.

NOTA: Não quero deixar de referir que, apesar de tudo quanto o livro encerra e que venero, abomino as alusões às lides tauromáquicas. Mas isso são já outras convicções que me habitam e que nada têm que ver com literatura.

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terça-feira, 20 de julho de 2010

 

ISTO É MUITO BOM PÁ.

má caligrafia

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Qual de nós pode asseverar não ter em si, pelo menos, uma parte totalmente falsa?

(Pois.)

Era o que temia. Isso dos "autênticos" é outra das invenções românticas da Humanidade.

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domingo, 18 de julho de 2010

 

INSANIDADE VOU-ME EMBORA


Os primeiros dias permitiram ambientar-me aos hábitos da casa e às tarefas das quais me incumbiram. Não posso dizer que sejam difíceis. Não tendo outra vida além desta, as horas sobejam. O Companheiro persiste em ser um cão estranhíssimo. Não sai de ao pé de mim por um instante. Se não lhe der comida ou água não pede. Não se impacienta e o pêlo não cresce, naquela pelada que parece o resultado de uma qualquer intervenção cirúrgica. A cicatriz não engana. Não podendo perguntar-lhe o que se passou, ou podendo e sabendo, de antemão, que não obterei resposta e, além disso, não vendo nele qualquer intenção de se ir embora, sabe-me bem a companhia.

Amanhã teremos convidados. A azáfama será imensa, mas será engraçado ver mais gente por aqui. Sinto-me um tanto isolado e com falta do rebuliço. Na minha terra, em meados de Junho, havia sempre festa. Chegavam carrosséis, auto-caravanas que vendiam churros e farturas, barraquinhas de jogos e artesanato eram montadas e eu vibrava com tudo isso. Tinha para mim um apelo especial a confusão gerada pela alegria das pessoas. Das crianças principalmente. E depois havia aquele cheirinho característico a pairar no ar. Adorava misturar-me nas gentes e sentir-me de novo petiz. Aqui não me parece que vá ter muitas oportunidades de ir à feira. Teria de ir a pé até à vila e essa fica distante. O passeio seria, porém, belíssimo sempre à beira-mar.

Diz que vem cá uma sobrinha dos senhores com uns quantos casais amigos. Quando eram mais novos passavam aqui as férias de Verão. Chegavam a estar nesta casa dois meses inteirinhos e era o seu júbilo, ter a casa repleta de juventude. Hoje terei de arranjar o jardim. Reunir as folhas caídas, apanhá-las e colocá-las na pilha de compostagem. Recolher as pinhas e levá-las para o cesto que se encontra junto à lareira do palacete e as que sobrarem poderão ficar para o meu pequeno estaminé. As noites são frias independentemente da temperatura diurna. Há ainda que limpar o lago e alimentar os peixes. Programar as regas de hoje e de amanhã, de forma a aspergir em hora conveniente. - Ou muito cedo, ou à noitinha para maximizar o aproveitamento da água. Por outro lado não convém molhar os convidados. Havia de ser giro. Eh eh eh. Todos de rabinho molhado. - Tenho de verificar que os bancos de pedra do jardim se encontram limpos para que todos se sintam à vontade de os utilizar sem medo de sujar a roupa; trazer as mesas, cadeiras e respectivos chapéus-de-sol para fora, colocar-lhes toalhas que prenderei com umas molas em forma de sapo específicas para o efeito e por fim, chegada a hora, terei de encaminhar os carros de maneira organizada, para que todos se encontrem preparados para sair sem bloquear quem fique mais um pouco. Encarrego-me, portanto, da logística exterior do evento.

Terminadas as minhas tarefas, peço autorização para ir dar uma voltinha com o Companheiro. Que bela caminhada nos aguarda! Saímos pelo portão e fico a olhar para um e para o outro lado da estrada, tentando decidir o rumo a tomar. Por onde enveredar? Para a direita, pelo isolado caminho paralelo ao mar, com a Serra de Sintra no horizonte, ou para a esquerda direito à Vila? Decido-me pela direita, quero experimentar como reage o Companheiro num caminho mais sossegado. Continuará comigo? Ou partirá rumo ao desconhecido? Parece decidido a acompanhar-me. O nome escolhido, apesar de elementar, não podia ser mais apropriado.

Ah o mar. Pasmo sempre diante do mar.

A minha aldeia é interior. Íamos apenas a praias fluviais e sempre acalentei o desejo de o ver. Está frio. Sinto a brisa marinha salpicar-me o rosto o que me alerta para o facto de há muito tempo não me sentir tão pleno e descansado. Como serão as pessoas que amanhã lá vão? Invade-me o nervoso miudinho costumeiro. Afinal de contas estou nesta casa há menos de uma semana. Como irão olhar para mim? Cheiro-me. Será que fedo? Desde que me conheço esta mania: a dos cheiros. Outro dos motivos que levava os outros a encarar-me com estranheza: cheirar-me freneticamente em público, sem pudor ou qualquer discrição. Certo dia, meti na cabeça que as minhas calças cheiravam mal e queria que a minha mãe mas cheirasse em público. Não tinha mal algum, bastava inclinar-se um bocadito e perceber se lhe cheirava a alguma coisa. Claro que apenas eu não concebia mal na cena, pois queria que a minha mãe se baixasse para me cheirar a zona do rabo. Insistia para que o fizesse e ela recusava veementemente. Amuei. Assim que pude, enfiei-me numa casa de banho, tirei as calças e cheirei-as no malfadado sítio confirmando que não tresandavam. Claramente mais trabalhosa, esta operação.

Não sou lá muito sensível ao que apelidam “bom senso”. Deve ser o que me distingue, repelindo os restantes. No presente, depois das muitas maldades sofridas, compreendo as razões que a minha mãe invocou para não me cheirar o traseiro em público. Ainda assim persisto que não traria mal ao mundo, ela fazê-lo. Precisava efectivamente de confirmar que as calças não fediam. Recordo ainda aquele outro momento, numa aula de francês, em que empreendi que a camisola que envergava me cheirava a esgoto. Quase podia assegurar, vislumbrar pequenos mosquitos esvoaçando à minha volta. Passei a lição a cheirar-me de forma tão desvairada que a professora não aguentou e repreendeu-me defronte dos colegas:

- Nuno por amor de Deus pára com isso. O que é que se passa?

Os colegas, uma gargalhada colectiva. E se como laranja? É um vê se te avias a quantidade de vezes que levo os dedos ao nariz. E não nos esqueçamos dos três pares de cuecas que uso com receio que o tal cheiro “desagradável” passe cá para fora. Ok, admito que possa não ser muito comum esta obsessão pelos cheiros, mas cada pessoa tem as suas características, ou não?

Porque hei-de ser olhado de esguelha por causa das minhas? Nunca entendi. E daí que insistisse:

-Oh mãe cheira lá. Não vês que não consigo lá chegar? Vá lá.

- Nuno, não me faças perder a paciência contigo. Já te disse que não faço isso aqui. Já é o bastante o que ouço dizer de ti, filho. As pessoas são muito cruéis, não lhes vou dar mais argumentos.

Encolhia os ombros e franzia o sobrolho, deveras zangado, sem perceber a recusa a um pedido tão insignificante. Aposto que se o Companheiro soubesse falar, me cheiraria o rabo sem problemas e me diria, na hora, se estava certo ou equivocado. Mais, estou seguro que não julgaria mal o meu pedido. Cá para mim as pessoas complicam tudo. Ele está comigo incondicionalmente, sendo exactamente aquilo que sou. Com manias ou sem essas. Não me julga ou repele. E porquê? Porque não analisa. Olha para mim e vê apenas o ser que lhe dá afecto ou supre quaisquer carências. A isto chamo amizade incondicional. Não lhe temo condenação e não me sinto tão só, como outrora.

C-O-M-P-A-N-H-E-I-R-O.

Nem mais!



Dedicado a:
Ana Alexandre, Hugo Silva e Tânia Lopes. Eh eh eh eh.

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sábado, 17 de julho de 2010

 

Mais um blogue irmão a vir ter comigo. "Amandem-se" para lá que é recomendação cá da Deia.

http://www.consoantesreticentes.blogspot.com/

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quinta-feira, 15 de julho de 2010

 

Pensamento do dia (a dia):

Se é certo que sem escrever não vivo,
sei com as entranhas que sem viver não escrevo.
Entre o que vivo que escrevo
e o que escrevo que vivo (mas não experiencio deveras)
reside o segredo para não me perder.
Não me digam: OPTA.
Não posso.
É nesse precário equilíbrio, dia-a-dia estabelecido, que habito e sobrevivo.
Desconheço para onde vou. Em cada acordar caminho.
Faço o melhor que consigo enquanto respiro e escrevinho.
Uns dias escreverei com ardor, outros serei somente.
Haverá momentos de criação
e outros tantos de elementar existência.

Quando morrer as duas sucumbirão:

A minha escrita e a minha vida.

Cessarei.

Não me saberão apontar (assim o espero) o que melhor consegui:

ESCREVER ou VIVER, porque não pretendo que se distingam.
Não (re)clamo, até, que me demarquem.
Sou vida escrita vivida.
Sê-lo-ei sempre.
Ainda que perenemente despicienda(s) para os restantes.

Assim, se escuto a redutora pergunta:

"Interroga-te se viverias se não te permitissem escrever?"

(Bem sei que grandes individualidades a formularam.)

Logo outra se me coloca (aos berros):

"Interroga-te se escreverias se não te permitissem viver?"

"NÃO": a (minha) peremptória resposta a ambas.

Por isso aos interrogadores que me angustiam e exasperam coloco as seguintes questões:

"O que é que (tanto) vos falta para o (ESCRE) (VI) VER?"

"Porque (raio) tenho de escolher?"

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quarta-feira, 14 de julho de 2010

 

Uma pessoa tem lacunas na sua vida das quais se envergonha um 'cadito...

A primeira e única vez que assisti a um espectáculo/concerto/evento cultural na Aula Magna foi em 1984.

Eram os 50 anos Pato Donald.

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terça-feira, 13 de julho de 2010

 

INSTANTÂNEOS - II

Dirigia-se à bomba de sempre, por ser perto e pela comodidade de colocarem o combustível por si. Ele alegrava-se quando a avistava e corria para poder atendê-la antes de qualquer colega. Apesar da aliança no seu dedo - O anelar ocupado era dele. - e disto não acontecer tantas vezes quanto desejaria. Ela não dava pelo olhar terno e esperançoso; ou pela invariável carícia ao polegar, enquanto se demorava a tirar-lhe a chave da mão; tão-pouco notava o que lhe diziam os olhos dele, enquanto aguardava ouvir o que já sabia de cor: São 35€ de gasolina sem chumbo. E mais tarde um: "Obrigada." seguido de um tímido sorriso.

Eis as únicas palavras que lhe ouvia que, todavia, soavam como a mais doce declaração de amor.

Poder-se-ia saber em que pensava a miúda, invariavelmente, habitassem estes dois uma tira de BD:

"É que é mesmo, mesmo parecido com o Simão Sabrosa caraças."

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domingo, 11 de julho de 2010

 

INSANIDADE VOU-ME EMBORA

Queria esta história com um final feliz. Queria muito esta história com um final feliz. Mas não acredito que...

Registo no diário da morte do nosso amor a primeira lembrança que guardo da tua omnipresença.

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Não tenho palavras. Nem voz. Só emoção.

Foi isto e não foi. Foi muito mais que "isto" de uma setlist. São como família para mim. Fazem parte do que sou. Da construção em que consisto. Enquanto respirar existirão em mim. Cada célula uma nota de uma música. Uma vocalização. Uma guitarrada. Um sorriso. É mais ou menos isto. Enquanto esta BSO tocar em mim. I'm (still) ALIVE.


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sábado, 10 de julho de 2010

 

É HOJE!






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sexta-feira, 9 de julho de 2010

 

UM DIA para "O" dia. Nove álbuns. Nove músicas. (Escolher apenas 1 = Tortura do caraças para Deia)

Setembro de 2009 - Backspacer - Force of nature

O álbum que os vai trazer de novo a Portugal. (Também cá canta em vinyl. Já disse que adoro discos de vinyl? Pois. Adoro.) Weeeeeeeeeeeeee. Se isto não é uma relação sólida e um grande amor então não sei o que é isso.

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quinta-feira, 8 de julho de 2010

 

Dois dias para "O" dia. Nove álbuns. Nove músicas. (Escolher apenas 1 = Tortura do caraças para Deia)

PEARL JAM - Maio 2006 - Inside job (É uma paixão de álbum pá.)

Esta música foi escrita pelo MCcReady. Tem uma letra da qual faço oração. Sempre que me tentam foder a vida (Perdoem a vulgaridade. Mas é que há gente que se dedica mesmo, profissionalmente, à cena de foder a vida aos outros. E pronto, estava tudo a correr tão bem e ela diz foder duas vezes num post. Três.) canto-a alto. Muito alto. Até que qualquer vontade de perder tempo com os mesquinhos desta vida me tenha abandonado.

I will not lose my faith
It's an inside job today
How I choose to feel,... Is how I am.


A 5 de Setembro de 2006 o Mike respondeu-me ao adeus, com outro e um sorriso. Porreiro pá. Estava esta histérica na primeira fila. Foi uma emoção do caraças é o que vos digo. A 04 de Setembro de 2006 (dia anterior, sim, que nesse ano já podia pagar dois bilhetes.) quase chorei de emoção (chorei mesmo caraças que adianta mentir-vos se sabem bem o que a casa gasta) aos primeiros acordes de wasted reprise. Eu que sempre gozei com as fãs dos Beattles pelas figuras que se vêem nos documentários e nos telediscos. Eu no 1º balcão a olhar para o companheiro doida de alegria.




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quarta-feira, 7 de julho de 2010

 

APELO

Alguém interessado em comprar dois passes de 2 dias (8 e 9 de Julho) para o ALIVE? Resposta urgente nesta caixa de comentários.

AGRADECIDA.

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Três dias para "O" dia. Nove álbuns. Nove músicas. (Escolher apenas 1 = Tortura do caraças para Deia)

RIOT ACT - Dezembro de 2002 - Thumbing my way

All the rusted signs we ignore throughout our lives
Choosing the shiny ones instead
I turned my back,... now there's no turning back


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terça-feira, 6 de julho de 2010

 

Quatro dias para "O" dia. Nove álbuns. Nove músicas. (Escolher apenas 1 = Tortura do caraças para Deia)

BINAURAL - Maio de 2000 - Parting Ways

É o álbum que conheço pior. Não se me colou à pele. Mas acarinho-o como um dos meus, porque é deles e eu estou cá na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, nos álbuns geniais e naqueles que não me dizem tanto.

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

 

Cinco dias para "O" dia. Nove álbuns. Nove músicas. (Escolher apenas 1 = Tortura do caraças para Deia)

Fevereiro de 1998 - YIELD - Do the evolution

Eis que regressaram para um concerto memorável no Restelo. Éramos poucos mas bons. Fui com a Bzuu. Só a gente as duas (malucas) do costume.

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domingo, 4 de julho de 2010

 

INSANIDADE VOU-ME EMBORA

(...) rasgos de culpa (...) muito antes de tantas coisas (...) culpa (...) rasgada por dentro (...) que foi isso que te fiz (...) culpa (...) de quê (...) fiz?

Desculpa pai se te não sei compreender. Perdoa se não me (te) aproximo mais. Desculpa se te sentes sozinho. Tantas vezes supérfluo. Não é verdade. Gosto muito de ti. A situação é complicada. A verdade é que quando implico contigo, não te é verdadeiramente dirigido. Não somente a ti. Antes ao que se vive nesta morada. Somos todos culpados.

(...) culpa (...) afoguei-me em culpa (...) como (...) que fiz (...) afoguei-me (...) vim à tona e era já outra (...) sem culpa (...) já depois de tantas outras (...) tantas (...) demasiadas (...) sabes que foste longe demais (...) sabes?

Incapaz de dizer "pai". Digo o que te chamam os conhecidos, os colegas, os amigos, os camaradas de guerra. Os outros todos. Agora, eu com eles (despida do afecto). Referencio-te apenas: Almeida. Tão-só: Almeida.


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Olha mais uma postinha de pescada cozidinha ao meunier (ou lá que é)

Mais uma contribuição para a GERAÇÃO-C AQUI

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Seis dias para "O" dia. Nove álbuns. Nove músicas. (Escolher apenas 1 = Tortura do caraças para Deia)

NO CODE - Agosto de 1996 - In my tree.

Foi este álbum que os trouxe pela primeira vez a Portugal no grandioso ano de 1996. Um ano inesquecível, para mim, a vários níveis. Deram dois concertos no dramático de Cascais. Era estudante. Não podia dar azo aos devaneios como queria. (Como hoje.) Só estive presente em uma das datas (24 de Novembro. Optei pela primeira porque não há como a primeira. - Quer-se dizer. Às vezes...)


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sábado, 3 de julho de 2010

 

Já está a acontecer. Comé? Contamos convosco!


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Sete dias para "O" dia. Nove álbuns. Nove músicas. (Escolher apenas 1 = Tortura do caraças para Deia)

Vitalogy (adquiri-o em CD e vinyl) - Lançaram-no em Dezembro de 1994 - CORDUROY

I don't want to take what you can give...
I would rather starve than eat your bread...
I would rather run but I can't walk...
Guess I'll lie alone just like before...


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sexta-feira, 2 de julho de 2010

 

MUSA 2010 - ACONTECE HOJE & AMANHÃ - Não fiquem em casa!


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Oito dias para "O" dia. Nove álbuns. Nove músicas. (Escolher apenas 1 = Tortura do caraças para Deia)

Album VS - Saiu em Outubro de 1993 - REARVIEWMIRROR

Atentem na pujança quer da melodia, quer da letra. Que força por deus.

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quinta-feira, 1 de julho de 2010

 

ESCUTEM: isto é IMPERDÍVEL!

A CASA DOS ANJOS. AQUI.

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Nove dias para "O" dia. Nove álbuns. Nove músicas. (Escolher apenas 1 = Tortura para Deia)

Uns bébés ainda. O início. Seattle 1991. Álbum TEN (o grande amor da minha vida em termos musicais) foi lançado em Agosto de 1991.

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